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Marca Bahia Notícias Holofote

Entrevista

Danniel Vieira: 'Eu sou gordinho, sou casado. Não sou aquele cara bonito'

Por Júlia Belas

Danniel Vieira: 'Eu sou gordinho, sou casado. Não sou aquele cara bonito'
O cantor sertanejo baiano fala sobre carreira e novo CD. Foto: Divulgação
Gordinho, casado, pai e sertanejo, Danniel Vieira volta a comandar o palco do Zen Dining & Music Bar nesta sexta-feira (1º) para lançar o seu mais novo CD. O disco, gravado no mesmo local no mês de março, trará algumas novas canções da carreira do artista baiano. Em conversa com o Bahia Notícias sobre os próximos projetos, Danniel revelou que lançará o seu DVD em julho e falou sobre a relação com os fãs. “É um carinho verdadeiro, não tem um apelo sexual, nenhuma segunda intenção envolvida. É uma admiração pelo trabalho, pelas músicas que eu canto, e isso me deixa muito feliz. Eu sou gordinho, sou casado. Não sou aquele cara bonito, não sou símbolo sexual. Sou uma pessoa normal, e as pessoas têm carinho pelo Danniel Vieira assim. Isso é muito gostoso”, afirmou. O cantor não esconde que ama o que faz e promete aos fãs mais novidades ainda em 2015. Veja a entrevista na íntegra abaixo:
 

'Canto músicas que falam de solteiro, mas sou casado' | Foto: Reprodução / Instagram
 
Você pode falar um pouco desse novo CD que está lançando?
Esse CD foi gravado no dia 20 de março, lá no Zen, e é um CD onde eu faço o registro do meu show. Tem as novas músicas que fazem sucesso agora. Eu aproveito que, como eu gravei um DVD em dezembro de 2014 e vou lançar ele em julho de 2015, vou lançar algumas músicas inéditas nesse CD para que, quando as pessoas escutem o DVD, já estejam familiarizadas com as músicas novas.
 
E como foi o processo de escolha desse repertório? O CD tem o mesmo show que você já vinha apresentando ou tem novidades?
O repertório não tem que ser só os hits do momento, mas tem que ter a ver comigo. Repertório é uma coisa muito pessoal. Eu vou cantar, interpretar aquilo tudo e eu tenho que passar o máximo de... Não de verdade, porque eu canto músicas que falam de solteiro, mas eu sou casado. O máximo de empatia com a música fica impossível. Mas eu procuro músicas que eu gosto, que eu simpatizo e que são hits do momento. Tento colocar o máximo de músicas novas possível, mas tem algumas coisas do show antigo que eu mantenho ainda porque elas funcionam, o pessoal gosta e eu tenho medo de tirar essas músicas e o povo sentir falta.
 
Você tem um público bastante fiel, que vai toda semana para o seu ensaio. Como é a sua relação com esses fãs?
É tão bacana porque eu acho que, quem gosta de Danniel Vieira, gosta de Danniel Vieira como ele é. Eu sou casado, sou pai de uma menininha, e eu faço questão de ser carinhoso com as pessoas que são carinhosas comigo. E, com as que não são, eu tento quebrar esse gelo. Eu faço questão de cantar olhando nos olhos para que as pessoas se sintam próximas de mim. O show do Zen tem três horas, e eu tenho que estar olhando para as pessoas, nos olhos das pessoas, para ver o que as pessoas estão sentindo naquele momento. Se elas estão gostando, se elas não estão gostando. Isso torna o show muito pessoal, eu me sinto íntimo do público e vice-versa, sabe? O público também se sente íntimo de mim, eu canto o que eu gosto, canto as músicas do momento, lanço as minhas músicas novas lá no Zen. É um projeto que já vem há três anos, faz três anos agora em julho, mas é muito gratificante. Essa semana eu vi que lançaram um fã-clube de Danniel Vieira no Instagram. A menina que lançou esse fã-clube está em todos os meus shows. E ela pede que as pessoas que tirarem fotos comigo mandem para ela, que ela publica lá. Eu acho isso bacana porque é um carinho verdadeiro, não tem um apelo sexual, nenhuma segunda intenção envolvida. É uma admiração pelo trabalho, pelas músicas que eu canto, e isso me deixa muito feliz. Eu sou gordinho, sou casado. Não sou aquele cara bonito, não sou símbolo sexual. Sou uma pessoa normal, e as pessoas têm carinho pelo Danniel Vieira assim. Isso é muito gostoso.

'Estou fazendo o que eu amo' | Foto: Reprodução / Facebook
 
Então você acredita que as pessoas se identificam com você no palco porque você é a mesma coisa fora dele?
Eu sou uma pessoa comum. Eu sou um artista e as pessoas veem que eu sou um cara casado, com uma filha, trabalhador, um cara normal. Não sou um ET. Acho que as pessoas veem o artista muito como um ET. É um cara normal que chega no palco, canta e faz o que gosta. Está na cara dele que ele faz o que gosta, e está na minha cara que eu estou fazendo o que eu amo. As pessoas gostam muito disso e eu todos os dias eu agradeço a Deus por fazer o que eu amo. Existem algumas pessoas que acreditam, admiram e estão comigo nesta batalha.
 
E nesta sexta (1º), lançamento do CD, você já tem alguma coisa preparada? Algum convidado?
Essa semana, a gente não vai ter nenhum convidado até então. Todas as vezes que a gente teve convidados, a gente sempre teve muita cautela em anunciar porque a gente nunca quis ser um evento refém dos convidados. A ideia é que o evento seja ele por si só e os convidados que venham como especiais mesmo, como bônus. Os convidados são, realmente, situações especiais como na semana retrasada com o Denny, da Timbalada, e sexta-feira agora com o Psirico. A ideia não é comercializar o convidado, entende? A gente chama os convidados especiais para dar um plus para as pessoas que frequentam. Mas o evento é muito bacana sem o convidado também. Os convidados são casos especiais, e quando chegam lá, a galera vai ao delírio, ainda mais que eu peguei dois convidados que jogam a galera para cima. A energia dessa galera é impressionante.
 
E você manteve, esse ano, a parceria com o pessoal do É O Tchan. Como é a relação com eles? Já pensam em fazer alguma parceria?
É muito bacana. No início dos ensaios, eram do Tchan e de Danniel Vieira. Mas como a força deles, comercialmente falando, é muito maior do que a de Danniel Vieira e existe, na cabeça das pessoas, a memória do Tchan no Espanhol, ficou só o ensaio deles. Eu nem vejo quem sou eu para reivindicar isso aí, pelo amor de Deus, nem quero. Mas foi uma parceria que deu certo, que a gente levou até para outros lugares. Tocamos em Feira de Santana, vamos tocar juntos na Feijoada do Sfrega, em Senhor do Bonfim. Foi uma parceria que deu certo, uma combinação que deu certo. É o pagodão do É O Tchan, que lembra coisas bacanas, e o romantismo e a alegria do sertanejo.
 

Evento acontece nesta sexta (1º) | Foto: Divulgação
 
Mas como você vê esse crescimento do seu estilo de sertanejo, que é mais envolvido com as músicas daqui da Bahia?
Se você parar para analisar, grande parte do Brasil é interior. Salvador faz parte da orla do Brasil, mas essa orla é pequena em comparação ao interior. E o interior do Brasil, quase por completo, toca sertanejo, então é natural que a orla também acabe consumindo esse estilo. O meu sertanejo, eu tentei adaptar o máximo possível para a música baiana, para o meu estilo. Porque eu não sou caipira, então não cabe cantar música caipira. Canto com meu suingue, minha peculiaridade da música baiana, com toda a bagagem que eu tenho de cantar axé e de puxar trio fora e aqui dentro. Junta tudo, faz uma massa de pão, joga no forno e vai dar o estilo de Danniel Vieira.
 
Em julho, como você disse, já sai coisa nova...
Sim, teremos o lançamento do DVD. DVD novo, cem por cento autoral. Um trabalho bacana. Gravamos o DVD ali no terminal náutico, de costas para o Mercado Modelo e o Elevador Lacerda, e a gente tem uma campanha direcionada para esse lançamento do DVD. No segundo semestre tem esse lançamento do DVD, vamos produzir alguns clipes. Na semana que vem, vou lançar o clipe da nova música de trabalho, que é o "Louca". Provavelmente vamos lançar na sexta-feira, lá no Zen. A gente vai lançar alguns clipes, lançar o DVD, trabalhar o DVD em programas nacionais e locais e rodar o Brasil através do DVD.
 
Então, resumindo, o que o pessoal pode esperar para o show de sexta-feira?
Todo mundo poderá curtir as três horas de show do sertanejo com a cara da Bahia numa das melhores casas de show de Salvador. Todo mundo que vai para a festa vai levar um CD, um registro desse show ao vivo. Tenho certeza que as pessoas não vão se arrepender de ir, e quem já foi sabe do que eu estou falando.