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Entrevista

Alinne Rosa fala dos primeiros passos de fase solo e diz que ‘axé está voltando para os músicos’

Por Júlia Belas, Lucas Cunha e Evilásio Júnior

Alinne Rosa fala dos primeiros passos de fase solo e diz que ‘axé está voltando para os músicos’
Fotos: Rebeca Menezes / Bahia Notícias
Alinne Rosa começou sua carreira solo com uma importante divulgação. Logo de início, emplacou o hit "Complicamos Demais" na novela "Em Família", da Rede Globo. Com o apoio dos seus fãs, os alinnistas, a ex-vocalista do Cheiro de Amor inicia uma nova fase de trabalhos. Em entrevista na última terça-feira (18), na redação do Bahia Notícias, a cantora se mostrou bastante empolgada com esta nova etapa. Com mais poder para decidir sobre o seu futuro, Alinne disse que não há uma crise na música baiana, mas sim um momento de mudança, que deve tirar o poder das decisões dos empresários e deixar mais nas mãos dos artistas. "O axé está voltando para os músicos. Os empresários só querem saber do mercado. Vê que o arrocha está bombando, quer que o seu artista grave um arrocha também. Acaba ficando tudo igual e não fica nada com cara de nada", criticou. Além disso, Alinne falou sobre relacionamentos, expectativas, sua relação com Ivete e a novo cantora do Cheiro, Vina Calmon, possíveis problemas durante a sua saída da banda e, claro, o amor dos fãs. Entre detalhes de um futuro próximo até acertos para o Carnaval de 2015, a cantora mostrou que, realmente, tem muita coisa acontecendo.
 

Fotos: Rebeca Menezes / Bahia Notícias

Bahia Notícias: Você disse que a sua saída para a carreira solo era para ter maior comando das suas decisões. Como estão sendo esses primeiros momentos de carreira solo? Quais são os primeiros medos, as primeiras aflições, os primeiros shows...
 
Alinne Rosa: No primeiro show, eu fiquei muito ansiosa. Foi no camarote da Brahma (durante o desfile das escolas de samba campeãs, em São Paulo). Foi o começo, mas o show em Castro Alves (cidade do interior da Bahia) foi um show maior. No camarote, acabou que a gente tinha pouco tempo de show, e agora a gente fez no último sábado (15) em Castro Alves. Lá deu para mostrar mais.
 
BN: Foi o primeiro show para um público maior. Como foi a recepção?
 
AR: É, e a gente tocou músicas inéditas, foi bem próximo do que vai ser o show de fato. Deu para sentir, foi muito bom, o público reagiu bem com as músicas inéditas, parecia que já conhecia elas, fiquei meio de cara com a resposta. Estou muito feliz com tudo o que está acontecendo, está sendo tudo muito rápido, graças a Deus, tenho que agradecer todo dia. No começo eu fiquei bem ansiosa, mas está tudo rolando tranquilamente, naturalmente.
 
BN: E o que tem de igual e diferente com o seu começo no Cheiro? Falo do Cheiro porque também foi um começo, havia uma incerteza de para que caminho as coisas iam, a aceitação de ser a nova cantora da banda. O que você, agora com mais experiência por já ter passado por tudo isso, consegue absorver de não ter determinados medos e o que permanece? Afinal, agora é o início da marca Alinne Rosa solo, mesmo que as pessoas já te conheçam como cantora do Cheiro...
 
AR: Agora vem tudo para mim, as coisas boas e ruins. A diferença é que, quando eu entrei no Cheiro, não tinha muita experiência. Antes eu fazia backing vocal, não tinha aquela coisa de ser líder de banda. Essa experiência agora me ajuda, apesar da ansiedade, me ajuda a encarar as coisas com mais tranquilidade. Quando eu fiz esse show em Castro Alves, eu tava assim: "Tudo bem, as músicas inéditas as pessoas vão ficar olhando um pouco". Mas foi realmente uma surpresa, todo mundo balançando. Eu falei "caraca, eu vou ficar mais relaxada, porque está tudo fluindo". A gente está ensaiando, estou com uma banda excelente, que está toda focada no nosso trabalho.
 
BN: É uma banda toda nova? Quem é essa turma?
 
AR: São pessoas que eu já gostava de outras bandas, de outros trabalhos, mas ninguém do Cheiro. Na verdade, eu queria mesmo começar com tudo novo. Essas pessoas que estão comigo agora são pessoas que eu já admirava muito, já queria há muito tempo trabalhar com eles e eles comigo, só que a gente nunca teve a oportunidade. Agora estamos assim, todo mundo está muito feliz, muito empolgado, criando arranjos e ensaiando todos os dias... Todo mundo entra no palco 'felizão'. Eu sinto que está todo mundo na mesma vibe que eu. Estou com o Alexandre Lins, que está dirigindo perfeitamente a parte musical, a Daniela Pena, que é a esposa dele, é quem faz a parte cênica.
 
 
BN: E a produção, para fazer essa parte de contatos nacionais e internacionais, como fica? Quem está produzindo a sua carreira no momento?
 
AR: Eu tenho sócios agora, e o Rodrigo Melo, daqui de Salvador, está gerindo a minha carreira no comercial, é a pessoa que vende os shows, faz as festas, vê os blocos que a gente vai sair... Tudo isso. O Alexandre Ktenas no marketing, é quem trabalha nacionalmente. Vou te falar, eu tô com uma equipe dos sonhos!
 
BN: E você já começou emplacando uma música, "Complicamos Demais" na novela "Em Família", no horário nobre da TV Globo. Como é ter, no seu recomeço, já uma canção em um panorama tão amplo de divulgação?
 
AR: É coisa de Deus mesmo, não tem explicação. Eu sempre fui muito, muito abençoada na minha vida, em tudo. Antes do Cheiro, eu sinto que Deus sempre me colocava no lugar certo, na hora certa. Tudo fluiu muito bem na minha vida. Lógico que todo mundo tem problemas, mas eu tenho muita fé e acredito muito em Deus, então me sinto muito protegida. Aconteceu de eu sair da banda em março e a novela estreou no começo de março. Eu mostrei a música para um pessoal da novela que eu conheço, (o diretor) Jayme Monjardim...
 
BN: Você tratou disso direto? Foi via alguma gravadora?
 
AR: Não, eu tenho amizades com o pessoal ligado ao Jayme Monjardim, que é o braço direito da novela, e mostrei algumas músicas.
 
BN: Essas já foram gravações oficiais que vão entrar no CD?
 
AR: Não, foram do tipo piano e voz, só. Acabou que a música escolhida é só piano e voz, com algumas cordas. Eu mostrei três músicas para ele, e ele mostrou para o Manoel Carlos, autor da novela. O Manoel Carlos falou que quando ouviu "Complicamos Demais" parecia que a gente já conhecia a história de Helena. A música casa perfeitamente: fala de ciúme, do casal que complica demais a história, e aí entrou.
 
BN: Como está o lançamento do disco, já recebeu alguma proposta de gravadora?
 
AR: Tem algumas propostas, sim, mas a gente está vendo o que vai ser feito. A gente está gravando ainda, gravamos até agora duas músicas. As músicas já existem, todas arranjadas, e só falta o processo mesmo de gravação. A gente quer lançar logo isso, no final de abril, no máximo. Todas, músicas inéditas ou um EP ou um CD.
 
BN: Não tem nenhuma regravação, são todas músicas inéditas... E quem são os compositores?
 
AR: Tem Tatau (Araketu), Tierry (Fantasmão), Mauricio Manieri, Tiago Gimenes... Tierry, eu coloquei três músicas, Tatau, uma...
 
BN: Você fez uma carreira ligada a um grupo de axé. Mesmo que sua música não seja apenas isso, mas estava ligada a esse estilo. Sua primeira música solo tem uma pegada mais romântica, segue outra linha... Como vai ser o seu disco solo? Você quer se distanciar um pouco da música de festa?
 
AR: De jeito nenhum, pelo contrário. Todas as músicas estão muito carnavalescas, muito de festa. Não tenho problema em ser uma cantora de axé, pelo contrário. Amo o Carnaval da Bahia, amo o trio elétrico, amo cantar axé e não vou me tornar outro tipo de coisa. O axé me dá essa liberdade para fazer o que eu quiser de estilo musical, é um dos poucos estilos que dá essa liberdade para o artista. Você vê a própria Ivete, que já gravou milhões de canções lentas e tudo o mais. Acabou que essa música se tornou a primeira por conta da novela, que acabou ganhando uma força maior. Mas se você ouvir o repertório, vai ver que ele é todo dançante, 'pau puro' (risos).
 
BN: E como você vê esse momento de renovação da música baiana voltada para o axé? Houve uma série de movimentações, a sua saída, a entrada de Vina no Cheiro, Bell indo para a carreira solo... Como você tem observado isso? Alguns falam em uma queda da representatividade da música baiana fora de Salvador, especialmente com o crescimento do sertanejo. Antes, na década de 1990 e o início dos anos 2000, era a música baiana que dominava as rádios no Brasil. Hoje em dia, pelo menos do que a gente precebe, não tem mais a mesma representatividade. Há um indício de crise?
 
AR: Esse papo de crise, já tem uns cinco, seis anos que eu escuto que o axé está em crise. Minha agenda nunca parou. Eu sempre fiz show todo fim de semana, para tirar férias era uma complicação, então eu não vejo essa crise. Acho que tem aquela coisa do ranking. De repente, o axé não está hoje no primeiro foco da música brasileira, talvez o sertanejo esteja em um momento melhor. Mas o axé tem muita força. A gente tá recebendo convite, a nossa agenda abriu e já fechou muita coisa, todo mundo querendo. Não vejo essa crise, talvez o axé não esteja no primeiro lugar. Talvez segundo ou terceiro, mas crise, crise... Eu acho que tem que ser reformulado, acredito que o sistema tem que ser reformulado. Eu estou muito feliz com essa fase, estou vendo que muitos artistas estão indo para a carreira solo, e o axé está voltando para os músicos. A música está voltando para os músicos. Acho que era isso que estava faltando, isso que deu uma balançada, porque o axé estava virando uma coisa muito comercial. Estava esquecendo de mexer, meter aquela energia, aquela coisa diferente, o espírito do axé. Com essas mudanças, eu estou sentindo que isso está voltando.
 
 
BN: E você chegou a conversar com alguém daqui que também tenha saído de uma banda e iniciado sua carreira solo? Temos casos de sucesso como Ivete, Saulo... Em quem você se espelha e com quem você se aconselhou?
 
AR: Conversei bastante com Ivete, que é uma pessoa que, se ela dá um conselho, você tem que ouvir. Ela me passou um pouco da experiência dela, falou de várias coisas, eu falei para ela o que estava acontecendo na minha carreira, porque ela não tinha uma noção... Falei com quem eu estava, o que estava acontecendo, o que ia acontecer, e ela falou: "Ah, minha nega, então ninguém te segura, porque tudo o que você está me falando é o que eu ia falar para você fazer". Eu sinto que estou no caminho certo, está tudo fluindo mesmo, de uma forma bem positiva. Ela me falou um pouco da saída dela, como foi, o que ela fez... Me passou um pouquinho da experiência dela, a gente trocou uma bola bacana.
 
BN: Em relação ao contexto atual do axé, a gente viu esse ano uma música que foi praticamente unanimidade, o Lepo Lepo do Psirico. Mas por trás dessa história, há muitos artistas que falam em uma crise cultural no axé e, por isso, não despontaram outras músicas para competir com o Lepo Lepo. Você acha que está faltando essa criatividade? Como o axé pode dar essa mudança de panorama e a gente ter mais artistas com mais músicas de qualidade tocando na rua?
 
AR: Lepo Lepo ganhou,  mas teve a de Saulo ("Raiz de Todo Bem"), que também foi muito tocada. Se não tivesse "Lepo Lepo", eu acho que a de Saulo seria a campeã. As duas estavam tocando bem já antes do Carnaval...
 
BN: As duas músicas não eram apostas dos artistas para o Carnaval, inclusive... Tem uma crise de criatividade mesmo?
 
AR: Quando a música volta para os músicos, eu sinto uma esperança nesse sentido. Os empresários só querem saber do mercado. Vê que o arrocha está bombando, quer que o seu artista grave um arrocha também. Acaba ficando tudo igual e não fica nada com cara de nada. Acho que o músico não tem essa coisa comercial, tem que ter, mas a gente foca mais na música mesmo. O Saulo é um bom exemplo. Ele saiu e fez o trabalho dele autoral, que está sendo muito elogiado.
 
BN: Alinne pretende seguir esse caminho?
 
AR: Também. Estou escrevendo várias coisas que quero gravar e estou ouvindo diversos compositores. Meu repertório está bem criativo, não está faltando criatividade.
 
BN: E o caminho inverso... Você, Saulo e Ivete vieram de grupo comandados por empresários. Você tem falado com essa nova fornada de cantores que está chegando para as bandas mais tradicionais? Você deve imaginar que a Vina Calmon, nova cantora do Cheiro, deve estar passando pelas mesmas dúvidas que você passou no início de carreira. Em algum momento houve uma troca de informações entre vocês ou com algum outro artista da nova geração?
 
AR: Eu conversei com o Rafa, do Chiclete, e a gente trocou várias coisas. Ele me falou que estava ansioso, aquela coisa toda, assumir o Chiclete deve ser pesado. Assumir o Cheiro foi bem pesado. Vina, eu ainda não tive muito contato, tive uma conversa rápida quando ela estava dando entrevista em uma rádio e eu liguei porque queria falar com ela há um tempão, só que não tinha o seu telefone. Isso foi antes da minha saída da banda, em janeiro. Falei com ela pela rádio, entrei ao vivo de surpresa para desejar boa sorte, falar que ela estava entrando em um lugar que era uma escola, mas não tive contato com ela ainda.
 
BN: Vina é alguém com quem você quer bater um papo, trocar uma ideia?
 
AR: Com certeza! Convidei ela para o meu lançamento, ela não pôde ir por conta de agenda. É importante que o artista seja ouvido, porque ele está ali para mostrar a sua emoção. Queira ou não, o artista tem que mostrar a sua verdade, senão não convence o público. Por mais que a gente queira estar bem no mercado, quando a música é de verdade, a coisa acontece.
 
BN: Você falou que está gravando, pensando no CD, e a gente já associa o CD com um futuro DVD. Tem alguma coisa planejada?
 
AR: A gente está planejando gravar um DVD em agosto, depois da Copa. Estamos em fase de ver local, ver como vai ser, o repertório...
 
BN: Já tem alguma ideia de convidados?
 
AR: Tem muita gente que eu gosto e queria gravar, então sempre tem. Tem muita gente que eu vou pensar em chamar também. A gente está produzindo o EP para criar um repertório, porque eu não vou regravar nada que eu gravei no Cheiro, então as pessoas precisam conhecer um pouco para cantar junto.
 
 
BN: O Cheiro anunciou hoje (terça-feira, dia 18) que vai gravar um novo DVD. Você teria problema em participar de alguma coisa ligada ao Cheiro?
 
AR: Nenhum, foram 10 anos e não tenho nenhum problema. Desejo muita sorte, porque ali eu fiz muitos amigos. Todos ali na banda são meus amigos pessoais e eu quero que tudo dê certo para todo mundo. Sem demagogia.
 
BN: O empresário do Cheiro, Windson Silva, disse que o Carnaval de 2014 havia sido o pior da vida dele. Ficou algum tipo de mágoa entre vocês?
 
AR: Não entendi o que ele quis dizer com isso, sinceramente. Eu estava focada para fazer a minha despedida, eu estava muito feliz. Apesar de ser despedida, eu estava feliz por conta de começar uma nova vida e os meus fãs estavam me apoiando muito. Levaram faixas para o bloco, homenagens e tudo o mais, a imprensa também estava muito comigo. Esse Carnaval foi bom, foi ótimo, não tem o que falar. Se ele não gostou, eu gostei.
 
BN: Essa questão de fila no Carnaval já deu problemas para o Largadinho de Claudia Leitte. O que você está arrumando para não sair muito no fim? Há informações de que você já tem bloco certo no Campo Grande e na Barra...
 
AR: Estamos finalizando a negociação, mas eu ainda não posso falar os nomes. Vou ter blocos nos dois circuitos e eu ainda pretendo fazer um trio pipoca.
 
BN: Blocos grandes, tradicionais?
 
AR: Posso dizer que sim...
 
BN: O Internacionais está na pauta? Disseram que Bell e Alinne poderiam ir para o Inter...
 
AR: Não sei de nada... Pois é, né (risos)...
 
BN: Mudando de assunto, você falou que estava querendo ficar sem ninguém por um bom tempo, mas um colunista falou que você estava dando em cima de Chay Suede, namorado de Manu Gavassi.
 
AR: Para, né gente, que não precisa disso. Eu conheço Chay. Pelo amor de Deus, a gente conversou, ele me chamou para fazer uma música com ele. Ele tem um projeto e grava umas coisas em casa, eu estava comentando que tinha visto o trabalho dele com a Roberta Campos, que é outra compositora que eu adoro. A gente conversa sobre música, ele tem namorada, pelo amor de Deus. Nada a ver.
 
BN: Acaba sendo uma obsessão das pessoas saber com quem você está. Ao mesmo tempo, você deu essa declaração sobre o tema e disse que queria ficar um tempo focada, sem namorar ninguém. Como você lida com isso? Porque sua declaração acabou soando, mesmo que não tenha essa obrigação, quase um compromisso público de ficar um tempo sem ninguém...
 
AR: Na verdade, eu não estou tendo tempo para nada. Se aparecer alguém, vai ter que ter muita paciência. Eu estou trabalhando muito, não é prioridade. Eu estou em um momento que não estou nem parando em casa, sabe? Para começar um relacionamento agora, não dá. Só se a pessoa quiser muito, muito mesmo, tem que ser paciente. Agora mesmo os músicos estão esperando o ensaio, eu estou vindo de outra entrevista, está tudo muito louco. Eu estava lá no Rio de Janeiro e fui fazer uma participação, um show, e conversei com vários artistas, não foi só com Chay.
 
 
BN: Você tem ganhado esse status de musa, não só para os seus seguidores, mas para um público maior. E, com isso, começam a ter comentários sobre a sua imagem. Em uma foto recente no Instagram, disseram que você estaria muito magra, falaram até em barriga negativa... Como você lida com isso? Porque houve uma transformação em sua imagem do início para hoje, e, ao mesmo tempo, você precisa saber explorar isso como artista...
 
AR: Eu me descobri há um tempo atrás. Antigamente eu não me ligava muito, não focava nisso. Comecei a me incomodar, falei "pô, estou parecendo meio gordinha", e um dia isso incomodou. Pensei em emagrecer, malhar, e peguei gosto pela coisa e me cuidar mais, a alimentação... Antigamente eu não colocava nada light ou diet na minha boca. Hoje em dia eu me cuido mais e vi que os olhares mudaram para mim. Não fiz isso propositalmente, mas todo mundo vê como eu mudei. Eu fico feliz, minha autoestima vai lá para cima. Aconteceu de parecer em uma foto que eu estava muito magra, barriga muito para dentro, mas tudo é ângulo. Eu não acho que estou muito magra, muito sequética. Não estou, né? Aí uma pessoa comenta "anorexia" e isso já é chato. Eu como direitinho, tenho médico, tenho nutricionista, não estou com anorexia. Por acaso, eu estou com a barriga sequinha. Agora não tanto, porque como todo mundo, no período pré-menstrual a mulher incha, tanto que nem mostrei a barriga hoje. Esse fim de semana mesmo, enfiei os dois pés na jaca. Fiz o show em Castro Alves e, como tenho amigos na cidade, então acabei ficando lá. Ave Maria Traçava o que passasse na minha frente, tripa frita, maniçoba. Amanhã, eu vou correr atrás do 'preju', vivo nesse equilíbrio.
 
BN: No seu Instagram, você colocou que fez uma tatuagem nova. Qual é?
 
AR: Eu fiz um olho. Corrigi essa cruz, que é uma cruz de proteção, e fiz um olho, que é o olho de Deus, que está vendo tudo. É o olho justo.
 
BN: E sua relação com os fãs no Instagram e no Facebook? Os seus fãs, os alinnistas, estão comentando o tempo todo e você parecer tentar responder sempre que possível. Como você estabelece essa relação?
 
AR: Eu sou muito ligada a eles. Acompanho muita coisa sempre que dá. Eles me marcam em tudo e às vezes não dá para ver todas as marcações. Sigo muitos fã-clubes e acabo vendo a movimentação deles. Tem grupo no Facebook de fãs que eu faço parte. Eu vejo eles comentando, vou lá e dou uma curtida e eles ficam loucos. Eles são muito fiéis. Nesse momento novo eles estão muito comigo, 100%. Eles torcem para caramba, divulgam música nova... São meio que assessores de imprensa também.
 
BN: Falando nisso, tanto Neymar quanto Daniel Alves postaram vídeos no Instagram te desejando boa sorte em sua carreira solo e até cantando músicas suas. Qual é sua relação com esses jogadores?
 
AR: Eu conheço muita gente, aí acabo tendo amigos em comum, um apresenta o outro e vai criando um laço. Neymar é um menino muito gente boa, tem esse tamanho todo que ele tem no mundo e, ao mesmo tempo, é um menino muito simples, tranquilo, generoso. Quando eu falei com ele que estava saindo para a carreira solo, ele ficou mega feliz. Desde antes, no Cheiro, quando a gente começou a se falar, ele me falou para gravar uma música e ele fazer a coreografia. Eu falei "vou mandar, vou mandar", acabei não mandando, mas agora eu vou. A namorada do Daniel é minha amiga, então acaba tendo esses amigos todos.
 
BN: Quem são os seus melhores amigos conhecidos entre os artistas? Pessoas que você pode ligar de noite para conversar...
 
AR: Tomate é meu amigo, a Tânia Mara, Ivete um pouco também, Léo Santana, Levi Lima... Caio Castro também é um amigo, Roberta e Rafael Almeida. Tenho muitos amigos, graças a Deus. A maioria que gravou vídeo para mim, eu tenho um contato muito próximo.
 
BN: E a estreia da carreira solo em Salvador?
 
AR: Breve, breve. A gente também está planejando isso, acho que não passa de abril, no mais tardar no começo de maio. Eu vou preparar um show especial para aqui também.
 
BN: Então o que tem de shows mais próximos?
 
AR: Teve o show de Castro Alves, agora vai ter São Paulo, Alfenas (MG) e Rio. Os outros não são abertos ao público, são shows fechados, insti para  a gente costuma não divulgar.
 
BN: E TV? Com essa música na novela, deve ter mais coisas agendadas...
 
AR: TV tem muita coisa. Temos principalmente gravações de programas em São Paulo. Tem muita coisa acontecendo, meu amigo.