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Marca Bahia Notícias Holofote

Entrevista

Ludmillah Anjos lança CD, comenta ausência de Claudinha e opina sobre participante que acusou o The Voice de manipulação

Por Rafael Albuquerque

Ludmillah Anjos lança CD, comenta ausência de Claudinha e opina sobre participante que acusou o The Voice de manipulação
A cantora Ludmillah Anjos, ex-participante do The Voice Brasil, está prestes a lançar oficialmente o seu primeiro trabalho profissional. Intitulado “Babado, Confusão e Gritaria”, O CD poderia ser apenas mais um, mas a musa do “Pah!” resolveu fazer um trabalho no seu estilo “fechação” e convidou artistas como Ivete Sangalo, Carlinhos Brown, Daniela Mercury e Margareth Menezes para participações especiais. Em entrevista ao Bahia Notícias, Ludmillah fala sobre o convite aos renomados artistas, explica porque Claudia Leitte ficou de fora, comenta rivalidade com Ju Moraes e Aila Menezes e opina sobre o fato de Khrystal, candidata da segunda temporada do The Voice Brasil, ter criticado o programa após ter sido eliminada. Não deixe de ler!
 

Bahia Notícias: Como foi feita a produção e escolha do repertório do CD?
Ludmillah Anjos: A escolha foi feita basicamente por mim e pela produção musical do CD, que tem Alexandre Castilho, do Rio, um dos produtores do programa The Voice, e o produtor da Bahia, que todo mundo conhece, que é Tenisson Del Rey. Mas a escolha das músicas teve maior influência minha, pois adoro me meter nessas coisas; é o que eu mais sei fazer. O resto todo eu deixo pra o pessoal fazer. Pelo nome do CD “Babado, confusão e gritaria” você já se identifica, porque aí é realmente Ludmillah. As músicas foram escolhidas nesse contexto de alegria, alto astral, felicidade, carisma. Esses são pontos importantes que eu trago pra meu trabalho. O CD é composto por 11 faixas, com duas regravações.  E as participações eu pensei bem antes de tudo acontecer.

BN: Quando vai ser o lançamento?
LA: Vai ser em fevereiro para todo o Brasil. Mas começa a ir para as lojas em abril, porque vai ter o lançamento oficial no jornal Correio.

BN: Você tem quanto tempo de carreira?
LA: Eu canto profissionalmente, vivendo, trabalhando e ganhando da música desde os 12 anos de idade. Hoje tenho 27 de idade e 15 de carreira. Mas antes eu já cantava para espetáculos musicais, que era um grupo chamado Movimento Cultural.

BN: O que mudou em sua vida após o programa?
LA: Ah, quase tudo e pra melhor. O Brasil já me conhecia por eu ter participado do Ídolos em 2006. Por isso, eu já tinha fãs no país todo. Mas o The Voice foi uma alavanca. Foi um programa extremamente musical mesmo. Abrange tudo que envolve a música e eu fui eu mesma no programa. Então, o programa escancarou várias portas não só pra mim, mas apra vários artistas que passaram por lá.
 

 
BN: E como você avalia o resultado da edição que você participou? Foi justo?
LA: Pra mim, foi extremamente justo. Acho que cada um tem seu mérito. O que eu queria  eu consegui, que foi alcançar o público brasileiro e mostrar meu trabalho. O que vem depois é consequência. O que é importante ali? A visibilidade, o dindim etc. Mas tudo o que a ganhadora conseguiu, Elen, que é minha amigona, foi justo. Ela tem um vozeirão e é extremamente mais madura do que eu e por isso acho justo. O que eu queria eu fiz que foi mostrar minha arte, meu ser.

BN: Na segunda edição você torceu pra alguém?
LA: Torci para muitas pessoas, principalmente os baianos. Eles infelizmente saíram e eu fiquei torcendo pará Bigode Grosso e Lucy Alves. Quem ganhou foi Sam Alves, que também canta muito e tem uma personalidade legal.

BN: A candidata Khrystal foi eliminada e reclamou da música. Disse que quando escolheram a canção pra ela, já era o sinal de sua eliminação. Como você analisa essa declaração? Como era feita a escolha da música?
LA: Eu acho que essa segunda edição mudou um pouco, mas vou falar da minha edição. Eu como era ousada, eu tinha livre arbítrio muito grande e me metia em tudo, desde o figurino ao cenário. Eu enviava e-mails, vídeos e sugeria as coisas. Todo mundo no começo escolhe a própria música. Na semifinal e na final eles se envolvem mais e indicam as músicas. Esse ano eu não sei como foi a regra, porque deve ter mudado. Eu soube por alto, pois não vi o post. Na minha opinião você faz a sua oportunidade. Se te deram uma música, massa. Você pegue ela e faça do seu jeito, com sua interpretação. Se não rolou é porque não era seu momento. Mas tem que lutar e perseverar. O bom dali é você pegar uma oportunidade e transformar na sua oportunidade.

BN: Seu primeiro CD já vem com participações de artistas como Margareth, Daniela, Ivete, Brown...
LA: Ah meu filho, é porque eu sou ousada (risos).
 
BN: Mas como foi essa ousadia para convidar esses artistas?
LA: Eu sou uma pessoa extremamente humilde e usei o truque da galinha morta, que se finge de morta pra não ser degolada (risos). Cheguei lá com meu jeito de ser, com meu jogo de cintura e falei. Se colar, um abraço! Sou dessas, cara de pau. Eles aceitaram e eu fiquei besta.

BN: Como foi o convite feito a Ivete Sangalo, por exemplo?
LA: Incrível. Ivete aceitou na mesma hora. Rolaram rumores de que ela estava sem tempo e ela me disse: “Eu vou gravar, minha irmã”. E pronto, ela foi lá e gravou no estúdio dela. Ela se doou pra música. Ela gravou comigo “Babado, confusão e gritaria”, música que nome que dá título ao CD. Os artistas são extremamente verdadeiros e gostam mesmo de mim, pois se não gostassem não aceitariam. 
 
BN: Como era sua relação com os técnicos no The Voice Brasil?
LA: Ah, era incrível. Eu tive mais afinidade com Brown porque ele foi o meu mestre. Mas Lulu Santos, Claudinha Leitte e Daniel eram massa. Um carinho com a gente. Mas meu negócio mesmo era com Carlinhos, até mesmo por conta da afinidade musical.

BN: Brown foi o primeiro a ser convidado pra seu CD? 
LA: Foi. Eu nem sabia quando ia gravar, mas já tinha chamado ele. Inclusive ele me deu a música.

BN: Qual?
LA: “Fofoqueira” é dele e foi gravada por Amanda Santiago.
 

BN: Você não pensou na possibilidade de chamar Claudia Leitte para gravar?
LA:
Claro que sim. Mas o CD só tem 11 músicas e já tem 6 participações. Ela estava na correria e as pessoa que a gente foi chamando já foi aceitando logo. Mas tenho interesse em fazer uma parceria com Claudinha Leitte e tô até compondo. Mas nesse trabalho a gente teve jogo de cintura pra adiantar isso e também porque o CD tinha que ser lançado nesse ano.

BN: Porque tinha que ser lançado esse ano?
LA: Porque esse é o meu ano (risos).

BN: Você sempre compôs:
LA: Desde os 15 anos.

BN: Mas faz melhor o que: canta ou compõe?
LA: Acho que canto. Aliás, faço os dois melhores. Mas eu gosto mais de cantar.

BN: Como é sua relação com as outras participantes do The Voice, como Aila Menezes e Ju Moraes?
LA: Aila eu conheço desde que eu me entendo por gente, pois a mãe dela foi minha professora. Então eu já tinha uma relação com ela antes disso. Ju eu conheci no programa. Já tinha escutado falar na Samba D’Ju, mas conheci lá no programa. A gente tem relação boa de trabalho, mas não temos tempo de resenhar, de encontrar. Elas trabalham muito e eu também. Mas sempre que a gente pode a gente posta uma coisa da outra ou fala no WhatsApp.

BN: Como você, que está estourando agora, percebe o mercado musical na Bahia?
LA: Gente, qualquer área é muito disputada, principalmente na musical, artística e cultural. Principalmente na Bahia, onde as pessoas não nascem, estreiam. Eu acho que vivo em outro mundo, pois não vejo disputa. Para mim, cada uma tem seu diferencial, seu público. Cada uma tem seu espaço e não há disputa. Agora, crise há no Brasil todo. Mas posso dizer que agora, com a volta de novos poderes políticos, as coisas estão melhorando. Só que teve uma época muito difícil em Salvador, principalmente com relação ao mercado de shows, de festas, de patrocínios. Agora tá tudo de vento em popa e não existe disputa entre a gente. Há a disputa do mercado.

BN: Nossa colunista Natália Comte sempre fala das revelações do carnaval, que pouco tempo depois somem. Acontece muito isso com os candidatos de programas como The Voice. Isso é uma preocupação para você?
LA: Não, por incrível que pareça. Não me preocupo porque eu já tinha meu trabalho antes do The Voice. O programa deu um "up" em minha carreira e fez com que eu fincasse minhas raízes no que eu gosto de fazer, no meu som, e de mostrar ao Brasil todo que eu sou babado, que eu vim pra incomodar e fazer o diferencial. Minha preocupação é fazer meu trabalho, meus shows, vender meu CD e cada vez o povo falar mais de mim. Não tenho preocupação de sumir porque eu trabalho muito pra isso, independente de programa. Eu trabalho bastante e sei que vim pra ficar. Sorry!

BN: Qual é o seu som?
LA: Meu som é minha música, meu estilo. É a mistura da batida eletrônica com a Bahia. É eletro-percussão.
 

 
BN: Você já passou por bandas?
LA: Nunca. Mas sempre passei por espetáculos musicais, por companhias.

BN: Ao sair do programa, não pensou em montar uma banda ou a ideia sempre foi ser Ludmillah Anjos mesmo? 
LA: Mesmo que eu quisesse, as coisas não levaram pra esse caminho.

BN: Então você pulou uma etapa, pois tem muita gente entrando ou montando banda pra depois sair.
LA: Isso. Eu já tinha minha carreira. O programa serviu de base pra eu continuar frutífera. Não tinha como eu fazer banda e nem passou isso em minha cabeça.

BN: Já tem alguma apresentação prevista pra este Carnaval?
LA: Vai ter muita coisa boa por aí. A gente vai fazer uma coletiva pra anunciar tudo. Eu tô com a língua coçando. Tem o trio pipoca que saímos na sexta do ano passado e esse ano vamos repetir. Faremos participações com artistas de novo e tal. Vamos fazer um show de lançamento do CD. Tudo vai ser explicado na coletiva.

BN: Como é sua relação com os fãs? 
LA: Ah, é muito amorosa. Todo mundo me questiona porque procuro ser amiga dos meus fãs. Mas a relação tem que ser essa, de amizade. É o fã que coloca você em todos os lugares e a gente deve isso a eles. Eu respondo eles no Instagram e tal. Pelo meu jeito de responder eles já sabem que sou eu (risos). Temos relação de amor, carinho, respeito. É uma relação de fechação, porque eu sou fechativa, meu bem!

BN: Você tem uma identificação muito grande com o público gay.
LA: Claro. Automaticamente eu já sou um travesti. Adoro! Eles identificam comigo mesmo. Desde antes, quando eu fazia show onde hoje é a San Sebastian, a galera já ia e se identificava comigo. Os gays são pra cima, de bem com a vida e por isso se identificam comigo. E vamos combinar: o que seria de nós se não fosse o gay no universo? O mundo estaria um pouco assim, metódico. Mas tenho público de todo tipo que você possa imaginar.

BN: Fala um pouco da turnê internacional que você fez recentemente.
LA: Foram dois shows. Um em Portugal e outro na Fraça, na Lavagem de Madeleine. Foi muito emocionante.

BN: Esse seu alto astral vem de onde?
LA: (risos) Não sei, acho que é alguma entidade, uma pilha. Eu sempre fui assim desde criança. Minha mãe tinha que inventar histórias pra eu calar a boca, pois sempre falei muito. Sempre fui muito articulada, extrovertida, brincalhona, e isso me ajudou a ser a artista que sou hoje. 
 
BN: Mas no dia-a-dia você é assim?
LA: Claro. No dia-a-dia e no palco.
 
BN: Então você não consegue separar?
LA: Eu sou o que sou. É complicado separar. O tempo todo que eu quero fazer cena, fazer astral, fazer a modelo, a manequim (risos). Mas também sou uma mulher, sou uma filha, tenho uma mãe escândalo.

BN: Tem namorado:
LA: Rapaz, eu tô muito bem, obrigado! Tô solta para balanço. Você é muito perigoso (risos). O coração tá ótimo, batendo. 

Fotos: Cláudia Cardozo // Bahia Notícias