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Salve Castro Alves, Caymmi e Ary Barroso!!!

Por Luis Ganem

Salve Castro Alves, Caymmi e Ary Barroso!!!

Ouvir música sempre foi um prazer. Fora a “necessidade do serviço”, sempre parei para escutar música como forma de terapia. Creio que se toda pessoa que não gosta muito de escutar música soubesse como faz bem, não deixaria nunca de ouvir.
 
A música é um estimulo de fator positivo tão importante, mas tão importante, que é usada em diversos tipos de ajuda a enfermos. De pacientes com deficiência física a pessoas autistas ou com deficiência mental, ouvir música acalma e auxilia no tratamento, seja ele qual for.
 
Trazendo para o nosso universo, o musical baiano, ele representa antes de qualquer terapia o sustento de diversas famílias, que de forma direta ou indireta vivem em torno do mercado musical. 
 
E dentro dessa importância, agora nesta terça, dia 06 de Maio, a música da Bahia vai ser reverenciada mais uma vez, com a entrega de um troféu, desta vez o Castro Alves, que nesta edição completa 25 anos, em um grande evento no teatro que também leva o nome do grande poeta baiano.
 
Em Falando do Troféu Castro Alves, é importante citar que diversos outros prêmios são dados logo após o carnaval. Bahia Folia, Band Folia, Troféu Dodô e Osmar (que voltou depois de dois anos sem premiar) estão entre os mais concorridos mas, a importância do Castro Alves dentre muitas que poderia citar está na sua longevidade ininterrupta, pois é o troféu com mais tempo em atividade no carnaval da Bahia.
 
Somente lembrando, até por já ter falado da história do Troféu antes, o Castro Alves foi criado em 1989 em uma lacuna deixada pela federação de blocos carnavalescos que naquele ano deixou de premiar os melhores do carnaval. Parando pra pensar e fazendo um pequeno apanhado de tudo que a nossa música já andou é que vemos o quanto já foi feito.
 
Vejamos: partindo com Luiz Caldas, Sarajane, Ricardo Chaves, Banda Beijo (com o cantor Netinho) e mais uma galera dos anos oitenta, já na década de noventa, como Daniela Mercury e seu estouro mundial com o Canto da Cidade, o Olodum em seu momento histórico no Central Park com Paul Simon (a banda tocou para 100 mil pessoas). Passando pelo pagode com a banda Só de Onda e sua “Melô do Au Au” (a primeira banda de pagode baiano a fazer um programa de televisão nacional) e o Gera Samba, o primeiro grande sucesso nacional do pagode baiano, chegamos  no Reggae com Sine Calmon e seu Trem do amor (“Nayambing Blues”).
 
Descobrimos também a Patroa da alegria e do axé, a cantora Ivete Sangalo, na Banda Eva e depois em carreira solo. Vimos ainda o aparecimento e o estouro nacional da Banda Babado Novo (hoje com Mari Antunes nos vocais), ai já entramos no século XXI com Parangolé, Saulo Fernandes e sua então Banda Eva, Psirico e por aí vai.
Rapaz, é tanta gente boa, tanta gente que já passou por debaixo dessa ponte, que é daí que se percebe a importância de um troféu ter vinte e cinco anos atuando no mercado fonográfico sem nunca ter deixado de premiar.
 
Falar do troféu Castro Alves, antes de mais nada, é falar da Bahia, é falar de Dorival Caymmi, é falar de Ary Barroso, é falar da cultura da nossa terra, cantada em verso e prosa mundo afora por alguns artistas que citei, e tantos outros que por força do espaço não pude citar.
 
Sempre digo que faltam linhas pra poder falar mais, mas, quero dar meus Parabéns ao troféu Castro Alves, desejar mais 25 anos de vida pra ele, e aproveitar para dizer aos formadores e fomentadores de cultura desta terra, que pelo amor de Deus, confundir um “bife a milanesa, com bife ali na mesa” é um pouco demais.
 
Salve Castro Alves, Ary Barroso, Dorival Caymmi, Salve a Bahia!!!