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Governo já negocia recurso contra rejeição de contas

Por João Villaverde e Fabio Fabrini | Estadão Conteúdo

Governo já negocia recurso contra rejeição de contas
Foto: Divulgação
O governo articula com ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) considerados próximos ao Planalto uma estratégia para protelar o envio de parecer sobre as contas de 2014 e as "pedaladas fiscais" ao Congresso. Em caso de rejeição do balanço, o que poderia precipitar um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff no Legislativo, a estratégia deve ser um inédito pedido de recurso junto à corte. O objetivo é fazer a poeira baixar, permitindo mais debate no próprio TCU e arrastando indefinidamente, até nova deliberação, a chegada do parecer ao Congresso. A ideia foi levada ao governo por um integrante do próprio tribunal. Na quarta-feira (23), foi discutida em uma reunião reservada dos ministros da corte, que estão divididos a respeito. Como as contas do governo nunca foram rejeitadas, o que é uma possibilidade real este ano, o parecer jamais foi questionado. O TCU, por isso, não fixou entendimento sobre admitir ou não recursos nesses casos, tampouco quais tipos de recurso. Na reunião, a possibilidade de contestação foi aventada pelo ministro Benjamin Zymler. A questão é polêmica porque a sessão que aprecia as contas não é um julgamento formal, no qual se emite uma decisão. Nela, os ministros apenas acordam uma opinião, pela aprovação ou reprovação do balanço, que será enviada ao Congresso. A tarefa de julgar as contas, seguindo ou não a recomendação da corte, é dos deputados e senadores.