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Moro diz que Lava Jato não é 'sebastianismo da salvação nacional'

Por Julia Affonso, Mateus Coutinho e Fausto Macedo | Estadão Conteúdo

Moro diz que Lava Jato não é 'sebastianismo da salvação nacional'
Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil
O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato, disse nerta quinta-feira (20) que 'não se pode pensar que a corrupção é responsabilidade exclusiva do poder público'. Ao falar para uma platéia de advogados, em São Paulo, ele afirmou: "A iniciativa privada, com dinâmica própria, tem muito mais chances de mudar rapidamente do que o poder público. A corrupção não é uma responsabilidade exclusiva do poder público. Se for assim não vamos avançar muito porque o poder público, todos nós sabemos que, em geral, é ineficiente". Para o magistrado, o poder público "se move muito vagarosamente". Moro considera que a Lava Jato - maior investigação sobre corrupção no país, envolvendo cerca de 50 políticos - surge como uma importante oportunidade de mudança, mas fez um alerta. "A mudança não acontece sozinha. Depende em parte do poder público e também da iniciativa privada'."Na corrupção há dois criminosos. Aquele que paga e o que recebe", complementou. Ele advertiu para o fato de que a sociedade brasileira acredita que a corrupção diminuirá a partir de episódios emblemáticos da história recente, como a própria Lava Jato e o Mensalão - Ação Penal 470, que levou para a prisão quadros importantes do PT. "Muitos disseram que a Ação Penal 470 iria mudar o país. Não sei se mudou. Mas me pergunto se não estamos esperando que esses casos sejam uma espécie de sebastianismo da salvação nacional", concluiu.