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À revista alemã, FHC poupa Dilma na Lava Jato e diz que ela é 'honrada'

Por Elizabeth Lopes e Carla Araújo | Estadão Conteúdo

À revista alemã, FHC poupa Dilma na Lava Jato e diz que ela é 'honrada'
Foto: Divulgação/PSDB
No lugar das críticas que tem feito às gestões petistas de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) baixou o tom em entrevista à revista alemã de economia Capital e disse que a atual presidente da República não está envolvida no escândalo de corrupção na Petrobras, investigado pela operação Lava Jato. As informações sobre a entrevista foram divulgadas nesta sexta-feira (31) pela agência de notícias alemã Deutsche Welle. De acordo com a DW, FHC disse na entrevista, que será publicada em alemão na edição da revista deste sábado (1º), que Dilma não está envolvida nos desvios da estatal petrolífera, mas que o PT está. Ele lembrou que João Vaccari, ex-tesoureiro da sigla, foi detido na operação. "Eu a considero uma pessoa honrada, e não tenho nenhuma consideração por ódio na política, também não pelo ódio dentro do meu partido, ódio que se volta agora contra o PT", diz FHC, creditando a Lula a responsabilidade por todo o escândalo. Apesar das críticas ao ex-presidente petista, Fernando Henrique ponderou, à publicação internacional, que, para ele seja preso, é preciso que haja algo "muito concreto" e que isso dividiria o país, já que ele é um líder popular. E disse que talvez Lula tenha que depor como testemunha, "o que já seria suficientemente desmoralizante". "Não se deve quebrar esse símbolo (Lula), mesmo que isso fosse vantajoso para o meu próprio partido. É necessário sempre ter em mente o futuro do país", disse o ex-presidente tucano na entrevista. FHC chegou até a elogiar o petista: "Ele certamente tem muitos méritos e uma história pessoal emocionante. Um trabalhador humilde que conseguiu ser presidente da sétima maior economia do mundo." Junto com os elogios, o tucano fez questão de reiterar que Lula, que o sucedeu na Presidência da República, apenas levou adiante a sua política, ao citar que as pessoas viam o petista como uma espécie de Cristo. "Eles fizeram dele um Deus, mas ele apenas levou adiante a minha política." O tom mais equilibrado de FHC se contrapõe às suas recentes declarações rechaçando uma possível aproximação com Lula. "O momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo. Qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo", declarou o tucano no último final de semana.