Estados Unidos querem propor uma delação premiada para José Maria Marin
Por Jamil Chade | Estadão Conteúdo
Foto: Sidney Oliveira/ Ag. Pará
A Justiça norte-americana está disposta a oferecer a José Maria Marin um acordo de delação premiada se ele for extraditado para os Estados Unidos, o que poderia causar um terremoto no futebol brasileiro. Fontes ligadas ao processo confirmaram que a proposta deve ser feita considerando que Marin, de 83 anos, pode se interessar por um acordo para reduzir uma eventual pena de 20 anos de prisão. Marin foi presidente da CBF e também do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo, responsável por todos os contratos do Mundial. No Departamento de Justiça dos Estados Unidos ele é apontado como um dos que pediram subornos para conceder acordos comerciais. Mas ligados a ele em partes do processo ainda guardadas sob sigilo estão outros dirigentes brasileiros, sul-americanos e da Fifa. Em Zurique, advogados já se preparam para esta opção. Com 83 anos, Marin poderia pegar até 20 anos de prisão nos Estados Unidos. Mas uma delação premiada reduziria de forma significativa esse tempo de detenção. Os norte-americanos pediriam a ele mais informações sobre contratos comerciais e, em especial, sobre o envolvimento de outros dirigentes.
Foto: Ricardo Stuckert/ CBF