Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

Lars Grael recusa se responsabilizar por despoluição da Baía de Guanabara

Por Estadão Conteúdo

Lars Grael recusa se responsabilizar por despoluição da Baía de Guanabara
Foto: Divulgação
A novela que se tornou a despoluição da Baía de Guanabara para os Jogos do Rio/2016 ganhou um capítulo importante neste sábado (28), quando Lars Grael emitiu comunicado público se posicionando contra um convênio de R$ 20 milhões entre o governo do Rio com o Instituto Rumo Náutico, liderado pela família Grael. Seu irmão, Axel, é ambientalista e ex- secretário-adjunto do estado do Rio de Meio Ambiente.

Na quarta-feira, o governo do Rio anunciou a contratação do instituto, em regime de urgência (sem licitação) para retirar todo o lixo flutuante das águas da Baía antes do evento teste da vela, o último antes dos Jogos do Rio/2016. A notícia repercutiu mal na imprensa, pela modalidade de contratação.

Neste sábado, entretanto, Lars Grael avisou que o conselho diretor da ONG vai se reunir na segunda-feira e que ele é "pessoalmente contra" que o instituto seja gestor do projeto. "Não é nossa vocação substituir o papel do Estado, mais ainda sob o risco institucional de uma dispensa de licitação", escreveu o medalhista olímpico.

De acordo com ele, o Instituto Rumo Náutico "não possui interesse e nem fica motivado por uma contratação emergencial sem a necessidade de licitação. Outras ONG's, OSCIP's ou empresas privadas podem fazê-lo com maior agilidade, conhecimento técnico, operacional e estrutura para tal."

Lars Grael argumenta que o projeto da Secretaria de Estado de Ambiente (SEA) do Rio é "um dos mais completos e tecnicamente embasados projetos de contenção e captura de lixo flutuante da Baía de Guanabara", mas lembra que a ação é apenas paliativa.

No comunicado, o medalhista olímpica lembra que a "razão de ser" do Instituto Rumo Náutico é "educar e capacitar para a mentalidade marítima e cidadania através da vela", citando que o Projeto Grael, concebido em 1996 e implantado em 1998, já atendeu 13 mil jovens.

"Sou favorável ao mérito, mas contra o Instituto Rumo Náutico ser o gestor direto do referido projeto. Podemos ajudar agregando conhecimento técnico e capacitando mão de obra. Gerir? Sou pessoalmente contra", encerrou Lars.