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Lobista que pagou Dirceu também contratou Renato Duque

Por Fausto Macedo, Julia Affonso e Ricardo Brandt | Estadão Conteúdo

Lobista que pagou Dirceu também contratou Renato Duque
Foto: Reprodução / BNDES
A Polícia Federal encontrou na residência do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque - indicado do PT ao cargo - contrato de sua empresa de consultoria, a D3TM Consultoria e Participação, com a Jamp Engenheiros Associados, de 2013, no valor de R$ 1,2 milhão. A Jamp pertence ao operador de propinas Milton Pascowitch, que atuava em nome da Engevix Engenharia no esquema de cartel e corrupção na estatal desbaratado pela Operação Lava Jato. Engevix e Jamp pagaram R$ 2,6 milhões ao ex-ministro José Dirceu - também por serviços de consultoria, entre 2008 e 2012. A própria Engevix, também contratou os serviços de consultoria do ex-diretor de Serviços em 2014, segundo comprovam contratos e notas apreendidas nas buscas feitas pela PF. Duque está preso desde o dia xx, depois que foi deflagrada a Operação Que País é Esse - décima fase da Lava Jato. Nesta semana, ela foi transferido junto com outros 11 detidos da Custódia da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, para um presídio do sistema estadual paranaense. Pelo menos 11 notas fiscais apreendidas mostram pagamentos mensais da Jamp de R$ 100 mil para a D3TM entre maio de 2013 e abril de 2014, quando Duque comunicou que não poderia mais cumprir seu contrato. O documento de encerramento da parceria foi encontrado também. Além da Jamp, a D3TM foi contratada também por outras empreiteiras do cartel acusado de cartel e corrupção na Petrobras, com a UTC, a OAS e a Iesa. O ex-diretor de Serviço - principal alvo da Lava Jato no esquema de corrupção da estatal - era indicado do PT e ocupou o cargo entre 2003 e 2011. Ele nega qualquer irregularidade envolvendo os contratos da estatal. Preso pela primeira vez em 14 de novembro, foi solto dias depois por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Flagrado no mês passado transferindo 20 milhões de euros de contas da Suíça para o Principado de Mônaco, ele foi preso e teve sua fortuna congelada pelas autoridades.