Inflação da baixa renda avança 2% em janeiro, aponta a FGV
Por Idiana Tomazelli | Estadão Conteúdo
A inflação percebida pelas famílias de baixa renda subiu 2,00% em janeiro, mais do que o dobro da taxa observada em dezembro (0,70%), de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) divulgado nesta quarta-feira (11) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. Com o resultado, o índice acumula alta de 7,66% em 12 meses. Os reajustes das tarifas de ônibus urbano e de energia elétrica pesaram mais no bolso das famílias de baixa renda. Ao mesmo tempo, os alimentos também ficaram mais caros e deixaram o orçamento doméstico mais apertado. O resultado do IPC-C1 difere da inflação média, também calculada pela FGV por meio do IPC, porque alguns itens têm relevância maior no orçamento da baixa renda. Caso das tarifas de ônibus urbano. Por comprometerem uma fatia maior dos ganhos desse público, o aumento foi salgado: 8,88% em janeiro, contra 0,59% em dezembro. Outro item que pressionou a inflação desaa classe foi a tarifa de energia elétrica, que também ficou 8,88% mais cara no primeiro mês do ano, após um aumento de 1,14%. Com esses resultados, aceleraram os grupos Transportes (0,72% para 5,38%) e Habitação (0,55% para 2,02%), respectivamente.

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