A Pol&iacute;cia Federal (PF) afirma que dirigentes do Partido Trabalhista Brasileira (PTB) e do Solidariedade (SD) &quot;tomaram de assalto&quot; o Minist&eacute;rio do Trabalho e Emprego (MTE) e transformaram a Secretaria de Rela&ccedil;&otilde;es de Trabalho (SRT) em um &quot;verdadeiro balc&atilde;o de neg&oacute;cios&quot;. As afirma&ccedil;&otilde;es da PF est&atilde;o na representa&ccedil;&atilde;o pelas buscas e pris&otilde;es na Registro Esp&uacute;rio, opera&ccedil;&atilde;o que investiga suposto pagamento de propina envolvendo a libera&ccedil;&atilde;o do registro sindical pelo MTE. O loteamento pol&iacute;tico da pasta entre o PTB e o Solidariedade, segundo a PF, &eacute; o &quot;ponto fulcral&quot; da investiga&ccedil;&atilde;o uma vez que os principais caciques dos dois partidos &quot;valendo-se da prerrogativa de escolher ocupantes de postos chaves da pasta tomaram de assalto o &oacute;rg&atilde;o e, no que tange especificamente &agrave; an&aacute;lise dos processos de registros sindicais, passaram a, com diuturna ofensa aos princ&iacute;pios da legalidade, impessoalidade e moralidade, deliberar qual entidade pode ou n&atilde;o representar categorias profissionais e econ&ocirc;micas neste pa&iacute;s&quot;. Para a PF, a atua&ccedil;&atilde;o dos partidos pol&iacute;ticos e de seus dirigentes se baseava na manipula&ccedil;&atilde;o e direcionamento dos processos de registros sindicais de modo a favorecer entidades &quot;alinhadas&quot;. Esse alinhamento, explica a representa&ccedil;&atilde;o, se daria por meio do pagamento de propina aos pol&iacute;ticos ou oferta de apoio pol&iacute;tico pelas entidades interessadas no registro sindical. &quot;Os ind&iacute;cios j&aacute; colacionados nesta representa&ccedil;&atilde;o demonstram que as an&aacute;lises (dos registros sindicais) s&atilde;o totalmente subjetivas, sempre direcionadas a atender interesses escusos. Os membros do n&uacute;cleo pol&iacute;tico - mesmo sem ocupar qualquer cargo no Minist&eacute;rio do Trabalho - se imiscuem diuturnamente nos neg&oacute;cios da SRT, condicionando a atua&ccedil;&atilde;o dos agentes p&uacute;blicos, com ordens para deferir e indeferir pleitos sindicais&quot;, diz a PF. Segundo a PF, o PTB &eacute; o atual &quot;dono&quot; do MTE com ampla liberdade para escolher o ministro e nome para cargos estrat&eacute;gicos como a secret&aacute;ria-executiva, atualmente chefiada por Leonardo Arantes, sobrinho do l&iacute;der do PTB na C&acirc;mara dos Deputados, Jovair Arantes. Embora seja o PTB o partido a indicar o ministro, diz a PF, o acordo pol&iacute;tico envolvendo o MTE conferiu ao Solidariedade a prerrogativa de indicar o titular da Secretaria de Rela&ccedil;&otilde;es de Trabalho (SRT) - &oacute;rg&atilde;o respons&aacute;vel pela expedi&ccedil;&atilde;o dos registros sindicais. &quot;E, como n&atilde;o poderia ser diferente, temos os presidentes dos dois partidos como os principais componentes do n&uacute;cleo pol&iacute;tico: Roberto Jefferson (presidente do PTB) e o deputado federal Paulo Pereira da Silva, conhecido como Paulinho da For&ccedil;a (presidente do Solidariedade)&quot;, diz a PF em sua representa&ccedil;&atilde;o. O jornal O Estado de S. Paulo revelou nesta ter&ccedil;a-feira (5) que a PF mapeou a evolu&ccedil;&atilde;o financeira e transa&ccedil;&otilde;es suspeitas de funcion&aacute;rios do MTE indicados por dirigentes do PTB e do Solidariedade. Segundo os investigadores, ao menos quatro funcion&aacute;rios do MTE que atuavam na libera&ccedil;&atilde;o de registro sindical registraram recebimentos supostamente sem lastro em neg&oacute;cios l&iacute;citos. Todos tiveram a pris&atilde;o decretada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), no &acirc;mbito da opera&ccedil;&atilde;o Registro Esp&uacute;rio. Segundo nota de Luiz Adriano, secret&aacute;rio-geral nacional do Solidariedade, os fatos que est&atilde;o sendo relatados na mat&eacute;ria s&atilde;o &quot;ila&ccedil;&otilde;es feitas por policiais, n&atilde;o s&atilde;o ver&iacute;dicos e n&atilde;o possuem la&ccedil;os documental&quot;. &quot;A imputa&ccedil;&atilde;o de que existe uma coabita&ccedil;&atilde;o entre PTB e Solidariedade no &acirc;mbito do Minist&eacute;rio &eacute; mentirosa. &Eacute; de conhecimento p&uacute;blico e not&aacute;rio que o &oacute;rg&atilde;o foi indicado pelo PTB e n&atilde;o coube ao Solidariedade nenhuma indica&ccedil;&atilde;o para cargos ao Minist&eacute;rio, portanto, a pasta n&atilde;o possui nenhum grau de influencia pol&iacute;tica. Tanto que o convite a Carlos Lacerda para ocupar o cargo na Secretaria foi feito pelo ent&atilde;o ministro a &eacute;poca, por entender que ele reunia condi&ccedil;&otilde;es pessoais, t&eacute;cnicas por militar mais de 40 anos no movimento sindical.&quot; Segundo a nota, a &uacute;nica men&ccedil;&atilde;o existente a Paulo Ferrari, no &acirc;mbito do inqu&eacute;rito, &quot;diz respeito a um pedido pessoal para an&aacute;lise de um de seus casos, n&atilde;o havendo nenhum tipo de oferta de vantagem e nenhum tipo de solicita&ccedil;&atilde;o de tratamento privilegiado ou diferenciado, raz&atilde;o pela qual, n&atilde;o se sustenta as declara&ccedil;&otilde;es feitas sobre Paulo Ferrari&quot;. &quot;Com rela&ccedil;&atilde;o ao Paulo Pereira da Silva e seu chefe de gabinete, Marcelo Cavalcante, n&atilde;o h&aacute; nenhum assunto em mais de mil p&aacute;ginas do inqu&eacute;rito que denotem qualquer atua&ccedil;&atilde;o ou solicita&ccedil;&atilde;o, de providencias no &acirc;mbito da Secretaria, muito menos de qualquer oferecimento de vantagem, qualquer que seja&quot;, diz Adriano em nota. &quot;N&atilde;o existe nenhuma men&ccedil;&atilde;o ao deputado Paulo Pereira da Silva e quanto ao Marcelo Cavalcante, a &uacute;nica men&ccedil;&atilde;o no inqu&eacute;rito se d&aacute; ao encaminhamento de um e-mail solicitado pelo diretor jur&iacute;dico da For&ccedil;a Sindical, com rela&ccedil;&atilde;o a entidade ligada ao vice-presidente da For&ccedil;a, Sr. Ramalho.&quot; Nota do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, destaca que a Dire&ccedil;&atilde;o Nacional do PTB n&atilde;o participou de &quot;quaisquer negocia&ccedil;&otilde;es esp&uacute;rias no Minist&eacute;rio do Trabalho&quot;. &quot;Ressalto ainda que a Pol&iacute;cia Federal tenta me incriminar, contudo, a Procuradoria-Geral da Rep&uacute;blica, na pessoa da procuradora Raquel Dodge, e o Supremo Tribunal Federal, na pessoa do ministro Edson Fachin, discordaram do entendimento da referida institui&ccedil;&atilde;o, n&atilde;o achando nenhum ato il&iacute;cito contra mim&quot;, disse Jefferson. &quot;Espero que, quando ficar comprovada minha inoc&ecirc;ncia, os &oacute;rg&atilde;os de imprensa deem o mesmo espa&ccedil;o no qual hoje me acusam.&quot;

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A Pol&iacute;cia Rodovi&aacute;ria Federal apreendeu uma tonelada de maconha e mais de dez quilos de coca&iacute;na que eram transportados em um caminh&atilde;o na Rodovia Presidente Dutra em Itatiaia, no sul do Estado do Rio de Janeiro, no fim da madrugada deste s&aacute;bado, 19. A carga, escondida em cubas de refrigerador, foi descoberta durante revista no ve&iacute;culo, em blitz da PRF perto do quil&ocirc;metro 319 da via. O condutor foi preso em flagrante por tr&aacute;fico. Os agentes resolveram revistar o caminh&atilde;o por terem desconfiado do motorista. A desconfian&ccedil;a aumentou porque o condutor, durante a fiscaliza&ccedil;&atilde;o, aparentou nervosismo. Os policiais perceberam ent&atilde;o que a carga parecia ter sido alterada e resolveram revista-la mais detalhadamente. Assim descobriram as drogas escondidas. Dentro de cilindros, os policiais acharam 1.234 tabletes de maconha que somavam pouco mais de uma tonelada da droga. Tamb&eacute;m foram encontrados 14 quilos de cloridrato de coca&iacute;na. Segundo a PRF, o condutor, de 43 anos, confessou que receberia R$ 20 mil pelo transporte das drogas. O motorista contou que trouxe o material de Matel&acirc;ndia (PR). A entrega seria feita em um posto de combust&iacute;veis na Avenida Brasil, na zona norte do Rio. As drogas eram destinadas a comunidades cariocas. A ocorr&ecirc;ncia foi encaminhada &agrave; Pol&iacute;cia Federal. O motorista foi indiciado por tr&aacute;fico de entorpecentes, com pena de 5 a 15 anos de reclus&atilde;o. A a&ccedil;&atilde;o foi parte da opera&ccedil;&atilde;o &Eacute;gide, que refor&ccedil;a o policiamento nas rodovias federais do Estado.

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A Pol&iacute;cia Federal (PF) e a Receita deflagraram nesta quinta-feira (1&ordm;) a Opera&ccedil;&atilde;o Descarte, contra um esquema de lavagem de dinheiro, por meio do controle de uma rede formada por grandes empresas de fachada na &aacute;rea de servi&ccedil;os de limpeza, tendo como propriet&aacute;rios pessoas interpostas (&quot;laranjas&quot;). A opera&ccedil;&atilde;o &eacute; um desdobramento da Lava Jato, a partir de informa&ccedil;&otilde;es do doleiro Alberto Youssef. Agentes cumprem 15 mandados de busca e apreens&atilde;o em resid&ecirc;ncias e empresas, nas cidades de S&atilde;o Paulo (9), Santos/SP (1), Paul&iacute;nia/SP (1), Belo Horizonte (2) e Lamin/MG (2). Em nota, a PF informou que &quot;em regra, as empresas participantes do esquema simulavam a venda de mercadorias ao cliente do &quot;servi&ccedil;o&quot; de lavagem, que ent&atilde;o pagava por produtos inexistentes via transfer&ecirc;ncias banc&aacute;rias ou boletos (para dar apar&ecirc;ncia de legalidade &agrave; aquisi&ccedil;&atilde;o)&quot;. &quot;As quantias recebidas eram transferidas para diversas outras empresas de fachada, que remetiam os valores para o exterior ou faziam transfer&ecirc;ncias para pessoas ligadas ao cliente inicial&quot;, afirma a PF. A investiga&ccedil;&atilde;o revelou, ainda, que empresa concession&aacute;ria de servi&ccedil;os p&uacute;blicos de limpeza no munic&iacute;pio de S&atilde;o Paulo, a maior cliente identificada, se valeu dos servi&ccedil;os il&iacute;citos dessa rede profissionalizada de lavagem de dinheiro, tendo simulado a aquisi&ccedil;&atilde;o de detergentes, sacos de lixo, uniformes etc., entre os anos de 2012 e 2017. &quot;Assim, foram repassados mais de R$ 120 milh&otilde;es para terceiros ainda n&atilde;o identificados. Uma das c&eacute;lulas do esquema criminoso remeteu ilegalmente parte dos valores para o exterior, em favor de funcion&aacute;rio p&uacute;blico argentino e em conluio com operadores financeiros que vieram a ser presos posteriormente no &acirc;mbito da Opera&ccedil;&atilde;o Lava Jato&quot;, afirma a PF. Al&eacute;m disso, o grupo adquiriu v&aacute;rios ve&iacute;culos de alto luxo, como Ferrari, Maserati e BMW, todos registrados em nome de interpostas pessoas (&quot;laranjas&quot;). Nesta quinta, com os mandados judiciais busca-se a corrobora&ccedil;&atilde;o das provas dos crimes descobertos at&eacute; o momento: lavagem de dinheiro, evas&atilde;o de divisas, sonega&ccedil;&atilde;o tribut&aacute;ria e associa&ccedil;&atilde;o criminosa, bem com o aprofundamento das investiga&ccedil;&otilde;es para a coleta de ind&iacute;cios de autoria em rela&ccedil;&atilde;o aos crimes de corrup&ccedil;&atilde;o ativa e passiva.

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