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Após Labogen, Saúde propõe novas regras para parcerias mas não descarta risco de fraude

Por Lígia Formenti

Após Labogen, Saúde propõe novas regras para parcerias mas não descarta risco de fraude
Ministro defende que chances são menores | Foto: Marcelo Camargo/ABr
Cinco meses depois do caso Labogen, o Ministério da Saúde anuncia mudança nas regras para as parcerias de desenvolvimento produtivo (PDP) de medicamentos e produtos de saúde. As linhas gerais da nova portaria, que irá para consulta pública na próxima semana, foram apresentadas nesta quarta-feira (6) no Conselho Nacional de Saúde. O texto procura incorporar recomendações feitas pela Controladoria Geral da União (AGU), Tribunal de Contas da União (TCU) e pela sindicância aberta pela pasta para apurar o caso. Ao apresentar a proposta, no entanto, o governo admitiu que o novo formato não afasta definitivamente o risco de fraudes em novos projetos. "Isso que está sendo feito agora pode não evitar coisa como a que ocorreu com a Labogen", disse o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, procurou contemporizar. "Estamos aprimorando muito, a chance de acontecer de novo é bem menor", garante. O caso Labogen veio à tona no início do ano durante uma operação da Polícia Federal. As investigações sugeriam que o deputado federal André Vargas (sem partido - PR) teria intermediado o contato da empresa - que não apresentava condições necessárias para produzir o medicamento, mesmo em parceria - com o ministério. Depois das denúncias, o acordo para PDP foi desfeito e uma sindicância interna foi realizada no Ministério da Saúde. O texto da portaria deve ficar em consulta pública por 15 dias. A ideia de Chioro é de ela ser colocada em prática ainda este ano. Com a mudança, as "janelas" para propostas de novas PDPs seriam abertas uma vez ao ano, mas há possibilidade de exceções, como no caso de desabastecimento.