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Marca Bahia Notícias

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Cardozo diz que Dilma fez proposta sem defender tese

Por Agência Estado

Cardozo diz que Dilma fez proposta sem defender tese
Foto: Agência Brasil
Um dia após a presidente Dilma Rousseff ser alvo de críticas de congressistas e juristas por sugerir um plebiscito que autorizaria a convocação de Assembleia Constituinte específica para fazer a reforma política, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, esclareceu, na tarde desta terça-feira (25) que a presidente falou "em processo constituinte específico", sem defender uma tese. "Há várias maneiras de se fazer um processo constituinte específico, uma delas seria uma Assembleia Constituinte específica, como muitos defendem. A outra forma seria por meio de um plebiscito colocar questões que balizassem o processo constituinte específico feito pelo Congresso Nacional. Há várias teses. A presidenta falou genericamente disso", afirmou Cardozo, depois de audiência no Palácio do Planalto com Dilma, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coêlho, e o vice-presidente da República, Michel Temer.  "Se você vai discutir questões que estão colocadas na Constituição, precisa de um processo constituinte específico, seja comandado por uma Assembleia Constituinte específica, em que haveria delegação para que fosse feita assim ou um processo em que, balizado pelo plebiscito, essa modificação seria votada e decidida pelo Congresso. A presidenta não fechou as portas para nenhuma das teses que podem permear esse processo constituinte específico", prosseguiu Cardozo. A iniciativa lançada pela OAB propõe uma ampla reforma política que acabaria com o financiamento das campanhas por empresas. A proposta também estabelece um sistema de dois turnos para a eleição proporcional - no primeiro turno, os eleitores votariam em partidos; no segundo, em candidatos. "Essa proposta que hoje a OAB traz não fala em mudança da Constituição, permite que seja feita por uma mera mudança na legislação", comentou Cardozo. "Isso pode ser visto como uma vantagem, pela agilidade, pela situação que obviamente ela vai propiciar. Agora, essa é uma questão que não se encerra. Outros terão de ser ouvidos, compete ao Congresso Nacional tomar uma definição a respeito", opinou.