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'Se privatizar a Eletrobrás, tomaremos de volta', diz Ciro Gomes

Por Renata Agostini | Estadão Conteúdo

'Se privatizar a Eletrobrás, tomaremos de volta', diz Ciro Gomes
Foto: Reprodução / Carta Capital

Para o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), o atual sistema previdenciário morreu, mas é preciso fazer uma reforma que contemple aspectos regionais e crie um regime de capitalização público. O ex-governador do Cearáé contra a privatização da Petrobrás e diz que tomará de volta a Eletrobrás se ela for desestatizada. "Nem pensar em privatizar Petrobrás e Eletrobrás. Não é questão de esquerdismo infantil. Brasil e Venezuela têm petróleo excedente e os EUA consomem mais petróleo do que produzem. Por que vamos entregar isso aos estrangeiros? Isso é estratégico, é uma vantagem que vamos ter de usar por 30 anos. A população, zangada com ineficiências do Estado, começa a acreditar que para acabar com o carrapato tem de matar a vaca. Qualquer venda de parcela do petróleo brasileiro feita com a mudança da lei de partilha, se eu for presidente, será desapropriada, com a devida indenização. Se privatizarem a Eletrobrás, também tomaremos de volta. Pode conceder estradas, mas o que faz o gênio brasileiro nos aeroportos? Privatiza os que dão lucro e deixa o resto onerando o Tesouro." No debate sobre a Previdência, Ciro disse que "a sociedade está dividida entre os que imaginam, sem estudar o assunto, que o País precisa de reforma da Previdência para ontem, o que é mentira. E os que querem simplesmente, em homenagem ao corporativismo, negar a necessidade de reforma. A virtude está no meio. Tínhamos seis pessoas ocupadas para financiar uma aposentadoria. Hoje, temos 1,6 empregado para financiar um aposentado. Esse sistema morreu. Precisamos pôr em debate um novo: um sistema de capitalização público, sob controle dos trabalhadores, administrado por executivos premiados e punidos pelo êxito, e com uma agência de risco objetiva para fazer o filtro da alocação desses estoques de poupança compulsória vinculada a investimento de longo prazo. A idade mínima é uma obviedade, mas há de ser com equidade. É absolutamente insustentável moralmente estabelecer a idade mínima de 65 anos para um cidadão que trabalha no semiárido do Nordeste e aquele que trabalha engravatado na Avenida Paulista."