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'A Operação Lava Jato é a Diretas-Já do novo Brasil', diz presidente do TRF-2

Por Luiz Maklouf Carvalho, enviado especial | Estadão Conteúdo

'A Operação Lava Jato é a Diretas-Já do novo Brasil', diz presidente do TRF-2
Foto: Divulgação / TRF-2

"A Lava Jato é a Diretas-Já do novo Brasil. Vai acabar com a ditadura da corrupção e da impunidade." O paralelo histórico é do desembargador André Fontes, presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), a segunda instância da Operação Lava Jato no Rio, que atribui a Deus o desempenho da iniciativa. "A Lava Jato é clara, limpa, não tem desvios. Na Lava Jato não tem linhas tortas. Ela é escrita, pelas mãos de Deus, sem as linhas tortas. É uma boa oportunidade para o Brasil", avalia.  Na primeira, atua, com explícito apoio de Fontes, o juiz federal Marcelo Bretas. "A minha prioridade foi proteger o juiz Bretas naquilo que é o caso mais complexo, rumoroso e sensível da 2ª Região. Eu me lembrei da juíza Patrícia Acioly (assassinada por policiais que estava investigando, em 2011), que várias vezes pediu proteção ao Tribunal de Justiça. O juiz Bretas também se manifestou. Eu não iria deixá-lo à mercê da própria sorte", explicou, sobre o reforço da segurança no TRF-2, logo quando assumiu o comando da corte. Questionamentos de suas decisões vão parar em uma turma especial do TRF-2, com três desembargadores: Abel Gomes, o relator, Paulo Espírito Santo, o decano do tribunal, e Ivan Athie. Ao contrário de seus colegas da 8ª Turma do TRF-4, em Porto Alegre, que cuidam só da Lava Jato do juiz Sérgio Moro, eles acumulam ações previdenciárias e sobre propriedade industrial. Fontes recebeu o Estado em seu gabinete no 20º andar do edifício-sede, no centro do Rio. Ao elogiar o trabalho de Moro e de Bretas, ele cita o fato de ambos serem evangélicos. "Os dois são evangélicos. Esse vigor religioso, ético, tem dado uma grande contribuição". Questionado sobre o perigo da "mistura do evangélico com o jurídico", ele disse concordar. "O lado perigoso é o de achar que as coisas devem acontecer não por obra dos homens, mas por obra de Deus. As coisas não são porque são - já ensinava o positivismo. São, porque os homens fazem. No caso do juiz Bretas eu tenho impressão de que a personalidade dele foi importante. Essa convicção ética, religiosa, jurídica, familiar, deu a ele certa centralidade nas questões.Os dois são evangélicos. Esse vigor religioso, ético, tem dado uma grande contribuição".