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Acusado por sumiço de Amarildo é denunciado por tortura

Por Marcelo Gomes | Agência Estado

Acusado por sumiço de Amarildo é denunciado por tortura
Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil
Preso desde 4 de outubro acusado de envolvimento na tortura seguida de morte e ocultação do cadáver do pedreiro Amarildo Souza, o soldado da PM Douglas Roberto Vital Machado, conhecido como Cara de Macaco, foi denunciado à Justiça por torturar outros dois moradores da Favela da Rocinha, na zona sul do Rio. De acordo com as denúncias do Ministério Público do Rio, às quais a reportagem teve acesso, as sessões de tortura ocorreram antes do sumiço de Amarildo, na noite de 14 de julho. As duas vítimas, menores de idade, só decidiram denunciar o caso após a repercussão do desaparecimento do pedreiro. Um dos adolescentes disse à promotora Marisa Paiva que a primeira sessão de tortura ocorreu em abril deste ano, em um beco. Segundo o rapaz, Vital - junto com outros dois PMs não identificados - colocou um saco plástico em sua cabeça, enquanto exigia informações sobre paradeiro de traficantes da favela, além da localização de armas e drogas. Na mesma ocasião, o jovem disse ter sofrido choques. A tortura só terminou quando a mãe do menor chegou ao local. A segunda tortura ocorreu entre 10h e 20h de 13 de julho, véspera do sumiço de Amarildo, dentro do Centro de Comando e Controle (CCC) da Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha. O adolescente estava detido no local em virtude de cumprimento de mandado judicial. Segundo o menor, Vital e o soldado Adson Nunes da Silva colocaram sua cabeça dentro de um vaso sanitário e acionaram a descarga. Em seguida, os PMs despiram o adolescente e ameaçaram introduzir um cabo de vassoura em seu ânus. Por fim, obrigaram que ele ingerisse cera líquida. O objetivo da tortura também seria obrigá-lo a fornecer informações sobre traficantes de drogas da Rocinha.