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'Que a renúncia não seja estratégia para driblar cassação', diz OAB

Por Julia Affonso, Mateus Coutinho e Fausto Macedo | Estadão Conteúdo

'Que a renúncia não seja estratégia para driblar cassação', diz OAB
Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cláudio Lamachia, disse nesta quinta-feira (7) esperar que a renúncia do deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) à Presidência da Câmara "não seja mais uma estratégia para driblar sua cassação". Para Lamachia, o País esperava "há muito tempo (pela saída do peemedebista), pois era evidente sua falta de legitimidade para continuar no cargo". "A renúncia do deputado Eduardo Cunha à Presidência da Câmara diminui as incertezas sobre a condução dos trabalhos legislativos e abre caminho para os deputados reorganizarem a Casa", considera Lamachia. A Câmara vive uma turbulência sem igual desde que o peemedebista caiu na malha fina da Operação Lava Jato. Os trabalhos estão praticamente paralisados desde que Waldir Maranhão (PP/MA) assumiu interinamente a cadeira de Eduardo Cunha, afastado por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente da OAB entende que a renúncia "não pode significar o fim do processo ético contra Eduardo Cunha, em curso na Câmara". O processo pode resultar na inelegibilidade do parlamentar, sob suspeita da Procuradoria-Geral da República que lhe atribui corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Na Câmara que presidiu durante um ano e cinco meses, Cunha sofre processo de cassação. "Espero que essa renúncia não seja mais um artifício para driblar a cassação", disse Lamachia.