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Dólar tem alta firme com gravação de Jucá sobre Lava Jato e exterior negativo

Por Luciana Antonello Xavier | Estadão Conteúdo

Dólar tem alta firme com gravação de Jucá sobre Lava Jato e exterior negativo
Foto: Agência Brasil
O dólar abriu a segunda-feira, 23, em alta firme ante o real, pressionado pelo mau humor no exterior, em meio à queda dos preços do petróleo, e sob a pressão da notícia sobre a gravação na qual o ministro do Planejamento, Romero Jucá, aparece propondo um pacto para deter o avanço sobre o PMDB da Operação Lava Jato, que investiga esquemas de corrupção e desvios de recursos da Petrobras. Às 9h35, o dólar à vista subia 0,79%, a R$ 3,5514. O dólar para junho subia 0,88%, a R$ 3,5605. De acordo com a reportagem do jornal Folha de S.Paulo, os diálogos de Jucá foram com o ex-dirigente da Transpetro Sérgio Machado. "Tem que mudar o governo para estancar essa sangria", disse o atual ministro do Planejamento a Machado. Jucá disse que um governo Michel Temer deveria construir um pacto nacional com o STF. E o ex-diretor da Transpetro retrucou: Aí parava tudo". "E. Delimitava onde está, pronto.", respondeu o ministro. Nas gravações, Jucá diz que Renan "não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha." Machado diz ainda que "tem que ter impeachment" e Jucá concorda: "Tem que ter impeachment, não tem saída." Os juros futuros também começaram a segunda-feira em alta, em reação à notícia. Às 9h35, o DI para janeiro de 2018 estava em 12,79%, de 12,72% no ajuste sexta-feira. O DI para janeiro de 2021 exibia 12,53%, de 12,36% no ajuste anterior. De acordo com a reportagem do jornal Folha de S.Paulo, os diálogos de Jucá foram com o ex-dirigente da Transpetro Sérgio Machado. "Tem que mudar o governo para estancar essa sangria", disse o atual ministro do Planejamento a Machado. Nas conversas, que ocorreram semanas antes da votação da admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff no plenário da Câmara dos Deputados, Jucá disse, sem citar nomes, que tinha conversado sobre a necessidade de brecar a Lava Jato com ministros do Supremo Tribunal Federal. Machado diz ainda que "tem que ter impeachment" e Jucá concorda: "Tem que ter impeachment, não tem saída". A defesa de Jucá confirma que ele teve um encontro com Machado, mas nega que o objetivo da conversa tenha sido traçar um plano para conter o avanço da Operação Lava Jato.