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Marca Bahia Notícias

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Atriz Nydia Lícia morre aos 83 anos em São Paulo

Por Estadão Conteúdo

Atriz Nydia Lícia morre aos 83 anos em São Paulo
Foto: Divulgação
A atriz Nydia Lícia morreu às 4h30 deste sábado (12), aos 89 anos, no Hospital São Luis, em São Paulo, de câncer no pâncreas. A doença foi diagnosticada em agosto e ela estava internada desde 20 de novembro. O velório está previsto para este domingo (13), no Teatro Sérgio Cardoso. Ainda não há informação sobre o sepultamento.

Nascida em 30 de abril de 1926 em Trieste, na Itália, Nydia Licia Quincas Pincherle Cardoso era filha de um médico e de uma crítica musical, ambos de origem judaica. Em 1939, com o avanço do fascismo na Europa mudou-se com a família para a cidade de São Paulo. Durante a Segunda Guerra terminou o ginásio e emendou o clássico, sempre cantando nos shows e festivais da escola. Na dúvida entre estudar medicina ou química, optou por trabalhar no Consulado Italiano como secretária do cônsul. Mais tarde, frequentou o curso de história da arte ministrado por Pietro Maria Bardi, ajudando-o a criar o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MASP).

Sua estreia no teatro foi ao lado de Marina Freire e Abílio Pereira de Almeida. No mesmo ano, atuou no Grupo Universitário de Teatro (GUT), na USP, em "O Baile dos Ladrões", de Jean Anouilh, com direção de Décio de Almeida Prado. Em 1948, o grupo passou a integrar o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Dirigido por Adolfo Celi, Nydia substituiu Cacilda Becker, então grávida de quatro meses, em "Nick Bar", de William Saroyan, em 1949. Um ano depois, apareceu em "Entre Quatro Paredes", de Jean-Paul Sartre, ao lado de Cacilda, Carlos Vergueiro e de seu futuro marido Sérgio Cardoso. A seguir, entra em "Os Filhos de Eduardo"; "A Ronda dos Malandros", de John Gay; "A Importância de Ser Prudente", de Oscar Wilde; e "O Anjo de Pedra", de Tennessee Williams.

Em 1953 vai fazer televisão na TV Record, e participa do elenco de "O Personagem no Ar" e "Romance". Nydia atuou ainda nas TVs Tupi, Paulista e Bandeirantes, participando de produções como Sublime Obsessão (1958), Eu Amo esse Homem (1964), Éramos Seis (1977) na qual vive uma tia rica que ajuda a pobre família formada por escrita por Nicette Bruno, Carlos Alberto Riccelli e Carlos Augusto Strazzer; João Brasileiro, O Bom Baiano (1978) e Ninho da Serpente (1982). Em Eu Amo esse Homem (1965) na TV Paulista, novela de Ênia Petri, Nydia interpreta psicanalista que se envolve com seu paciente, vivido por Emiliano Queiroz. No cinema atua em Quando a Noite Acaba, de Fernando de Barros (1950); Ângela, de Tom Payne (1951) e em O Príncipe, de Ugo Giorgetti (2002).

A partir de 1992 desenvolve, paralelamente, carreira pedagógica como professora no Departamento de Rádio e Televisão da Escola de Comunicação da Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP, e no Teatro Escola Célia Helena, onde dá aulas de interpretação. Desde 2002 dedicou-se a contar sua trajetória e assina os livros "Ninguém se Livra de Seus Fantasmas"; "Sérgio Cardoso: Imagens de Sua Arte"; "Rubens de Falco: Um Internacional Ator Brasileiro"; e "Leonardo Villar: Garra e Paixão".