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Governo cortará todos recursos disponíveis até o fim do ano, diz Levy

Por Estadão Conteúdo

Governo cortará todos recursos disponíveis até o fim do ano, diz Levy
Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil
Perto de completar um ano de sua indicação para o comando do Ministério da Fazenda, Joaquim Levy diz que um de seus maiores arrependimentos é não ter dado ênfase suficiente às políticas voltadas ao crescimento. Criticado pelo foco excessivo dado ao ajuste fiscal, Levy disse ao jornal O Estado de S. Paulo que seu compromisso é com a retomada da atividade econômica. Ele reforça que "o crédito é bom" para o País e anuncia que prepara um programa de financiamento para as pequenas empresas com recursos do BNDES. Levy antecipou que o governo "vai cumprir" a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) e, na segunda-feira, 30, anunciar um corte de todos os recursos disponíveis para gastos até o fim do ano, para não incorrer em infração no fechamento das contas de 2015, já que o Congresso não votou a mudança na meta fiscal deste ano - ainda está em vigor a obrigação de fechar 2015 com um superávit primário de 1,1% do PIB. Por isso, o governo se verá obrigado a contingenciar R$ 107,1 bilhões, mas há somente R$ 10,7 bilhões à disposição para cortes. Além disso, sob ameaça real de o Congresso aprovar um Orçamento para 2016 sem superávit, Levy afirma ser necessário "focar todas as energias" na aprovação da meta do ano que vem até dezembro, para que o ano seja marcado pela recuperação da economia. "Não tenho problemas em pedir apoio. Na hora H, em inúmeras vezes, o Congresso não faltou". Durante uma hora e quarenta minutos de entrevista, o ministro pediu licença sete vezes para atender telefonemas em seu gabinete, na sala ao lado, como o do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que avisou que vai propor uma meta de superávit primário zero no próximo ano. Durante a conversa, Levy leu na tela do Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, que foi suspensa a sessão de votação do relatório de receitas previstas para 2016. "Isso é lamentável. Não pode acontecer essa postergação", reagiu. Ele frisou que o governo agora tem de mirar na agenda de retomada do crescimento em 2016. "Temos de fazer a economia rodar no ano que vem".