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Nardes diz que falhas no controle de fronteiras são preocupação para Rio-2016

Por Clarissa Thomé | Estadão Conteúdo

Nardes diz que falhas no controle de fronteiras são preocupação para Rio-2016
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU), afirmou nesta quarta-feira (25) que auditorias realizadas na área de segurança apontaram falhas no controle de fronteiras e na interação entre as secretarias estaduais de segurança pública. O alerta foi feito no Briefing Internacional de Segurança dos Jogos Olímpicos, que reúne autoridades estrangeiras de 78 países, e causou mal estar. A secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, reagiu às críticas. "Nosso papel é maior do que qualquer vaidade", afirmou ela, para quem a Olimpíada ocorrerá em segurança. Segundo Nardes, o levantamento do TCU mostrou que não há comunicação ou troca de informações em 68% das secretarias e 92% delas não têm Código de Ética. Ele disse que pediu audiência ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para tratar da auditoria sobre fronteiras. "Essas auditorias não procuram ilegalidades, mas falhas, apontam gargalos para o governo sanar", afirmou. O ministro disse que não detalharia os pontos fracos encontrados por questões de segurança, mas que está preocupado com as fronteiras, principalmente a do Acre, por causa da "migração sem o controle adequado". A auditoria nas secretarias ocorreu em 2014. A secretária nacional lembrou que o país tem 17 mil quilômetros de fronteiras, que envolvem 11 Estados e 10 países. "Muitos duvidavam que conseguiríamos fazer uma Copa do Mundo com segurança total e esse foi o segundo item mais elogiado, perdendo apenas para a hospitalidade brasileira", afirmou.  O secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, Andrei Rodrigues, disse que os recentes ataques terroristas em Paris não vão alterar os planejamentos de segurança para a Olimpíada. Ele afirmou que, pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, foi montada uma central exclusiva para tratar do tema, o Centro Integrado Antiterrorismo (Ciant), que será coordenado pela Polícia Federal (PF). Também será a primeira vez que a segurança das instalações olímpicas ficará a cargo de agentes públicos, não de empresas privadas. O policiamento será tarefa da Força Nacional de Segurança. "Ninguém pode ficar indiferente a episódios bárbaros como os que aconteceram em Paris. Teremos um foro específico próprio para tratar da questão do terrorismo e estamos intensificando as trocas de informações com o adido na França, acompanhando os desdobramentos", afirmou.