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Promotor do MP-BA vê 'eficiência' na torcida única, mas admite 'ineficiência do Estado'

Promotor do MP-BA vê 'eficiência' na torcida única, mas admite 'ineficiência do Estado'
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias

Em abril deste ano, uma polêmica decisão abalou os torcedores acostumados a rivalizarem nos Ba-Vi’s dentro dos estádios: desde então, só há clássicos em Salvador com torcida única. No centro da discussão, o promotor Olímpio Campinho, do Ministério Público da Bahia (MP-BA), que recomendou à CBF o veto de duas torcidas nos encontros entre Bahia e Vitória. E, para ele, a medida deu acerto, apesar de crer que não seria o ideal numa partida de futebol , e também criticou a ineficácia do Estado. Neste domingo (22), Bahia e Vitória fazem mais um dérbi sem visitantes, às 16h, na Fonte Nova, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. “É uma ineficiência do nosso Estado. E olhe só, o Ministério Público faz parte disso. É um sistema que tem que funcionar bem. Começa com a lei, mas tem a questão social também. Tirar a meninada da rua. Para que o traficante e o homicida não sejam o exemplo dela. Que o exemplo dela seja um jogador de futebol, um cientista, um autor de livros, um ator de televisão, um engenheiro ou um médico”, disse Campinho, em entrevista ao jornal Correio. Ypiranguense e filho de um ex-presidente do Ypiranga, o promotor também fez cair por terra o rótulo de alguém que nunca frequentou estádios. “Ainda peguei o campo da Graça. Meu pai foi presidente do Ypiranga, é ypiranguense doente, mora no interior e até hoje, aos 83 anos, pede aos netos para ver um jogo do Ypiranga. Isso quando o Ypiranga disputa alguma coisa. Como até minha adolescência eu era Ypiranga, isso me impediu de ser Bahia e Vitória. Porque você escolhe o time na infância. Depois você não vai dizer: “vou mudar de time”. Sou também fanático pela Seleção Brasileira. Adoro futebol. Eu parei de ir para estádio porque não me sinto estimulado, já que não sou nem Bahia, nem Vitória”, revelou. Campinho também alertou para o crescimento da violência dentro das torcidas dos próprios clubes. “Se não fossem os problemas que acontecem principalmente no entorno do estádio, não recomendaria (torcida única) (...) Você lembra daquele episódio, há um ano, quando torcedores do Bahia subiram pelo lado da Fonte Nova, entraram ali na lateral do Convento do Desterro e invadiram a sede da torcida Terror Tricolor? Ali são duas torcidas do Bahia. Aqui já chegou um líder de torcida do Vitória com dois seguranças. Ele estava andando com dois seguranças porque estava sendo ameaçado por outra torcida do Vitória. Quer dizer, futuramente quantos setores serão necessários para separar tanta torcida inimiga?”, alerta. O Tricolor é o 13º colocado na tabela da Séri A, com 35 pontos. O Leão o 16º. com 33.