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Gallo vê Vitória em evolução, explica escalações e nega problemas com Correia e Neilton

Por Glauber Guerra

Gallo vê Vitória em evolução, explica escalações e nega problemas com Correia e Neilton
Foto: Glauber Guerra / Bahia Notícias
O técnico Alexandre Gallo assumiu o Vitória em junho e até o momento comandou a equipe em nove jogos. Ele venceu três, empatou duas e perdeu quatro. Um aproveitamento de 40,7%. O treinador vê o time em evolução, apesar do revés por 4 a 1 para o Vasco da Gama na última rodada em pleno o Barradão. Para Gallo, o resultado não mostrou a realidade da partida.

“Claro que explicar um 4 a 1 não é fácil. Temos todos dados da fisiologia e do setor de análise de desempenho do clube. Batemos todos os recordes físicos e técnicos dos 12 minutos até o gol de empate aos 22 do segundo tempo. Fizemos uma das melhores partidas no quesito de manutenção da posse de bola, de volume de jogo, trocas de passes e chegada na área do adversário. Volume de jogo muitas pessas confundem com posse de bola. Volume é quando a gente chega na área do adversário incomodando ele. Tivemos um volume muito grande ofensivo e que deu esse recorde da ações que tivemos na quarta. O que aconteceu quando empatamos é que perdemos uma bola em nosso domínio e tivemos um contra-ataque bem encaixado. Eles fizeram 2  a 1 e foi uma ducha de água fria para a gente. Continuamos praticamente no 4-2-4, com quatro atacantes e Carlos Eduardo e Cleiton Xavier se desdobrando ali, pois eles têm bons passes para achar esses quatro jogadores na frente.  Mas ali no final, aos 45, Kanu acabou indo para frente e tivemos dois contra-ataques quando ele estava lá. O Vasco foi feliz e fez dois gols. Mas o placar não disse oque foi a partida. É importante passar para o torcedor, pois não podemos nos apegar só ao resultado. O 4 a 1 é difícil explicar, mas temos que passar que coisas boas aconteceram inclusive no jogo de quarta A gente vinha de um jogo bem contra o Bahia [empate em 0 a 0], que ofensivamente fomos bons. Depois o Atlético-GO em que vencemos [triunfo por 2 a 1], mas as pessoas não entenderam. Muita gente disse que a gente jogou mal, mas não foi isso. O time do Vitória teve problemas demais na partida para passar por 90 minutos e ganhar o jogo daquela maneira. Tivemos três substituições por lesões e ainda tivemos um jogador que ficou quase o segundo tempo todo com um desconforto. Tivemos que pegar o Rafaelson, que é um centroavante e colocamos para jogar de volante, pois não podíamos mais mexer no time. Foi um jogo de luta e muita entrega e que fugiu da questão técnica e partiu para a questão física e de entrega dos jogadores. Foi muito bom e as pessoas entendem o motivo da gente não ter jogado com plasticidade. Não dava. Perdemos três jogadores por lesão. Contra o Vasco foi um resultado que nos machuca muito e machuca o torcedor, mas que em termos de número e de qualidade do futebol dos 12 minutos até o gol de empate no segundo tempo, tivemos um bom desempenho. A gente está evoluindo e vamos continuar trabalhando para que esse desempenho melhore e que a gente eviter tomar esses gols que tomamos contra o Vasco”, disse Gallo,  em entrevista ao Bahia Notícias.

O comandante Rubro-negro reconheceu que a ansiedade tem atrapalhado o time em alguns momentos. Porém, esse problema será mimizado, já que Luiz Scipião, psicólogo da agremiação, tem feito um trabalho especial com os atletas.

“Estamos fazendo um trabalho bem interessante e foi um dos melhores que já vi na minha profissão. Já trabalhei isso no Internacional, no Santos, na Copa das Confederações e na Copa do Mundo. O Dr. Luiz Scipião está fazendo um trabalho para essa ansiedade ser minimizada. A ansiedade acontece em qualquer situação. Até o Corinthians que é o líder isolado tem essa ansiedade, pois tem a pressão muito grande para manter a liderança. Imagine a gente que está na situação e tendo que resolver alguns problemas internos para que exista uma melhora técnica de nossa equipe. Então essa ansiedade é natural. Temos trabalhado isso e principalmente temos que melhorar o último terço do jogo e o último terço do campo, quando é a fase final para colocar a bola para dentro. Aconteceu contra o Bahia no segundo tempo, contra o Botafogo aqui em casa, com o Santos, que a gente sabe que tem o melhor contra-ataque do Brasil [derrota por 2 a 0]. Fizemos uma partida equilibrada, mas acabamos perdendo. Estamos tentando melhorar os 90 minutos de um jogo melhor. Para isso é preciso melhorar os setores. O setor defensivo, a transição do meio-campo e ataque e tentar agrupar mais o time. Tivemos isso até o empate no jogo contra o Vasco”, destacou.

Foto: Glauber Guerra/ Bahia Notícias

As ausências de Uillian Correia e Neilton no time titular do Vitória têm sido uma das principais críticas da torcida e parte da imprensa. Gallo negou ter problema com a dupla e explicou o motivo de não escalar os dois.

“Tenho problema zero com os dois. Temos um ambiente muito bacana de cobrança e tanto Correia como Neilton são jogadores que eu converso muito. Eles se dedicam nos treinamentos, mas às vezes as pessoas não entendem a escalação. O Vasco tinha um meia de muita qualidade técnica e ágil, que é o Wagner. O jogador para fazer essa função seria o Willian Farias, que é um primeiro volante, forte na marcação, com bom passe e boa saída de jogo. E outro volante que teríamos para isso é o Renê Santos para fazer uma marcação individual no craque da equipe deles. Correia é um bom negociador de bolas, um ótimo jogador e um segundo volante bom de passe, mas que não essa característica de fazer essa marcação em indivual. Nem ele e nem o Cleiton Xavier. Então tínhamos um jogador de marcação que é o Renê, para matar essa questão do meia de qualidade e três jogadores para negociar o jogo, que foram Carlos Eduardo, Cleiton Xavier e Yago. E servidos com dois atacantes na frente. Um de velocidade, que é o David e o nosso matador, que é André Lima, um jogador de área. Às vezes pessoas não entendem que existem diferenças entre jogadores da mesma posição. Às vezes temos que fazer escolhas de acordo com o adversário. Sobre Neilton, eu já expliquei antes. Neilton é um jogador que de drible e velocidade curta. A gente precisa de uma válvula de escape longa e David tem essa característica. Estou conversando Neilton e posicionando ele. Quero ele mais perto da área”, concluiu.

Com 12 pontos, o Vitória ocupa a 18ª posição no Campeonato Brasileiro, o que representa um aproveitamento de 30,8%. O próximo compromisso do time Rubro-negro é contra o Palmeiras, domingo (16), às 11h, no Allianz Parque, em São Paulo, pela 14ª rodada do certame nacional.