Promotoria investiga possibilidade de homicídio culposo na morte de atleta italiano

A promotoria de Udine, na Itália, abriu investigação da morte do jogador Davide Astori, zagueiro e capitão da Fiorentina, como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O jogador, que tinha 31 anos, foi encontrado morto em um hotel (leia mais), no último domingo (4). O responsável pela investigação, Antonio de Nicolo, disse à TV RAI que o processo penal vai apurar se houve negligência no caso.

"É um dever determinar se a morte de Astori ocorreu devido a uma trágica fatalidade ou se alguém deveria ter percebido algo", afirmou ao jornal "La Republica".

Ele afirma que não há indícios que apontem para um possível responsável, mas demonstrou desconfiança sobre o acontecido. Caso seja comprovada a parada cardíaca como causa, a morte poderia ter sido evitada se houvesse melhor prevenção médica. "É estranho que algo assim aconteça como um profissional tão vigiado. Se ele tivesse problemas cardíacos, ele sairia à luz. O início deste procedimento judicial nos permite identificar responsabilidades, se elas existem", disse.

Davide Astori tem passagem pela seleção italiana. Ele fez parte do elenco que disputou a Copa das Confederações em 2013, no Brasil. No domingo, a Fiorentina enfrentaria a Udinese, em Udine, pelo Campeonato Italiano. Todos os jogos restantes da rodada foram adiados. O zagueiro teria sofrido um ataque cardíaco enquanto dormia sozinho no quarto do hotel onde a delegação do clube estava concentrada. A autópsia do corpo de Astori será realizada nesta terça-feira (6). E o enterro está marcado para quinta-feira (8), na Basílica de Santa Croce, em Florença.

A UEFA anunciou que homenageará Astori com um minuto de silêncio antes de todos os jogos da Liga dos Campeões da Europa nesta semana.