MPF pede que condenados da CBDA devolvam R$ 160 milhões aos cofres públicos
O Ministério Público Federal pediu que a Justiça Federal condenasse o presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes, a pagar R$ 46 milhões como ressarcimento aos cofres públicos. Nunes foi preso na última quinta-feira (6) por desvio de recursos destinados à entidade. Além do valor, ele também deve pagar multa devido ao enriquecimento ilícito pelos crimes praticados. Caso a Justiça aceite os pedidos, Coaracy e os outros três dirigentes presos terão de pagar R$ 123 milhões.
Verbas públicas foram desviadas por um total de 10 pessoas e empresas, acusadas de utilizar os convênios da CBDA com o Ministério do Esporte para o enriquecimento ilícito nos últimos cinco anos. Entre as empresas investigadas está a Agência Roxy de Turismo LTDA, prestadora de serviços para a CBDA há mais de 10 anos - a companhia teria superfaturado serviços e fraudado licitações.
O desembargador Nery Júnior recusou os pedidos de habeas corpus dos presos, que foram detidos durante a Operação Águas Claras, da Polícia Federal. Na decisão que determinou as prisões, a juíza Raecler Baldresca, da 3ª Vara Federal Criminal, disse que o esquema era uma "associação criminosa", "estruturada" e com "divisão de tarefas".