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Após declarações, psicólogo critica Dunga: 'Precariedade intelectual de dar dó'

Após declarações, psicólogo critica Dunga: 'Precariedade intelectual de dar dó'
Foto: Glauber Guerra / Bahia Notícias
O treinador Dunga recebeu duras críticas de um psicólogo após algumas declarações dadas nesta semana. No evento “Somos Futebol”, promovido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o técnico da Seleção Brasileira criticou a atuação dos psicólogos no ambiente do vestiário brasileiro.

Indagado sobre o trabalho da psicologia sobre os jogadores de futebol, Dunga foi taxativo. "Será que o jogador irá abrir o coração para alguém que ele nem conhece? Será que ele [psicólogo] vai contar para o dirigente? Será que ele vai contar para o treinador?", declarou na ocasião. 

Para Renato Miranda, Doutor em Psicologia do Esporte pela Universidade Gama Filho e professor da Universidade Federal de Juíz de Fora (UFJF), Dunga revelou ter ignorância sobre o assunto. Pelo que lemos, o problema é a ignorância total sobre o tema. A crítica que ele faz não é da Psicologia do Esporte. Ele confunde Psicologia Clínica, ou algo próximo disso, com Psicologia do Esporte. Quando o Dunga diz isso e ainda dá suporte a essa ignorância afirmando que ele é autêntico e sincero, desculpe-me, mas isso não tem nada de autenticidade. Nem de sinceridade. Isso na verdade serve como um escudo para proteger a ignorância que a pessoa tem sobre determinado assunto, e por ter um ego muito forte, ser um ególatra, essa pessoa não consegue discernir a ignorância de um tema da sua própria capacidade de julgar algo que desconhece. Eu sou ignorante em vários temas, como Física Quântica, por exemplo. Aí eu vou dizer que Física Quântica é bobagem?”, disse o psicólogo, em entrevista ao GloboEsporte.com. “A discussão do Dunga tem eco porque ele é o técnico de uma das melhores seleções de futebol do mundo. Só que é de uma precariedade intelectual de dar dó”, disse.

Para Renato, o fator psicológico foi fundamental para o fracasso na Copa do Mundo de 2014, quando a Seleção sofreu a goleada mais vexatória de sua história: 7 a 1 contra a Alemanha, no Mineirão, pelas semifinais do torneio. “Temos que ter discernimento para ver o que está acontecendo. Por isso que atleta fica chorando igual criança na hora do hino, em vez de estar feliz por estar participando de uma Copa. Por isso que na hora do pênalti fica tremendo e chorando”, desabafou.