Após Sul-Americano, atletas do Remo Máster da Bahia lutam por viagem para o Mundial
Por Edimário Duplat
Foto: Divulgação
Depois da campanha no XX Campeonato Sul-Americano, disputado em Porto Alegre (RS), em que conquistaram 18 medalhas em 18 largadas, os atletas baianos do Remo Máster seguem em outro tipo de duelo para seguir no calendário esportivo da modalidade. Classificados para o Mundial da Bélgica, os experientes remadores seguem na busca por um patrocinador e aproveitam o momento para promover não somente o esporte, mas também como falar um pouco de uma categoria que a cada ano vem se tornando mais e mais presente na realidade do nosso país.
Atletas do Remo Máster Baiano | Foto: Jamile Amine/Bahia Notícias
Foto: Jamile Amine/Bahia Notícias
A trajetória do Remo se mistura com a história da própria cidade do Salvador, que por muitos anos foi uma das mais tradicionais modalidades da capital e movimentava a sociedade baiana. Entretanto, o local que foi o berço inicial de equipes emblemáticas como o Vitória, o São Salvador, o Santa Cruz e o Itapagipe passa por um momento desolador, onde a falta de interesse dos investidores dificulta cada vez mais a prática do desporto aquático. “O esporte amador na Bahia inteira teve uma grande queda. Hoje a Sudesb recentemente até fez uma doação para a flotilha do Remo, mas não foi direcionado para o Máster. Não existe por parte ainda do governo essa atenção para essa modalidade, porque ainda não existe essa cultura. Nos últimos mundiais acabamos participando por conta de um patrocínio da OAS através do Vitória, que é uma marca muito forte para trazer apoiadores, mas esse ano o clube não teve interesse em seguir com o projeto e acabamos sem firmar o patrocínio”, lamenta Nilson. Para seguir competindo, os competidores acabam convidados por equipes de outros estados, mas somente em competições especificas e com apoios pontuais. “No Sulamericano fomos por conta própria, mas representamos o Corinthians. Como conseguimos sempre medalhas e o Corinthians sempre tenta desbancar os gaúchos do GPA, então eles nos chamam para disputar por eles e não precisamos pagar barcos, por exemplo”, completa Edson.
Equipe faturou 18 medalhas no Sul-Americano | Foto: Divulgação