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Clube uruguaio recusa patrocínio estrangeiro por não aceitar contrato xenófobo

Por Edimário Duplat

Além de patrocinar o Atlético de Madrid, o governo do Azerbaijão vem investindo em outros clubes de futebol para promover o turismo em seu país. Entretanto, diferente do que aconteceu com a aceitação dos colchoneros, o Peñarol recusou o investimento azeri por não concordar com uma norma de contrato de teor xenófobo oferecida pelo país euro-asiático.

Segundo os próprios dirigentes do clube uruguaio, uma cláusula no contrato afirma que em caso de patrocínio do governo do Azerbaijão, nenhuma pessoa de origem armênia poderá fazer parte da diretoria do clube beneficiado. Sendo assim, as chapas que concorrem ao processo eleitoral da equipe carbonera já afirmaram que não aceitam a proposta e condenam a postura de xenofobia da ex-república soviética. “Sem importar o tamanho da organização que faz a oferta, nada pode impor condições de discriminação de raça ou religião. O Peñarol é um clube inclusivo”, afirmou à imprensa logal o candidato Ignacio Ruglio.

Azerbaijão e Armênia tem um conflito histórico que remonta desde 1918, onde as duas nações iniciaram uma briga por territórios nos limites da Ásia com a Europa. Depois da dissolução da União Soviética, os dois países retomaram os conflitos na Guerra Nagorno-Karabah, onde a região de maioria armênia desejava se emancipar do governo azeri. Ao final do conflito, em 1994, o governo de Baku restringiu a entrada de qualquer descendente ou habitante da republica vizinha.

Além do Peñarol, o San Lorenzo também recusou a proposta do governo do Azerbaijão. Assim como o Uruguai, a Argentina tem um grande número de descendentes de armênios na sua população e tanto os cuervos quanto os aurinegros tem em sua lista de sócios um grande número de torcedores que descendem do país do velho continente.