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Comitês Olímpicos pedem para COI mudar os critérios de escolha das futuras sedes

Por Edimário Duplat

Comitês Olímpicos pedem para COI mudar os critérios de escolha das futuras sedes
Foto: LEON NEAL (AFP)
Depois dos custos elevados nas Olímpiadas de Inverno de Sochi 2014 e os atrasos para os Jogos do Rio de Janeiro 2016, um grupo formado pelos mais poderosos comitês olímpicos nacionais se uniu para pedir ao Comitê Olímpico Internacional (COI) a modificação dos critérios de escolha das sedes para as futuras competições realizadas pela entidade.

O projeto foi apresentado pelas delegações da Alemanha, Suíça, Suécia e Áustria e tem como meta a criação de jogos mais econômicos e transparentes, além de maior flexibilidade das exigências e adaptatação ao determinado país-sede. A união dos países citados tem um fator em comum; as cidades de St Moritz na Suíça, Munique na Alemanha, Estocolmo na Suécia, Oslo na Noruega e Viena na Áustria já planejaram sediar Jogos Olímpicos, mas acabaram esbarrando na recusa dos seus próprios governos e cidadãos, que se recusaram a pagar o custo dos eventos. "Nossa proposta visa reforçar os valores olímpicos, reduzir a complexidade dos Jogos e favorecer a sustentabilidade, a transparência e a flexibilidade para as candidaturas no futuro" afirma o documento de 15 páginas apresentado pelas nações ao Comitê.

Segundo os dirigentes dos países envolvidos, nações democráticas com participação popular nas decisões tem mais dificuldade com as exigências do COI em relação a nações emergentes que estão dispostas a gastar muito dinheiro sem transparência. Em 2014, por exemplo, os russos realizaram os Jogos de Inverno equivalente ao custo de quatro eventos, enquanto o Brasil teve a Copa do Mundo mais cara da história, somando mais de R$ 8,5 bilhões.

Além do COI, entidades como Fifa e Uefa também tem debatido a diminuição de custos e exigências para a realização de eventos esportivos de grande porte como a Copa do Mundo e a Eurocopa. "O país sede e o comitê organizador terão de cuidar mais dos volumes enormes de dinheiro que são gastos. Isso é algo que estamos considerando cada vez mais em nossos torneios da Uefa. Para a Eurocopa de 2020 da Uefa, por exemplo, ela ocorrerá em 13 países diferentes. Isso significa que os custos serão repartidos e o investimento individual de cada nação não será muito grande" afirma o atual presidente da federação europeia, Michel Platini.