Esporte Olímpico: Federações baianas reclamam de falta de estrutura; Sudesb promete novos espaços
Por Edimário Duplat
Anunciado em 2008, ginásio de Cajazeiras é prometido para setembro Foto: SECOM
Com o fim da Copa do Mundo, as Olimpíadas acabam se tornando o novo foco de atenção para público e imprensa de todo o mundo. Entretanto, para o país organizador, o cuidado em organizar um evento desta magnitude se inicia muito antes, tanto na logística da competição quanto na formação e preparação dos atletas que representarão o país nos Jogos de Verão. Infelizmente no Brasil, a falta de estrutura nos equipamentos esportivos assola todo o país e tem no estado da Bahia um dos principais exemplos do descaso com o desporto olímpico nacional. Construído nos anos 1950, o complexo olímpico que pertencia a antiga Fonte Nova era a referência maior de equipamento esportivo do estado da Bahia. Além do Estádio Otávio Mangabeira, que além do futebol também servia para atividades de atletismo em sua pista olímpica, o Ginásio Esportivo Antônio Balbino era o palco principal para a realização de jogos de basquete, vôlei, futsal e handebol no estado, além de também abrigar campeonatos e escolinhas de karatê, judô e boxe, com as lutas deste desporto sendo um sucesso de público no estado. O complexo também incluía o parque aquático, que servia para abrigar competições das modalidades como natação e polo aquático, exercendo um papel social importante para a comunidade, ao abrigar aulas de baixo custo para a população soteropolitana. Com a candidatura para ser uma das 12 cidades-sede da Copa do Mundo 2014, tudo mudou. Em sua nova encarnação, a Fonte Nova (segundo o projeto vencedor da sua reconstrução) não poderia abrigar mais uma pista para atividades de atletismo à beira do gramado e, por uma questão de logística, tanto o Balbininho quanto a piscina olímpica acabaram por ser excluídas do espaço da Arena, com a promessa do governo do estado de construir um novo complexo no entorno do Estádio Metropolitano de Pituaçu e um Ginásio Esportivo localizado no bairro das Cajazeiras.
Antigo Ginásio Antônio Balbino
Foto: Divulgação
Parque aquático do Bonocô segue em obras e com
promessa de finalização para final de 2014 (Foto: Divulgação)
Casa do Basquete, localizado na Avenida Paralela. Foto: Divulgação.
Mostrando-se atento às críticas, o diretor-geral da Sudesb, Elias Dourado, afirmou em entrevista ao Bahia Notícias que a falta de equipamentos esportivos realmente preocupa, mas que a secretaria tem trabalhado para sanar esse problema. “A Sudesb tem trabalhado na construção ou reforma de diversos equipamentos esportivos não só em Salvador como no interior do estado. Hoje, temos a previsão de diversos espaços, como o Centro Pan-Americano de Judô no final desse mês(julho), o Ginásio de Cajazeiras até Setembro, além da reforma da pista olímpica do Colégio da Polícia Militar em Dendezeiros e o Parque Aquático do Bonocô até o final do ano, o que é uma grande demanda da população de Salvador. Sabemos das demandas das federações, mas trabalhamos com todas elas na execução de cada equipamento e suas especificações”, disse Elias. Já em relação ao Parque Olímpico de Pituaçu, Dourado confessa que o projeto não tem previsão de sair do papel, principalmente devido a atual mudança no entorno do estádio. “Devido a ampliação da Avenida Pinto de Aguiar, tivemos que realocar o projeto inicial e ainda estamos estudando novamente como será a construção do espaço, que é essencial para o estado por ser mutiesportivo” reiterou.
Pituaçu será local de Centro Esportivo, mas sem data definida. Foto: Divulgação.
Centro Pan-Americano de Judô. Foto: Divulgação