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Com protestos de torcedores na porta do STJD, Portuguesa volta a ser condenada

Por Júlia Belas

Com protestos de torcedores na porta do STJD, Portuguesa volta a ser condenada
Foto: Armando Paiva / Fotoarena
O Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva voltou a condenar a Portuguesa no julgamento do recurso da escalação irregular do jogador Héverton. Caracterizado por citações de trechos do Estatuto do Torcedor, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva e até do clássico francês O Pequeno Príncipe, o julgamento desta sexta-feira (27) teve protestos do lado de fora e discussões entre os nove auditores escalados para o processo.
 
O primeiro caso a ser julgado foi o da Portuguesa. O advogado do clube, João Zanforlin, havia solicitado a saída do procurador do STJD, Paulo Schmitt, por ter manifestado suas posições sobre o caso na imprensa, mas o pedido foi negado. Segundo Zanforlin, a entrada de Héverton em campo não alteraria o placar. Com a solicitação da mudança da pena e apoiado no Estatuto do Torcedor, Zanforlin pediu o fim das "brincadeiras". Em resposta, a procuradoria exigiu a presença do jogador. "O atleta Héverton deveria estar aqui para dizer o que aconteceu. Este é o processo mais importante da história deste clube", afirmou Schmitt. "O Dr. Zanforlin não acredita na tese que defende", declarou.
 
Mário Bittencourt, advogado do Fluminense, criticou a estratégia da Portuguesa. "Para a Portuguesa, moralidade é quando 37 rodadas do Brasileiro valem uma coisa, e uma rodada, outra", afirmou. Ao questionar o argumento da moralidade do clube paulista, Bittencourt questionou: "Se o atleta não valia de nada, por que a Portuguesa não entrou com 10?", disse. Michel Assef Filho, advogado do Flamengo, afirmou que não defenderá o clube paulista. No entanto, em sua alegação, comentou o descarte do "BID da suspensão". "Para que serve o BID da suspensão? Se não serve para nada é melhor não existir", criticou.
 
O auditor-relator do processo, Décio Neuhaus, rebateu todos os argumentos utilizados pela Portuguesa e pelo Flamengo, vetando o recurso da equipe paulista. Em seu voto escrito previamente, Neuhaus alegou que uma possível mudança da punição estabelecida à Lusa traria "caos" ao futebol brasileiro, já que permitiria uma revisão de todos os julgamentos já realizados pelo Pleno do STJD.
 
A Portuguesa havia sido condenada em primeira instância no STJD e teria que pagar uma multa de R$ 1 mil e a perda de quatro pontos pela escalação do meia Héverton de maneira irregular na partida contra o Grêmio, na última rodada do Campeonato Brasileiro.