Pedro Ken explica nova função no Vitória e exalta elenco: 'Essa liderança não é à toa'
Foto: Glauber Guerra / Bahia Notícias
Quem viu Pedro Ken em 2012 no Vitória, percebeu que o jogador desempenha uma nova função nesta temporada no time Rubro-negro. Antes, ele tinha características ofensivas e agora sua obrigação é mais na parte defensiva. “Como meia eu chegava muito mais próximo do gol e tinha uma função mais ofensiva, por isso consegui marcar mais gols e dar mais assistências. Hoje, como volante, tenho jogado mais taticamente e para o time. Muitas vezes não apareço tanto, pois tenho que ajudar na marcação, no posicionamento. Às vezes preciso cobrir um lateral e não dá pra chegar lá na frente toda hora. Tenho tentado chegar como homem surpresa, como no gol que fiz contra o ABC, vindo de trás. O time encaixou muito bem nessa formação e, pra mim, o que importa é que a equipe esteja bem”, disse o jogador. Pedro também fez questão de exaltar o elenco e demonstra confiança na conquista do título. “Queremos conquistar a Série B este ano e sabemos que isso é possível pelo desempenho que estamos mantendo até aqui. Essa liderança não é à toa. É fruto de muito trabalho de todos. Vamos continuar nesta pegada para levantar esse troféu no fim do ano”, afirmou.
Esse é a sua segunda passagem no Vitória. Quais as principais diferenças daquele grupo de 2012 para o atual?
São dois grupos muito fortes e eu sou um privilegiado de participar dos dois. Claro que cada um com sua característica. Os dois elencos são qualificados e com muita vontade de vencer. O foco é o mesmo: colocar o Vitória na primeira divisão, mas, desta vez, sem deixar escapar o título.
Em 2012, o Vitória conquistou o primeiro turno. Porém, a equipe desandou e por pouco deixar escapar o acesso. Muita gente diz que foi problema relacionado à premiação. Realmente aconteceu isso? O que ocorreu?
Nunca existiu isso. Não precisamos disso. O Vitória é um clube grande, que por si só já motiva o atleta. Premiação é bom e normal em qualquer empresa, mas fica em segundo plano. Nosso relacionamento interno e com a diretoria era o melhor possível.
Você tem certa identificação com o Vitória e o torcedor. Essa é a sua segunda passagem, mas ambas por empréstimo. Já pensa em assinar um contrato em definitivo com o Rubro-negro?
Não penso muito no próximo ano agora. Quero colocar o Vitória na primeira divisão e dar o título da Série B ao torcedor, que merece muito. A torcida me trata com um carinho que poucas vezes vi e sou grato ao Vitória por tudo isso, mas vou deixar essa questão para o fim da temporada.
Foto: Glauber Guerra/ Bahia Notícias
Você atua várias posições no meio de campo. Onde você encaixa melhor? Tem alguma preferência?
Minha preferência é estar entre os onze. Quero ajudar, seja qual for a posição que a comissão técnica decidir que eu jogue. Como meia, talvez, aparecesse mais individualmente, mas o que importa é que o time esteja bem. A equipe entrosou e conseguiu chegar à liderança comigo jogando ali e com esta formação. Isso é o mais importante.
Em 2012, em sua primeira passagem, você atuava como um meia ofensivo, mas hoje joga como volante. Qual a diferença destes dois anos com a camisa do Leão?
Não tem como comparar, porque são duas posições diferentes. Como meia eu chegava muito mais próximo do gol e tinha uma função mais ofensiva, por isso consegui marcar mais gols e dar mais assistências. Hoje, como volante, tenho jogado mais taticamente e para o time. Muitas vezes não apareço tanto, pois tenho que ajudar na marcação, no posicionamento. Às vezes preciso cobrir um lateral e não dá pra chegar lá na frente toda hora. Tenho tentado chegar como homem surpresa, como no gol que fiz contra o ABC, vindo de trás. O time encaixou muito bem nessa formação e, pra mim, o que importa é que a equipe esteja bem.
Pedro Ken em ação pelo Vitória em 2012| Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
Você tem 28 anos e nunca atuou fora do Brasil. Pensa em atuar em outro país?
Se for um projeto legal, sim, mas estou feliz com minha carreira no Brasil. Claro que se tiver a oportunidade de atuar em um clube legal, em um centro importante, pensarei com carinho.
O torcedor está confiante na busca pelo título da Série B. Como está o seu pensamento e o do grupo quanto a isso?
Todos estão em busca disso também. Primeiro temos que confirmar o acesso para depois focarmos totalmente no título. Queremos conquistar a Série B este ano e sabemos que isso é possível pelo desempenho que estamos mantendo até aqui. Essa liderança não é à toa. É fruto de muito trabalho de todos. Vamos continuar nesta pegada para levantar esse troféu no fim do ano.
Você vive um drama familiar, já que seu pai tenta vencer uma batalha contra o câncer. Como você tem conseguido superar a distância e ao mesmo tempo focar no seu trabalho?
Com muito trabalho. Tenho tentado focar muito aqui no clube, mesmo sabendo que é difícil, pois meu pai é um dos grandes incentivadores da minha carreira. Sem ele, nada seria possível, mas tenho certeza que é um drama passageiro e ele vai superar isso para comemorarmos juntos esse título do Vitória no fim do ano.
Como você avalia o trabalho do técnico Vagner Mancini?
Mancini é um treinador muito tranquilo e que gosta de dialogar com os jogadores. Estamos muito à vontade com ele. O grupo tem assimilado rápido o que ele vem passando e isso está sendo provado a cada semana com a nossa evolução.
Foto: Betto Jr/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
Quem são seus melhores amigos no elenco?
O elenco é muito unido. Todos se dão bem e o respeito é muito grande entre os atletas. Não tenho um mais próximo. Converso com todos. Nosso clima é de muita harmonia.
O Vitória conquistou o título simbólico do primeiro turno. Isso serve para aumentar ainda mais a confiança em busca do caneco?
A confiança sempre foi muito grande. Claro que o título vai animar ainda mais o grupo para as próximas semanas, mas não ganhamos nada ainda. O título do primeiro turno é a prova que estamos bem e o trabalho vem sendo realizado de forma correta.