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Entrevista

De volta ao futebol baiano, goleiro Viáfara fala de sua nova experiência no Vitória da Conquista

Por Edimário Duplat

De volta ao futebol baiano, goleiro Viáfara fala de sua nova experiência no Vitória da Conquista
Foto: Luciana Flores / Divulgação
Como aconteceu o convite para defender o Vitória da Conquista para o Campeonato Baiano 2015?
Tudo começou com uma conversa que tive com o presidente, Ederlane Amorim, sobre outros projetos que temos juntos e então surgiu a possibilidade de participar no Campeonato Baiano. E o que me fez aceitar foi mesmo pela pessoa do Ederlane, que como gestor de um clube de curto tempo de duração e ter feito muitos projetos bons, foi o que me levou a aceitar.

E o projeto que o Conquista apresenta é diferenciado em relação a outros clubes do interior no Baianão?
Acho que tirando os times da capital, o Vitória da Conquista é que tem um dos projetos mais sérios, mais responsável, aonde tem um elenco com competitividade pra fazer um bom campeonato e esse ano não foi diferente. O presidente conseguiu montar um elenco que mistura experiência com juventude e que tem vontade de ganhar a competição.

Viáfara: 'Nunca deveria ter pedido para rescindir meu contrato com o Vitória'
Foto: Glauber Guerra/Bahia Notícias

Em relação ao atual elenco que vem sendo formado pelo Bode, você já tinha atuado com algum destes atletas? O que você tem a falar desse elenco que vem sendo montado?
Na verdade, acho que joguei mesmo contra alguns deles, como Fausto, por exemplo. E sobre este elenco eu estou feliz com o grupo, tenho uma impressão muito boa mesmo no pouco tempo, mas pelo que já  tenho vivenciado eu estou com uma motivação muito positiva em relação ao campeonato.

E como está sendo a sua adaptação na cidade de Conquista? Fale um pouco da recepção do torcedor conquistense em relação a sua chegada na cidade.
Estou muito feliz aqui. É uma cidade tranquila, diferente do que se vive em Salvador. E sobre os torcedores, eles ficaram muito felizes com a minha chegada. Até me surpreendi na minha chegada, porque teve carreata e uma boa recepção mesmo com quase três anos sem atuar na Bahia. Com isso, cresce a responsabilidade e o compromisso não só com o presidente como também com o torcedor da equipe.

Você atuou no Vitória, um dos times da capital, e hoje está em uma equipe do interior da Bahia. Quais são as principais diferenças entre um clube que figura entre as primeiras divisões nacionais com uma equipe que disputa o campeonato estadual fora de Salvador?
A diferença que mais pesa é a estrutura. Os da capital são muito maiores em relação ao patrimônio e até equipes como o Conquista, que tem uma certa estrutura, carecem de uma maior falta de apoio, de empresas que apóiem o clube. Mas, com certeza, acredito que daqui algum tempo o Vitória da Conquista terá um posição melhor da que tem hoje.


Foto: Divulgação/Vitória da Conquista

E o planejamento com o clube, esse contrato vale até quando? Você estaria disposto a disputar o Campeonato Brasileiro da Série D no segundo semestre do ano.
Meu contrato é até o final do Baiano, mas tudo é possível. O que mais me interessa no presente é o campeonato estadual e estou focado junto com o grupo para esta meta.

Depois que saiu do Vitória, você atuou em algumas equipes colombianas. O que te fez retornar ao cenário do futebol brasileiro e baiano?
Depois que sai do Vitória, passei por dois clubes na Colômbia e em 2014 eu dei uma parada porque queria dar um tempo no futebol e resolver algumas coisas pessoais. E no final do ano apareceu essa oportunidade que acabou me motivando a voltar a jogar.

E para um jogador que parou de jogar e depois retorna aos gramados, como funciona a mente do atleta no processo? Existe algo em sua forma de jogar anteriormente que estaria mudada hoje?
Meu estilo, minha característica continuam as mesmas. A minha parada foi uma questão pessoal e que não tem a ver com a questão física. Em 2014 eu não peguei na bola, mas continuei nos exercícios físicos e prática de esportes, pois a forma física é o mais importante na minha idade e o entrosamento com a bola é fácil de pegar, em um ou dois dias.

Em relação ao Vitória? Você tem desejos de retornar ao clube ou prefere seguir outro caminho?
Ano passado tentei voltar pro clube, mas hoje em dia estou com outros objetivos mais importantes. Fora do campo sou torcedor fiel, fanático, mas dentro de campo é só mais um time que vou enfrentar e ter vontade de vencer como se fosse qualquer outro clube.


E se acontecesse um convite do Bahia, você aceitaria?
Hoje em dia eu não sei. Um dos erros que cometi na época que estava no Vitória foi em relação ao amor que tinha e me importar demais  com o clube. No final, você vê que é só um atleta já que você pode gostar demais da agremiação, mas ela não te vê com os mesmos olhos. Não sou eu que pode falar hoje se aceitaria ou não aceitaria, as coisas vão acontecendo e o que acontece no Vitória hoje pra mim é história.

Falando um pouco da sua terra natal, o futebol colombiano teve uma grande participação na Copa do Mundo de 2014 e tem jogadores despontando nas grandes ligas mundiais. Como você enxerga o futuro do país em relação ao futebol?
Pelo processo e o planejamento que está sendo feito no futebol colombiano e na seleção, acredito que a Colômbia será melhor do que foi na Copa passada. É um tipo que apesar de jovem, tem experiência porque participam das maiores ligas do mundo. Com isso, o país vai se afirmar cada vez no cenário mundial.

E em relação a sua empresa de assessoria de atletas, poderia falar um pouco dela? A sua experiência como jogador de futebol influenciou essa decisão?
A empresa está começando, tem uns três a quatro meses e estamos estruturando ela. Agora está meio parada já que estou em Conquista, mas pretendo fortalecê-la melhor para o futuro. E com certeza o esporte rodeia a minha vida e influenciou minha decisão. Tenho mais de 20 anos de futebol e mais 10 praticando esportes. Pretendo continuar no ramo e retornar toda minha experiência para as futuras gerações que estão vindas por aí.

Falando de atletas e ex-atletas, como você vê as questões que vem sendo abordadas pelo Bom Senso FC, que pretende discutir a melhoria na relação entre atletas e jogadores?
Eu acho ótimo. Os clubes hoje em dia precisam de maior participação dos atletas na estrutura deles, já que são pessoas que dedicaram grande parte da sua vida para o esporte. E com certeza isso vai fazer com que as equipes sejam melhor estruturados e os futuros atletas consigam uma maior identificação com as agremiações, porque hoje são poucos jogadores que se importam com os clubes.