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Entrevista

Entrevista com Marco Costa, candidato à presidência do Esporte Clube Bahia

Por Felipe Santana

Entrevista com Marco Costa, candidato à presidência do Esporte Clube Bahia
Fotos: Cláudia Cardozo | Bahia Notícias
O Bahia Notícias saiu na frente. Nesta semana, preocupado com o futuro do Esporte Clube Bahia, deu início a série de entrevistas com pré-candidatos ao cargo de presidente do tricolor baiano, que será escolhido no mês de dezembro para os próximos três anos. O primeiro deles foi o conselheiro Marco Costa, ex-diretor de marketing do clube, que representa o grupo Nova Ordem Tricolor. Durante a conversa, ele criticou a escolha dos membros da atual diretoria executiva, prometeu olhar mais para o mercado nordestino e garantiu ter negociações avançadas com empresas visando o fornecimento de materiais esportivos do Bahia a partir de 2015.
 
Bahia Notícias: O que te motivou ser candidato?
Marco Costa: Nós temos um grupo formado, o Nova Ordem Tricolor, no qual parte estava na Virada Tricolor, e nos convidou para esse desafio. Seríamos candidatos em 2017, mas depois desse convite aceitamos já participar do pleito neste momento. Era uma coisa planejada por mim, mas que optei por antecipar.

BN: O que torna essa Nova Ordem ser diferente dos outros grupos?
Marco: Grupo de jovens, com planejamento traçado para os próximos 12 anos, mas sempre com mini-metas a serem cumpridas. São
médicos, jornalistas, engenheiros e advogados que ainda estão definindo o candidato a sub, já que não usamos o termo vice.

BN: Já existe algo pronto para ser colocado em prática a partir de janeiro?
Marco: Primeiro precisamos saber, logo no começo, qual é a real situação do Bahia. Mas, de imediato, garanto que existe um projeto para o Bahia, independente da sua divisão em 2015. Um exemplo sobre isso é que, lá atrás, quando trabalhei no Bahia mesmo em situação complicada, muito diferente de hoje, arrecadei mais que o responsável atual conseguiu, se levarmos em conta a proporção das coisas e contratos. Perder o patrocinador master foi uma coisa lamentável. Não se pode deixar uma marca como a do Bahia abandonada.

BN: Quem te apoiar (grupos políticos) terá cargos no Bahia?
Marco: São grupos que ocupam áreas distintas. O grupo mãe, aquele que me representa, é a Nova Ordem Tricolor. Poderão participar, mas jamais estar à frente, liderar, comandar.

BN: O que você falaria sobre o presidente Fernando Schmidt, figura maior desta atual gestão.
Marco: Schmidt foi uma pessoa que teve sua história no Bahia em 70, um presidente vencedor. Mas, hoje, depois de tanto tempo, perdeu o foco e o espaço no mercado. Não montou um time como deveria, contratou demais, não soube escolher pessoas competentes. O Bahia teve profissionais não especializados em vários setores.

BN: Vai manter os dois CT's? Quer de desfazer de algum deles?
Marco: Nós temos, primeiro, que saber todos os detalhes do contrato desta negociação. Precisamos nos aprofundar no tema para depois tomar decisões corretas. Por enquanto, de olho no nosso planejamento a longo prazo, consigo enxergar o Fazendão capaz de se tornar, em seis anos, um pequeno estádio, com capacidade para 20 mil pessoas, capaz de abrigar todos os jogos da base e os menores do Bahia.

BN: Quais os principais erros da gestão Schmidt? Conseguiria apontar?
Marco: Foram quatro diretores de futebol, e na última hora decidem aventurar outra pessoa que não é do ramo. Não tivemos especialistas nos setores do Bahia. Por isso, quanto a minha gestão, pretendo ter um grupo no futebol, um colegiado responsável por opinar, discutir e contratar, tudo diante da supervisão de um diretor que entenda, especialista. Por isso, quanto a gestão profissional, a gestão ficou a desejar. 

BN: Como vai conduzir o contrato com à Arena Fonte Nova?
Marco: Nós, até em virtude da Secopa, temos ótimo relacionamento com Arena Fonte Nova. São pessoas muito próximos a mim, e não é de hoje, o que vai fazer muito bem ao clube.

BN: O que pretende levar (se eleito) de experiência da Secopa para o Bahia?
Marco: Foi um aprendizado muito grandes. Recemos três seleções, sendo uma delas campeã mundial, sem falar no relacionamento que fizemos com inúmeros países, entidades e pessoas. São diversos pontos positivos a serem levados para dentro do Bahia.
 

BN: Você foi o responsável por levar a mala branco ao Rio Branco (Série C de 2007)?
Marco:  O acesso foi um ponto importante da história do clube, no qual estive presente, e foi conquistado no campo. Quando fui para lá (Rio Branco x ABC), onde acompanhei ao jogo de perto, foi para preservar o Bahia. Defender os interesses do clube e assistir de perto se seríamos prejudicados ou não. Não existe isso de mala branca. O dirigente, no meu caso, foi apenas para acompanhar o que envolvia o Bahia.

BN: Você terá apoio de ex-presidentes (Petrônio e Maracajá)?
Marco: Minha história no Bahia é muito grande. Fui membro de torcida organizada, participei de campanha contra um deles, inclusive, e fui chamado para trabalhar lá como assessor. Cresci, me formei e depois me tornei responsável pelo marketing. Todos (ex-presidentes) tiveram seus momentos no Bahia, e hoje o que precisamos é de renovação. Não fechamos portas para apoio, mas garanto que não participarão diretamente da minha gestão. Todo apoio é bem aceito, mas o responsável pelo Bahia será a Nova Ordem Tricolor.

BN: Já tem ideia de como montar um elenco e estruturar seu departamento de futebol?
Marco: Nós temos, primeiro, que valorizar nossa base que sempre foi motivo de alegria. O Bahia, desde os anos 70, alcançou seus objetivos com times formados com jogadores da base. Por isso, hoje, nosso pensamento é fortalecer a base e contratar pontual. Vamos dar prioridade ao mercado nordestino, mas sem deixar de olhar para outras regiões também. O Bahia, recentemente, teve insucessos com forasteiros, gente que veio do sul não qualificada para o clube. Atletas e profissionais com rebaixamento nas costas e sem expressão.

BN: Também vai prometer não contratar jogadores de um só empresário?
Marco: Nós temos que priorizar pessoas de dentro do clube, da nossa região. Ter profissionais que façam parte do clube, independente de quem vier depois, principalmente com olheiros e pessoas que observem atletas pelo país.

BN: Como seria a relação do Bahia (se eleito) com torcida organizadas?
Marco: Nunca fui a favor do assistencialismo no futebol. Papel da organizada é ir ao estádio, torcer, cantar, mas também não devemos ficar distantes deles. O Bahia é uma marca única, de todos nós, que precisa ser valorizada e eles fazem parte deste processo. Nós, inicialmente, queremos mesmo é uma política para aproximar todos os torcedores, principalmente em caso de rebaixamento.

BN: Como pretende conduzir a negociação com novo fornecedor de material esportivo?
Marco: Eu, hoje, teria garantido como fechar com duas grandes empresas, mas que prefiro reservar os nomes devido ao momento de campanha. Posso anunciar até dezembro, inclusive, ouvindo o que o torcedor pensa. Ela (torcida) com certeza não deve ficar satisfeita com a possível nova empresa (Penalty), que esteve no clube e não fez um bom serviço. Sem falar que acho muito temerário assinar contrato no fim do mandato e deixar para os outros. Eu, por exemplo, fiz isso em 2008 mas deixando um plus de 1000% ao clube, no caso do contrato feito com a Lotto.

BN: Por quê votar em você e não nos outros candidatos?
Marco: Porque Marco Costa é o candidato, e é ele que tem muita coisa para fazer ao lado da Nova Ordem Tricolor.

BN: O que torna suas propostas melhores que as demais?
Marco: Porque, primeiro, eu vou aumentar o processo de democratização do clube. Temos que tornar essa transparência ainda mais clara, esse é o nosso foco. Depois, eu acho válido rever o estatuto do clube. Existem algumas coisas que ficam fora de sintonia. Por exemplo, no caso das eleições, ano passado o clube foi aberto e agora se fechou para novos sócios, tudo graças ao medo do poder, do capital. 

BN: Qual será o primeiro passeo se eleito presidente do Bahia?
Marco: Traçar o planejamento de gestão do clube. Chamar todos os setores do clube, todos que formarão à diretoria, e dentro de 15 dias colocar em prática o planejamento que nunca foi feito na história do clube.