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Reformulação

Por Éder Ferrari

Reformulação
Não faço segredo para ninguém que acho ter chegado o momento de reformular completamente o elenco do Bahia. Foram dois anos lutando contra o rebaixamento e, até mesmo pelo ranço, chegou a hora de renovar. Não dá para agir por gratidão ou amizade. O grupo precisa ser fortalecido e começar praticamente do zero. Até alguns que, teoricamente, deram certo, poderiam entrar no pacote. Não que tenham de ser dispensados, mas em caso de boa proposta financeira venderia na hora! Uma troca com jogadores de outros clubes também entraria em pauta. Pode parecer extremismo, mas meu sentimento é esse.
 
Entretanto, infelizmente, erros de critérios poderiam prejudicar uma hipotética reformulação. Seria preciso ter bom senso. Principalmente nos casos de Kléberson e Zé Roberto, que não chegaram nem perto da expectativa em torno deles, mas têm contratos longos, caros, e mercado para lá de restrito. Buscar uma rescisão poderia onerar demais o orçamento para 2013. Gastar mais e imediatamente mandando embora ou menos e “parcelado” mantendo? Resta torcer por propostas de lugares como o mundo Árabe e Estados Unidos. Se nada chegar, trabalhar forte, cobrar e rezar por um crescimento estupendo de rendimento. Deve sobrar a última opção. Titi e Souza são lideranças muitas vezes negativas. E, dentro de campo, o primeiro só jogou bem um período do ano e o segundo ficou de fora da maioria por causa de lesões. E não se cuidou para encurtar o tempo fora ou não repetir os problemas musculares. Ainda entram na cota as partidas que servem para ele ganhar ritmo. 

E nisso entra uma formação de elenco que dê espaço para os garotos das divisões de base serem utilizados. Não é para começar como titular, mas que possam ter a possibilidade de, nos treinamentos e entrando aos poucos, garimpar a utilidade no grupo. Renan, Madson, Dudu, Erick, Anderson Melo, Anderson Talisca, Fábio, Ítalo Melo e Rafael, caso não seja emprestado, deveriam iniciar 2013 no grupo profissional, que deve ter em volta de 30 jogadores. Contando com eles, é claro! Esqueci de alguém? 
 
A reformulação não deve ocorrer apenas dentro de campo. O departamento de marketing serve apenas para fazer oba oba. Não existem resultados práticos ou ações de fortalecimento. E não me venham com essa de que não existe orçamento e/ou pensamento da diretoria em usar essa ferramenta. Se existe o departamento, que se trabalhe, corram atrás! Vemos apenas confete e incompetência. Nada é agregado! Alguns exemplos básicos e deixados de lado. Gabriel esteve na mídia o ano todo e ainda é neto de um ídolo do clube, o ex-volante Flávio, campeão em 1959. O que foi feito para angariar frutos fora de campo com o garoto? Necas! Outro: a partida contra o Náutico foi dia 25 de novembro. Mesma data da triste e inesquecível tragédia da Fonte Nova, em 2007. Nenhuma homenagem pelos cinco anos de tristeza. Nem uma fitinha preta de luto no uniforme foi utilizada. Um minuto de silêncio? Nome das sete vítimas nas camisas dos jogadores? Zero! Só uma notinha no site oficial...
 
Outro departamento que precisa ser repensado é o médico. Não entrarei no mérito de determinados tratamentos, principalmente de Ávine, por que é muito disse me disse, termos técnicos e poucos esclarecimentos. O fato é que algo precisa mudar e se renovar. O desgaste é muito grande. Até Thiago Carpini reapareceu. Paulo Angioni é outro nome no olho do furacão. Afinal, quem contrata e faz o planejamento do elenco é ele. No entanto, a galera deve levar em conta o fato de ser um funcionário do clube. Muitos nomes que não deram certo partiram do presidente e seus amigos. Essa relação que me faz achar temerária uma saída do gestor de futebol. Será que trariam outro profissional para o lugar ou efetivariam algum desses “amigos”? Angioni teve erros e acertos. Profissionalizou o departamento e afastou ou colocou para trabalhar de verdade alguns dos “come e dorme”. Não concordo com algumas atitudes como deixar na mão dos empresários e dos jogadores negociações para serem liberados dos clubes de origem. Também acho que falta iniciativa para entrar em disputas. Está sempre chorando miséria, mas no fim de feira traz, com suporte do presidente, jogadores em má fase pagando fortunas. Que continue, porém, alguns conceitos devem mudar. É preciso se renovar sempre!
 
As principais reformulações são do estatuto e do Conselho Deliberativo. Porém, isso não é assunto para um único parágrafo e no próximo artigo tentarei trazer novidades sobre esse fato. Já passou e muito da hora de o Bahia parar de rasgar esse dinheiro. Abaixo, segue uma análise curta de todos os jogadores do elenco e do treinador.
 
Marcelo Lomba – Não teve um ano tão espetacular como 2011, mas ainda assim foi fundamental. Claro que fica!
Omar – Superou a insegurança de 2011 e chegou a render mais que Lomba. Fica!
Renan e Bruno – Jovens promessas. Talvez seja interessante emprestar um dos dois para adquirir experiência, de preferência Bruno. A princípio manteria os dois.
Coelho – Até hoje busco explicações plausíveis para a renovação pós Baiano. Boa sorte no próximo clube.
Neto – A princípio ficaria. Fez um bom campeonato, mas se aparecer uma boa proposta não pensaria duas vezes em liberar. 
Madson – Fica! Tem de fazer um trabalho de fortalecimento para evitar as lesões musculares e trabalhar fundamentos.
Gil Bahia – Não o manteria. 
Lucas – Railan ainda está muito verde para o profissional. Por isso manteria Lucas para compor elenco. 
Jussandro – Deu conta do recado. Pode se firmar. Manteria e faria trabalhos de fortalecimento e de fundamentos. 
Ávine – Torcer para que tenha se recuperado completamente. Ficaria.
Romário – Foi útil, mas na base têm melhores para compor o elenco. Erik e Patric, que vem jogando fora de posição não sei por quê. 
Gerley – Falar o quê? 
Danny Morais – Jogador importante no grupo. Não consegui ainda ter um pensamento concreto se liberaria ou não, mas buscaria outro supostamente melhor.
Titi – Melhorou muito no segundo turno, mas caso chegue alguma proposta, venderia sem pensar duas vezes. 
Alysson – Não chegou a comprometer, mas buscaria um, teoricamente, titular. Só o manteria no caso de emprestar Dudu. Não tem nenhum zagueiro na base preparado para 2013.
Dudu – Manteria e faria trabalhos intensos de fundamentos. Posicionamento e saída de bola, principalmente. Não sei se é hora para um empréstimo, mas também pode ser uma boa alternativa.
Lucas Fonseca – Uma das boas surpresas do ano. Manteria.
Fahel – Se destacou mais pelos gols e jogadas perigosas nos lances de bola parada do que pela função de volante. A princípio manteria, mas se chegar proposta...
Diones – Contrato se encerra agora e não faria esforço para renovar. Foi útil, mas buscaria algo melhor. 
Hélder – Já o critiquei demais e não me arrependo, mas sei reconhecer a evolução. Talvez tenha sido o principal jogador tricolor no segundo turno. Surpreendeu muito e ainda é um cara sério. Manteria.
Fabinho – Quase sempre teve de fazer o serviço sujo, mas não o mantinha limpo. Ajudou de diversas maneiras, mas já deu o que tinha de dar. Boa sorte!
Victor Lemos – Boa sorte no próximo clube!
Lenine – Cogitaria um empréstimo, caso aparecesse um clube interessante. Do contrário o manteria e faria um trabalho de fundamentos e para recuperar a confiança. 
Kléberson – Talvez a maior decepção do ano. Teve bom rendimento no Flamengo no primeiro trimestre e parecia chegar para ser importante. Não passou de um coadjuvante sem sal. O problema é o tempo de contrato (até dezembro de 2014) e o alto salário. O que fazer? Eu trabalharia até esgotar todas as possibilidades de liberá-lo.  
Caio – Outra decepção! Teve poucas chances, mas esteve sempre fora de forma e disperso. Infelizmente, é difícil imaginar que esse quadro mudará. Qualidade jogada no lixo. Que consiga se recuperar em outro clube.
Jéferson – A cirurgia foi grave e não deu para ser mais utilizado. Emprestaria para disputar algum estadual importante. Poderia recuperar ritmo, a confiança e supostamente voltaria pronto para o Brasileiro. 
Mancini – Tem contrato com o Atlético-Mineiro e os mineiros que se virem!
Zé Roberto – Foram 40 jogos e nenhum gol. Números frios, mas que resumem de maneira genuína a temporada dele. E as perspectivas para 2013 não são diferentes. Vai ser difícil achar quem queira contratá-lo. Vai precisar negociar a rescisão. Tentaria de tudo para isso.
Vander – Já foi!
Gabriel – A não ser que chegue um dinheiro maluco, completamente fora da realidade, não o negociaria. Faria trabalhos de fortalecimento e de fundamentos, principalmente finalização. 2013 tem tudo para ser o ano da explosão de Gabriel. E que seja no Bahia!
Ryder – Tem feito partidas interessantes no Sub-20. Pode ser útil para compor elenco, já que o calendário em 2013 será apertado. 
Jones – Esforçado e cumpridor das obrigações táticas. Foi importante em alguns jogos, mas já fez o seu dever no Bahia. Boa sorte no próximo clube.
Ciro – Parece ter outras preocupações. Que tente recuperar o foco em outro clube.
Júnior – Ainda está no Bahia? Boa sorte no próximo clube.
Lulinha – Nessas duas temporadas, esteve no Bahia “de graça”. Em 2013 será diferente, já que o contrato com o Corinthians acabou. O salario é de R$ 100 mil. Vale a pena? Para mim não! Foi útil, mas o custo benefício não seria bom. A saída abriria espaço para os garotos.
Souza – Entra no mesmo caso de Titi. Não dispensaria, mas venderia caso chegue alguma proposta. Não dá para ter a referência no ataque que joga menos de 50% dos jogos. O Bahia não pode se dar a esse luxo. 
Rafael – Têm duas opções: um empréstimo ou fazer um trabalho de fundamentos semelhante ao feito pelo Inter com Leandro Damião. 
Elias – Teve várias oportunidades e não conseguiu mostrar o diferencial necessário para jogar no Bahia. 
Cláudio Pitbull – Fez um gol importante e o contrato até dezembro desse ano pagou por ele. Não precisa chegar até dezembro de 2013. Ou o Bahia acha um clube pra ele ou negocia a rescisão. 
Jorginho – Com ele, o Bahia fez a quinta melhor campanha do segundo turno. Na reta final se atrapalhou e pareceu não lidar bem com a pressão. Ainda é inexperiente no cargo e pode ter aprendido a lição. Conhece e sabe as limitações do elenco. É preciso reconhecer os erros para não repeti-los em 2013. Tirou leite de pedra e levou o time a um nível de atuações não vistas nos últimos tempos. Precisa retomar a postura de marcar no campo ofensivo e exigir sempre o algo mais. Não vejo razão para liberá-lo, ainda mais quando se olha os nomes disponíveis no mercado. No entanto, repito, que saiba ser humilde, reconheça e aprenda com os erros. Tem tudo para se firmar!