Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Holofote
Você está em:
/
/
Coluna

Coluna

E, Uelliton, agora vai?

Por Felipe Santana

E, Uelliton, agora vai?
Dias atrás, na resenha com o amigo Petetinga, discutíamos a razão para Uelliton não ter alcançado voos mais longos na carreira depois que saiu do Vitória. Sua bela atuação no triunfo do Bahia sobre o Figueirense só aumentou minha curiosidade. Desta vez, sozinho, me perguntei de novo o que aconteceu para Uelliton não chegar no futebol europeu, como aconteceu com Luis Alberto e Dudu Cearense, ou que pelo menos conseguisse uma excelente temporada em outra agremiação a não ser o rubro-negro.

Se buscarmos, não tenho dúvida, aparecerão inúmeras justificativas. Uelliton apareceu muito bem no Vitória. Um volante diferenciado em todos os sentidos, para o bem e para o mal. ‘Gordinho’, mas técnico. Polêmico demais, porém, um atleta que nunca fugiu das cobranças ou perguntas. Bom arremate, mas pouca mobilidade na cobertura dos laterais. Obviamente, se pararmos para analisar o jogador, encontraremos inúmeras opiniões.Sua influência no vestiário, desde a época do Vitória, é incontestável. Suas atitudes fora de campo, coisa que ele nunca fez questão de esconder, o que considero  um fator positivo (dizer a verdade), também nunca maquiou. Sempre foi muito autêntico e polêmico, basta lembrarmos da confusão com Carpegiani. Em 2009, ao ficar insatisfeito com a reserva, foi chamado de mau caráter pelo treinador. Será que o técnico chegou a essa conclusão apenas com um fato? Óbvio que não. Tinha muito mais coisas por ‘debaixo do pano’, ou melhor, dentro do elenco.

Cinco anos depois, Uelliton volta a chamar a atenção de todos. O motivo, agora, é o correto: bom futebol. Eu e muitos amigos, da imprensa ou não, nos posicionamos contra sua contratação. Não é pela sua boa fase, hoje, que vou dizer que elogiei o clube na época. Era um jogador acima do peso, sem sequência de partidas (Cruzeiro e Coritiba) e com histórico recente de lesão. Não foi à toa que o time mineiro emprestou ‘de graça’. O Bahia até maio não gastou R$ 1 com o atleta.

E, agora, Felipe? Queimou minha língua. Uelliton tem surpreendido a todos, a começar pelo seu comportamento nos treinamentos. É um jogador que tem gesticulado bastante, orientado alguns companheiros, e isso é importante. Não só para o grupo como para passar uma nova imagem aos que acompanham às atividades. O resultado está nítido dentro das quatro linhas: ele está bem à vontade. Não estou aqui para dizer que Uelliton é perfeito. Mas, hoje, como foi no Vitória no início da sua carreira, é diferente dos outros atletas da posição que, no Bahia, são: Feijão, Fahel, Rafael Miranda e Hélder. 

Uelliton, contra o Figueirense, fez seu melhor jogo. Superou, para mim, o Ba-Vi. Fez a cobertura perfeita do lado esquerdo, permitindo os avanços de Pará, sem falar nos momentos em que esteve com a bola. Gosta de participar dos lances, desde a sua origem, de ‘conduzir’ o meio de campo. Aplicou dois belos dribles, um por 'debaixo da saia' e outro lençol, além de chegar na frente com propriedade. Acertou o travessão e por muito pouco não marcou o primeiro gol pelo Bahia. Uelliton ganhou o torcedor do Bahia merecidamente.

Só resta esperar para saber se neste Campeonato Brasileiro ele 'AGORA VAI' decolar, ou não.