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O errado que deu certo

Por Felipe Santana

O errado que deu certo
Há muito tempo não escrevia uma coluna. E, para uma segunda-feira, nada melhor que falar sobre o grande clássico entre Bahia e Vitória, ainda que alguns discordem do adjetivo empregado ao jogo. E, por incrível que pareça, desta vez, o título não me trouxe dor de cabeça. O considerei ideal para resumir o dia ‘inspirado’ do treinador Marquinhos Santos.
 
Antes do jogo, na Tudo FM, comentei que o técnico do Bahia conseguiu, com a divulgação da escalação, tirar o ‘tesão’ de todos os torcedores que esperavam assistir um tricolor diferente das últimas apresentações. Porque, baseado no treino realizado na Fonte Nova, quando ele testou a equipe com Marcão e Jeam, um tempo de cada, não conseguia entender a não presença de um dos dois jogadores. O escolhido para começar o clássico foi Fahel, o que levou Anderson Talisca mais uma vez a jogar fora da sua posição ideal. Foram três erros em uma só tacada. 
 
Primeiro, a entrada de Fahel. Ele, ao lado de Uelliton, não jogou bem contra o Vitória da Conquista, permitindo que os laterais do Bode tivessem muito espaço para avançar. O que, contra o Vitória, seria muito arriscado. O Bahia ficaria muito vulnerável pelos lados. Foi o que pensei antes do jogo.
 
O segundo erro estava relacionado à falta do centroavante. Porque Marquinhos não escondia de ninguém o pedido da contratação de um camisa 9 e, quando teve duas opções à disposição, optou por jogar sem eles. Claro, torcedor, sei que Marcão não é bom jogador, muito menos confiável para estar em campo no Ba-Vi. Mas, pulando essa parte, o garoto Jeam entrou bem na Copa do Brasil. Ganhou confiança e poderia ter iniciado a partida.

E o terceiro erro? O pior de todos! Sacrificar o melhor jogador do elenco de novo como fez nas últimas rodadas. Anteriormente, Talisca atuou como meia, sua posição original, mas aberto pela ponta. O que não pode acontecer. Contra o Vitória foi ainda pior (posicionamento). O talentoso garoto foi obrigado a ficar de costas para o gol como um centroavante. É incompreensível. Por isso eu digo que, se comparado aos jogos anteriores, foi a partida que Talisca menos se destacou pela participação na criação das jogadas ofensivas.

Mas, no final, o Bahia conseguiu passar por cima do ‘dedo do treinador’. Foi uma equipe extremamente dedicada nos noventa minutos, vibrante e muito objetiva. Criou menos que o Vitória, mas soube ser competente. Quando chegou botou para dentro, com exceção de Talisca (de cara com Wilson).
 
O futebol é imprevisível. Na teoria, o Bahia tinha tudo para sair de campo com mais uma pífia apresentação. E não foi o que aconteceu. Deu tudo certo para Marquinhos no fim da partida. Só não sei até quando o ‘errado que dá certo’ vai acompanhar o treinador do Bahia nas finais do Baianão.