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Hora de clarear

Por Éder Ferrari

Hora de clarear
Semana intensa demais no Bahia. Existe uma guerra nas redes sociais entre a maioria, que defende a intervenção e a saída definitiva de Marcelo Guimarães Filho e uma minoria, ainda acreditando seja lá por que no, agora, ex-presidente e ex-deputado. Sou muito pragmático nesse tipo de situação. Para mim não existe jeitinho ou a desculpa que em outro lugar é igual. Ou se é legal e transparente ou está fora. Todo esse processo judicial no tricolor busca legalizar o Conselho e as consequências das decisões. Portanto, sou completamente favorável. Os atuais dirigentes e os antecessores, transformaram o clube em uma redoma obscura. É a hora de clarear!
 
Marcelo Guimarães Filho teve tempo de sobra para transformar o clube e não o fez. O que ocorreu, quase sempre, foi falta de visão e incompetência na formação dos elencos; péssimo gerenciamento financeiro; negociações nebulosas com patrocinadores, parceiros, prefeitura e empresários de jogadores; permuta do valorizado Fazendão pelo afastado novo CT sem nenhuma transparência; estatuto desrespeitado diariamente; contas maquiadas (lembram do contador afirmando que os supostos R$ 120 mil da venda de porcentagem dos direitos de Filipe, não terem entrado na prestação de contas por ser um valor “irrelevante”?); sede de praia no chão e até hoje ninguém sabe quanto, quando e onde será aplicado o valor, via transcons, recebido pela desapropriação; promessas/realidades vendidas a preço de banana em várias parcelas; garotos promissores perdidos por atrasos de salários ou não recolhimento do FGTS; marketing patético, que não produz nada para o clube e ainda aceita ser tratado feito lixo pela Nike/Netshoes; crescimento da dívida do clube; vários processos trabalhistas... Esqueci alguma coisa?
 
Não se trata de ser a favor ou contra A ou B e sim de fatos. Não sou candidato e nem apoio ninguém. Até poderei apoiar um dia e, nesse caso, largaria o jornalismo, por achar que uma coisa não comporta a outra. Hoje quero apenas um clube aberto, legalizado e transparente. Com tantos fatores negativos, comprovados, não consigo ver qualquer possibilidade de retorno de Marcelo Guimarães Filho ao cargo mesmo que vença a batalha na Justiça. Um pouco de semancol não faz mal. À maioria esmagadora da torcida exige mudanças e transparência. O presidente deposto já deixou claro que isso é impossível com ele. Foram quatro anos e meio de estagnação. Acrescente os quase oito anos do pai, Marcelo Guimarães, e teremos mais de doze anos de comprovada incapacidade. Ganhar um mísero Baiano e voltar para a Série A é pura obrigação. Afinal de contas, quem comandava no rebaixamento para a Série C?
 
Portanto, é um momento com grande necessidade de lucidez e bom senso. Como bem lembrou meu amigo Marcelo Sant'Ana, em artigo no Correio* nesta quinta-feira (11), Marcelo Guimarães Filho não tem a menor intenção de deixar o clube. Tivesse pensando no melhor para a agremiação, não teria utilizado os combalidos (pela sua administração) cofres do clube, para contratar um dos advogados mais caros do país. E isso com os salários dos funcionários atrasados! Se não tem nada a esconder, por que tanto custo com o processo? O ex-presidente parece isolado e, politicamente, o futuro não apresenta mínimas perspectivas de retorno ao Congresso nas eleições do ano que vem. Eu no lugar de MGF, me afastaria da vida pública por uns tempos e iria me reciclar, rever conceitos. Ele já cruzou o fim da linha faz tempo!
 
Em campo
 
São Paulo 1x2 Bahia foi aquele jogo que rolou um churrasco de língua quase generalizado. Eu mesmo, ainda bem, tomei um #chupa bonito! No intervalo, agoniado com a falta de velocidade, articulação e agressividade, escrevi no Twitter que tiraria Fahel e Talisca para colocar Freddy Adu e Ítalo Melo. Pirem aí? Apesar dos gols, principalmente em relação à Fahel, não fiquei com a sensação de língua queimada e sim de o gol foi “ruim”. Ajudará a manter o volante que chega atrasado à cobertura, não rouba bolas, péssimo passe e que comete faltas bobas, no time. A realidade é essa e não de um gol de rebote, na pequena área, com dois jogadores a mais. 
 
Talisca meu questionamento é pela preguiça e máscara. Pensei em substituí-lo no intervalo, para tentar dar um choque no garoto. Precisa descer do salto para não virar só mais um marrento que prometia e não virou. Apesar de ter buscado o jogo e não contar com aproximação dos companheiros, ele andava sem a bola. Tentava passes sem sentido e ainda demonstrava nervosismo. Espero que o gol ajude e não aumente a pose. Infeliz na partida anterior, Madson fez partida segura e só não foi melhor, por que segue falhando nos cruzamentos. 
 
Respeito muito Cristóvão Borges e acho um talento, porém, talvez até por falta de opções de confiança, tem sido absurdamente conservador na hora de mexer no time. Não é por ter vencido, que fez a melhor escolha. O resultado é importante, mas análise fria também precisa ser feita. Quando colocou Fabrício Lusa no lugar de Talisca, com o São Paulo entregue e com um jogador a menos, não entendi absolutamente nada! Sei que faltam alternativas, contudo tem momentos que é preciso, pelo menos, colocar quem é da posição. Aguardo pelo retorno de Hélder e estreia de Wallyson, para saber de que maneira armará o time. Com esse elenco, em teoria, os dois têm de jogar.