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Entrevista

Da Luz avalia que problemas do estado estão ligados a gestão e a valorização do funcionário público - 15/09/2014

Por Fernando Duarte / Lucas Cunha

Da Luz avalia que problemas do estado estão ligados a gestão e a valorização do funcionário público - 15/09/2014
Foto: Cláudia Cardozo | Bahia Notícias
Foco na gestão pública. Esse é o principal lema do discurso do candidato ao governo do estado pelo PRTB, Rogério Tadeu da Luz. Em entrevista ao Bahia Notícias, Da Luz afirmou que todos os problemas do estado estão ligados a gestão e a valorização do funcionário público: “A gestão faz com que falte o recurso humano. Porque se gasta muito dinheiro alocado em áreas onde não tem a atividade final para a população... O servidor e os serviços públicos realmente precisam ser encarados como prioridade, para que eles possam prestar um bom serviço para a população, que é quem paga essa conta com os impostos”. Entre as propostas de Da Luz estão a criação do cartão saúde da família, que terá convênios com hospitais particulares para emergências, educação em período integral e o fim de secretarias como a Casa Civil e Relações Institucionais. “São dois grandes exemplos de secretarias que nada fazem para a população. Durante o governo PT na Bahia serão gastos nelas quase R$ 1,5 bilhão. Daria para construir 28 ‘Hospitais do Subúrbio”. Por fim, Da Luz diz estar preparado para assumir o cargo e pede uma chance para algo diferente no cenário político baiano.”Quero dizer ao povo da Bahia que eu não sou um sonhador, eu sou um lutador. A cada eleição eu venho me preparando para poder assumir esse estado, fazer uma gestão técnica, e resolver esses problemas que há 40 anos não se resolvem. Eles prometem, mas não cumprem. Me dê oportunidade que cumprirei”. Leia a entrevista completa.
 

BN: Quais são as diretrizes básicas do programa do PRTB, caso o senhor venha a ser eleito governador da Bahia?
Da Luz: O principal foco da minha gestão é a gestão. Gestão técnica, eficiente, onde o servidor e os serviços públicos realmente sejam encarados como prioridade para poder prestar um bom serviço para a população, que é quem paga essa conta com os impostos. Que não são baratos, são altíssimos. Poder dar hospitais e postos de saúde de qualidade, com médicos à disposição, professores bem qualificados, valorizados, prestando um serviço e uma aula de qualidade aos nossos alunos, as nossas crianças e jovens. Policiais preparados, treinados e valorizados em suas posições, incorporando inclusive os 11.400 que estão como excedentes da PM, que já são concursados e estão aguardando serem chamados. Para poder resolver esse tripé, toda eleição se fala em saúde, educação e segurança, precisa-se valorizar o funcionário público, é ele que presta o serviço. Hospitais, vamos construir oito. Mas medicina se faz com o médico, e hoje o médico está ganhando R$ 2,85 por consulta. Como um médico que estudou tanto tempo vai ganhar tão pouco? Como ele vai poder prestar um serviço de qualidade com o que vem acontecendo nos hospitais no acúmulo de pacientes? Então nós vamos fazer para essa área o cartão saúde da família, onde faremos convênios com os hospitais particulares para que eles também possam atender as emergências e atender a população. Por que isso é possível? Porque os hospitais particulares estão passando por momentos difíceis e os planos de saúde acabam não repassando os valores que estão no contrato e, com isso, eles apresentam hoje dificuldades. Como o governo vai fazer esse repasse de uma maneira correta. Por exemplo, uma consulta de R$ 2,85 no estado pelo plano de saúde custa R$ 35. Então o governo tem que fazer um pacote onde o médico passe a ganhar igual a um plano de saúde. Na área da educação, teremos creches para todas as crianças. Porque não adianta fazer para umas e outras não. Inclusive, com parcerias com as creches comunitárias, dando melhores condições, reforma de equipamentos e pagando os professores. Porque temos que atender as crianças nas creches e também da pré-escola ao ensino médio. É aí que a educação de qualidade integral entra, para que os alunos possam ter oportunidade de desenvolver o seu melhor potencial, com direito a cultura, lazer, uma educação de qualidade, para que eles sejam encaminhados de uma maneira saudável para a sociedade, sem esquecer do esporte. Nós temos que voltar com os Jogos da Primavera, que foi interrompido, essa integração entre as escolas nas regiões disputando várias modalidades esportivas. Tudo isso engrandece. Nenhum país, nenhum estado do mundo, conseguiu melhorar a qualidade e a situação da violência em seus países sem investir pesado em educação. 
 
BN: Duas questões sobre saúde e educação. O cartão que o senhor propõe para a saúde é um complemento ao SUS, que é um programa federal. Então não seria uma obrigação do governo federal? A segunda questão é a parte das creches, que é uma transferência da responsabilidade da educação básica que cabe aos municípios e não ao governo do estado. O senhor quer concentrar as atividades do plano federal e do plano municipal dentro do governo estadual? 
DL: Hoje, o SUS é responsável na Bahia por R$ 300 milhões de repasse para a saúde. Enquanto o governo estadual repassa R$ 1 bilhão. Então, um bilhão e 300 mil é o orçamento. Nós vamos construir oito hospitais, mas temos que saber que nós precisamos manter esses hospitais funcionando. Então, R$ 1 bilhão para quem tem um orçamento de 36 bilhões em uma área tão importante quando a saúde é muito pouco. Então quando eu falo em fazer um convênio é o SUS ter um cartão estadual. Nós temos o Planserv que atende os funcionários públicos. E nós podemos sim fazer um convênio estadual para atender dentro dos hospitais particulares com valores melhorados para poder trazer médicos para a rede pública, para atender o público também. Falando em saúde, nós temos também a prevenção. É importante que se faça o saneamento básico. A falta dele aumenta muito a procura por postos de saúde e serviços médicos hospitalares. Por que aumenta? Porque uma criança pega uma bola que caiu em um córrego que tem esgoto e depois coloca a mão na boca. E depois pode pegar um rotavírus, uma virose. Precisamos de agentes de saúde acompanhando as famílias, para que eles cuidem da pressão, da diabetes e outras enfermidades que possam ser controladas, para que se evite remediar e comece a prevenir. Outra coisa importante é a alimentação nas escolas. Porque uma criança bem alimentada, tendo uma alimentação balanceada, está menos suscetível a uma doença. Também tem os “corredores da morte”. Hoje existe uma fila da regulação, que na verdade é uma fila da morte. Antes, a pessoa ia para um hospital não tinha vaga. Ia para outro, não tinha vaga. Ia para o terceiro, tinha vaga. Ela resolvia a regulação dela. Hoje, ela entra em uma fila que não anda, aonde ela vai para morrer, para ser curada por si só, por Deus. Porque o atendimento não está conseguindo resolver toda a demanda. Tá tendo congestionamento não é só de carro na Paralela, tá tendo um congestionamento de pacientes necessitando de cirurgia. Quantas vezes você não vê uma pessoa com uma fratura exposta que fica um mês, 45 dias, até fazer a cirurgia. Na educação, além da escola em tempo integral e da creche, é muito importante um cuidado com a alimentação dentro do sistema educacional, com uma merenda que seja uma verdadeira alimentação, e não só para encher a barriga e não nutrir as crianças. Com essas ações, a gente está pensando na segurança pública. Porque estas 37 mil mortes que ocorreram durante este governo atual, elas ocorrerão por assassinos que não tiveram oportunidade no governo anterior, que não tiveram creche, não tiveram escolas em tempo integral, não tiveram esportes nem cultura e lazer. E você sabe que mente vazia, como diz o jargão popular, é a morada do capeta. Então temos que dar ocupar com atividades essas crianças. Quero fazer um sistema educacional de qualidade. O professor dá aula em três escolas, de manhã, de tarde e de noite, para poder ganhar o pão de cada dia. Ele está desvalorizado, ele não tem condições físicas de dar uma aula com qualidade. Por mais que ele se esforce, é uma questão física. Porque se exige muito do professor. Acaba tendo que pegar mais leve com alunos. "Faça um trabalho aí valendo um ponto". Porque se ele fizer prova e, por exemplo, tiver dois mil alunos, ele vai ter que corrigir duas mil provas. Então ele tem o trabalho ali da hora aula, mas ninguém conta a hora fora da aula. Eu dei aula por três anos, dava aula para 350 alunos por ano, eram sete classes de 50 alunos. E eu sei o que é. Dava aula de noite, corrigia 350 provas. Eu sei o que é dar aula em sete classes. Então se exige muito do professor para manter o mesmo nível de todas as aulas que você tem que dar para sete classes. Eu fico imaginando o que é um professor que tem que trabalhar em três períodos. Como ele vai conseguir suprir essa necessidade da qualidade que um aluno que está estudando em uma escola particular tem, onde o professor é valorizado e tem menos horas aulas por dia, carga horária menor? Com isso ele dá mais atenção, tem um cuidado melhor, uma hora aula com qualidade. Toda essa questão é culpa da gestão pública. Eu sempre comento da Casa Civil e da Serin (Secretaria de Relações Institucionais), dois grandes exemplos de secretarias que nada fazem, nada produzem para a população. Não tem função específica. Então para a população ser atendida com qualidade, tem que se cortar essas duas secretarias, Durante o governo do PT na Bahia serão gastos na Casa Civil e na quase R$ 1,5 bilhão. E cada Hospital do Subúrbio custou para o estado R$ 47 milhões, na parceria. Daria para construir 28 Hospitais do Subúrbio só com o fechamento destas duas secretarias. Não estamos falando em pouco dinheiro. Quando eu falo em reestruturar a gestão pública, estou falando em resolver os problemas.
 
BN: Então o grande problema da Bahia é de gestão, não é questão de falta de dinheiro, de recursos humanos...
Da Luz: A gestão faz com que falte o recurso humano. Porque se gasta muito dinheiro em recursos humanos que estão alocados em áreas onde não tem a atividade final para a população. Em contrapartida, não se tem dinheiro para se valorizar os profissionais da saúde, da educação e da segurança pública. Então nós temos que realocar, valorizar o funcionário público. Porque todos os candidatos já tiveram suas oportunidades. O DEM, por exemplo, esteve aí há 24 anos ininterruptos, junto com o governo do PT, eles estão a 32 anos ininterruptos. Eles criaram o caos. Porque não fui eu, não foi você, foram eles que estavam à frente do processo. Eles prometem de novo pagar o URV, melhorar isso, melhorar aquilo. Não tem como se você não fizer uma gestão técnica e cortar a gestão política, a gestão do toma lá dá cá. Aquela gestão onde para se fazer a base governista se troca por cargos, por secretarias, e todo o Brasil funciona assim. Todas as câmaras de vereadores, assembleias funcionam assim. Eu estou propondo um novo modelo de gestão. Em uma entrevista, me perguntaram: 'mas onde é que  já funcionou desse jeito?'. Aí eu respondi: 'aonde Santos Dumont tinha referência pra dizer que o avião ia voar?'. Proponho uma inovação, uma revolução, uma construção nova, uma forma nova de fazer. Se não está sendo feito desse jeito, proponho uma nova forma de gestão técnica. A gestão política não está funcionando. Os hospitais são verdadeiros campos de concentração no Brasil. Na Bahia, é bem pior do que muitos outros estados. E a gente tem que pensar em um novo modelo, porque esse já se mostrou ineficaz. Vou dar um exemplo. Eu não vou trocar a governabilidade através do sangue do povo baiano que está morrendo nos hospitais e baleado no meio da rua. Eu vou fazer a governabilidade da seguinte forma: líder do governo não vai ter. Eu não vou ter base governista, com isso eu não vou ter oposição. Oposição é o quê, se eu não tenho base governista. Não vou criar um time que só decide, de voto de cabresto do governador, como também acho meio irracional um time que só diz não na oposição. Eu vou propor: 'olha gente, vamos construir aqui creches para todas as crianças. O orçamento é tanto. Nós vamos construir e todas as crianças serão atendidas. E vou entregar para os 63 deputados estaduais. Eu quero saber quem é que vai votar contra creches para todas as crianças da Bahia. Porque não vai votar contra Da Luz, PRTB ou o governo. Vão votar contra a população baiana, as crianças, as mães que precisam trabalhar. Quando eu propuser construir oito hospitais grandes regionais para diminuir o acúmulo de pacientes na capital necessitando deste serviço, quem vai votar contra? Quero saber qual deputado que vai votar contra a ampliação da rede hospitalar. Quanto ao referente aos professores, policiais e médicos, vamos criar um plano de carreira e valorizar essas profissões, inclusive os funcionários públicos como um todo, para que eles possam prestar um serviço de qualidade para a nossa população, que é quem paga a conta. Qual é o deputado, em sã consciência, que vai votar contra a valorização do policial? Ou dos professores, dos médicos, dos enfermeiros, dos agentes de saúde? Então é impossível eles votarem contra. Como eu estou propondo em quatro anos resolver essas situações que não foram resolvidas nos últimos 40 anos por ninguém, então não tem como os deputados votarem contra. Não preciso montar base governista. Eu vou fazer a indicação técnica. Quem vai ser o meu secretário de saúde? Eu sempre tive um carinho especial pelo trabalho de Elsimar Coutinho, mas ele já está com 84 anos. Então tive uma ideia: vou pedir para a Associação Bahiana de Medicina indicar uma lista tríplice de nomes que devam assumir a secretaria. Porque são os médicos que fazem a medicina, não é o hospital nem os equipamentos. Vou pedir para a PM e os militares indicarem três nomes para assumir o comando da PM, daí vou ter uma entrevista com eles. E vou pedir uma lista tríplice para a Polícia Civil para escolher o delegado chefe da Polícia Civil. Ou seja, vou trabalhar com técnicos. Dentro desse perfil de uma administração técnica, eu não vou ter indicações partidárias, que às vezes coloca lá uma pessoa em troca do apoio. E aquela pessoa não vai poder render aquilo que a Bahia necessita dele. E a questão que eu falo de cortar os comissionários, que são as indicações políticas, é porque hoje o funcionário público ele só chega até determinado nível. Daquele nível pra cima de assessor, coordenador, superintendente, diretor e outros cargos mais importantes, o funcionário público não galga estes postos, porque são indicações políticas. Então qual o estímulo que um funcionário público tem de dar o melhor de si para a população se ele não é promovido? 
 
BN: Como convencer, a população e o eleitorado, que isso não é o ‘canto da sereia’?
Da Luz: Eu sou um lutador. A cada eleição que eu participei, eu estudei os problemas da Bahia e da política e as soluções para cada problema. Viajei muito, ouvi muitas pessoas e desenvolvi um projeto de doze anos, não é um projeto de doze dias, nem um projeto de uma eleição. É um projeto de vida que hoje se cristalizou como a melhor opção de gestão pública / técnica, que deve ser copiada a partir do momento que for implantada por minha equipe por vários estados e até no governo federal. Porque não tem condições de se desenvolver a política de outra forma. Quando o PT entrou tinha 25 ministérios e criou mais 14, chegando hoje a 39. Ninguém votando nada, tudo parado, trancado no congresso. O povo foi às ruas, subiu a rampa do palácio, deu aquela pressão, e o que aconteceu: quinze dias depois se votou o  que não se votou em um ano. O povo não tinha ministério para dar, o povo não tinha cargo para dar, o povo não tinha emenda para liberar, mas o povo deu um calor, uma pressão e resolveu mais do que todos os ministérios e todas as secretarias. Então eu quero trabalhar para o povo e com o povo, dessa maneira, nós vamos conseguir transformar esse 'canto de sereia' em um canto da 'independência', aproveitando o último Dia da Independência brasileiro no 7 de setembro, a verdadeira independência do sofrimento do povo. Dar um basta porque 'canto da sereia' são essas propagandas bonitas que eles fazem, cheias de jingles e gente sorrindo, cinematográficas, para enganar o povo em toda eleição. Esse é o canto da sereia. Eu não, eu estou falando a verdade, com coerência e com números. O povo tem que sair desse canto da sereia que são essas publicidades mentirosas, que ficam um acusando o outro de quem foi pior. Ambos estão certos, os dois foram piores, os dois foram ruins, criaram o caos. Eu vou resolver o problema do caos.
 
BN: Aos outros candidatos, a gente também questionou a parte de saúde, educação e segurança pública. O senhor pode detalhar quais são os seus projetos na parte de segurança pública?
DL: Segurança eu só entendo como algo ligado a educação. Você vê que no Chile, 3,2 pessoas morrem a cada 100 mil habitantes, na Alemanha a taxa é de 0,8. Na Bahia, são 42 pessoas a cada 100 mil habitantes. Então, qual a diferença de eles terem tanta segurança e tão menos problema com a violência? É porque eles cuidaram da educação. Agora, nós vamos valorizar os policiais: dar equipamento, fazer a integração das inteligências das polícias, contratar imediatamente esses 11.400 excedentes da PM, equiparar os salários dos reservistas com aqueles da ativa. Isso servirá para pessoas que já atingiram certa idade e queiram ir pra reserva possam fazer isso. Hoje ele não vai porque vai perder dinheiro e com isso ele não pode aposentar, precisa daquele salário. Porque a maioria do salário dele, do contracheque, é de gratificações, coisas que não são acopladas ao seu salário. Eu vou acoplá-los. Aí nós vamos poder renovar a máquina da segurança pública, incluir esses excedentes, dar equipamentos e condições para que eles, valorizados, atendam bem a população. O policial é um herói, é aquele que vai para a rua trocar tiro e defender a nossa vida, que é nosso maior patrimônio. Então nós temos que respeitá-los como heróis, e só podemos respeitá-los com valorização. Então todos os problemas do estado são de gestão e de valorização do funcionário público. Você vê que até hoje se fala que o melhor governador para o funcionário público foi João  Durval. E eu vou dizer uma coisa pra você: depois que eu passar por essa gestão, isso vai mudar. Eu vou fazer muita coisa, vou fazer muito mais que ele. Você vê que o PT mandou durante oito anos e o DEM, com três mandatos de ACM, dois de Paulo Souto e um de César Borges, mandou por 24 anos. Os dois juntos, 32 anos. E só se fala que João Durval fez mais para os funcionários públicos, quando ele mudou de partido e saiu do DEM (antigo PFL), ficou independente e deu esse aumento que até hoje as pessoas lembram.
 
BN: O PRTB só possui o apoio formal do PEN. O outro é Partido Militar Brasileiro (PMB), que oficialmente não é um partido. Como construir um governo sem esse apoio de outras siglas? É possível?
DL: É sim, porque eu vou governar para todos. Eu não tenho problema. Na hora que chegar a ser eleito, eu não vou governar para o PT, PMDB ou DEM, vou governar para o povo da Bahia e os 417 prefeitos, junto com os 63 deputados estaduais, 39 federais, três senadores e o presidente da República que vier. Vou apresentar propostas onde todos irão aprovar porque será bom para o povo baiano. E vão sair junto na foto. Eu não vou me preocupar em ficar abraçado com a esquerda ou com a direita, dentro de um projeto, porque se eles estão representando seus municípios e as suas regiões como deputados, é porque o povo escolheu. Eu vou trabalhar com quem o povo escolher e vamos fazer uma administração democrática em conjunto, sem perseguir ninguém, sem privilegiar grupos políticos ou grupos econômicos. Porque hoje tem dois partidos que estão tendo poderosas somas em dinheiro na campanha de grupos econômicos distintos. E quando chegarem ao poder, caso fossem chegar de novo, porque o povo não é mais bobo para poder escolhê-los, eles vão ter que devolver esse dinheiro para alguém. Porque não existe Irmã Dulce dando dinheiro pra ninguém e é por isso que um partido desses está com 13 partidos pendurados e outro com nove, com interesses em ocupar espaços. Como eu vou dar um basta nesses espaços, porque o meu interesse é cuidar da população e gerar um serviço público para quem paga a conta, eu vou cortar na carne. Também não vou morar em palácio, que vai virar um museu. O helicóptero do governador eu vou dar para a PM para salvar vidas. Vou fazer um corte drástico de gastos para poder atender toda a população da Bahia, que é o que se espera de um governante. Peço a oportunidade desse voto para que em quatro anos eu possa revolver esses três problemas que ninguém resolveu: saúde, educação e segurança. Porque eles vêm prometendo e a população já está até descrente, porque são tantas promessas. Mas o canto da sereia que eles fazem, enganando em suas propagandas, vai acabar. O dia 5 é a oportunidade de votar no 28, que na verdade o 28 é 25 com saúde, educação e segurança, com esses três itens que o 25 nunca deu quando teve oportunidade.