Curtas do Poder - Zeca de Aphonso - 12/05/2015

 

* O que tem de empresário na Bahia desesperado para receber dinheiro do governo não é pouca coisa. Por aqui, já recebemos queixas de alimentação, presídio, empreiteiros, fornecedores, dentre outros.

 

* A coisa também não está fácil na prefeitura. Os atrasos são recorrentes. Mas R$ 1 bilhão está guardado.

 

* Sambarilove no rádio. O vereador Geraldo Jr. estreia na Tudo FM.

 

* Ecos da 1ª derrota na Assembleia (clique aqui para ver):

- Soberano, prestenção: ACM, o Avô, jamais atenderia o chamado do governador para ir à governadoria discutir problemas de ordem da cidade. Marcaria em lugar neutro, tipo a Assembleia Legislativa, o Tribunal de Justiça, e por aí vai. Não iria uma, quanto mais duas. Se ligue.

- Por que será que os três deputados do PDT se escafederam do plenário na sessão de votação do aumento dos servidores? Quem orientou a bancada? Será que foi algum recado?
 

- Quinze deputados da base foram até a sala de Marcelo Nilo dispostos a não votar no aumento dos servidores. Saíram de lá mais convencidos do que nunca e foram para casa.

 

- Marcelo Nilo se faz de bom moço para o governo e nos bastidores cruza os braços. Que cara birrento.

 

- Josias Gomes e Cícero Monteiro darem pressão em Marcelo Nilo parece coisa de amador.

 

- O deputado Alan Sanches bateu o ponto na sessão, fez questão de reclamar do governo e depois foi embora.

 

- Soa engraçado a deputada Fabíola Mansur se dizer "constrangida" em votar o aumento proposto para os servidores estaduais. Desde a época em que era vereadora, ela sempre joga para a torcida.

 

- É voz corrente na Assembleia que parte do secretariado de Rui é muito fraco e faz pouco caso dos deputados. Josias não atende e, quando atende, não cumpre os acordos. A coisa lá continua feia.

 

- O mau humor de Marcelo Nilo é fruto de o governador ter anunciado que não fará suplementação na verba da Assembleia. O dinheiro de Marcelo só garante pagamento até agosto e Rui Costa, que está com as contas apertadas, não compactua com a farra de Nilo.

 

- E os (des)articuladores do governo, Josias Gomes e Cícero Monteiro, dizendo que estava tudo dominado? Sabem de nada, inocentes!

 

- Tudo bem Josias, você mesmo confessou para a imprensa que é péssimo articulador.

 

- E os deputados já chamam Cícero do "Lourival de Rui", das péssimas lembranças na época de Paulo Souto. Deu no que deu. Paulo que o diga, perdeu a reeleição.

 

- O deputado Alex Lima foi o primeiro a defender o projeto que concedia aumento aos servidores do Estado. Parecia líder de governo tamanho o entusiasmo e convicção do discurso. Pena que na hora do voto o outro deputado do PTN, Alan Castro, sumiu do plenário.

 

- Resumo da ópera: o projeto acabou passando, mas não deixou de ser a 1ª derrota do governo de Rui Costa na Assembleia.

* A coisa está ficando literalmente preta para o ex-promotor de Justiça na área de Combate ao Racismo, Almiro Sena. Finalmente o pleno do TJ (30 x6) acatou por goleada a denúncia de assédio sexual contra o promotor. Vão começar os depoimentos. A coisa vai pegar.

 

* Michel Temer quer, mas Geddel botou o pé e disse não à entrada do Soberano no PMDB. A conversa entre os peemedebistas foi curta e grossa e cheia de ameaças. O certo é que o Soberano não entra.

 

* Como disse semana passada, o gato subiu no telhado em se tratando da fusão DEM/PTB. O dia derradeiro é a próxima sexta.

 

* Falando em fusão, a dupla "meu papai, meu filhinho", da Assembleia e Câmara Municipal, só está esperando sair a fusão para pular fora do PSD.

 

* Agora, a menina dos olhos de Otto Alencar é o deputado Rogério Andrade. Nesta coluna, informei que Rogério filmou e fotografou inúmeras peças de campanha do deputado Alan Sanches e que foram parar na mesa do então candidato eleito ao governo da Bahia. Alan ficou mal na fita.

 

* Venceu o prazo dado em público pelo Soberano para liberação do Alvará de Construção da Linha 2 do metrô (Avenida Paralela). Até agora nada.

 

* O Soberano agora é conhecido em Brasília como "ministro de Dilma", tamanho seu empenho na aprovação do ajuste fiscal. Justificar que é preciso estar bem com o governo federal para assinar convênios é negar que a prefeitura pode andar com as próprias pernas, conforme o prefeito sempre alardeou.

 

* O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado, chamou os deputados do partido que votaram com o governo de "traidores". Os deputados Elmar Nascimento, Aleluia, Paulo Azi e Claudio Cajado não se manifestaram. Quem cala consente.

 

* Subiu no telhado a "Linha Viva". A crise no país e na Bahia afetou o projeto.

 

* Com o decreto assinado pelo governador dando poderes a Bahiatursa para firmar convênios diretos sem passar pela Secretaria de Turismo, Nelson "Piligrino" vai acabar virando rainha da Inglaterra.

 

* Volta e meia, meia e volta, a prefeitura vai à imprensa afirmar que vai brigar judicialmente para regular e receber uma fortuna, nos serviços prestados pela Embasa. Sabe de nada, inocente!

 

* Durante as vistorias realizadas nos locais atingidos fortemente pelas chuvas, o Soberano ficou tiririca da vida com a turma da Codesal: faltou uma bota com sua numeração e ele teve que colocar seu mocassim italiano na lama. Pior que isso: assanhou o cabelo.

 

* O vereador Edvaldo Brito deixou a turma do governo de saia justa. O propalado decreto que o Soberano assinou como "Operação Chuva", já tinha sido sancionado desde 2009 pelo ex-prefeito João Henrique. O "ex" ameaça entrar no Comar. Nisto ele é bom.

 

* Tem senador que soltou os cachorros em cima do BN depois que o "brogue", com exclusividade, noticiou que sua excelência queria peitar o PT, virar secretário e depois ser o candidato a prefeito pela legenda. Vou mandar Dalva Sele puxar a orelha do brigão. Ou será que ele também não conhece Dalva?

 

* Jonga Bacelar não vai receber mais nada do governo do estado do que lhe foi oferecido. Ameaçava debandar para o lado do DEM, mas quando soube que o PDT ficou chupando o dedo, o rapaz ficou de pensar melhor.

 

* O secretário da Educação, Guilherme Bellintani, anda tão sumido que, na apresentação do Plano de Ação para as Creches Municipais, ele só foi prestigiado pelos vereadores Silvio Humberto e Hilton, ambos da oposição.

 

* O "problema" é que Bellintani é preparado, bem de vida e tem bons amigos fora do eixo político. Daí pode não ser um bom (confiável) candidato a vice do Soberano. Sobe, na bolsa de apostas, Silvinho Pinheiro.

 

* O trade turístico de Salvador ficou fulo da vida com a perda do evento da Stock Car, que já faz parte do calendário na cidade desde 2009. Como é mesmo o nome do secretário de Turismo da prefeitura?

 

* Tem primeiro-irmão, advogado com as iniciais RC, que está na linha do temível PC, o Farias. O moço tá batendo na porta de todas as construtoras e falando grosso. A linha é a do "filósofo" Kannário: "tudo no$$o, nada deles".

 

* Outro dia, me perguntaram quem é o vaidoso ex-secretário de Transportes de João Henrique que até hoje ainda anda de cinta para esconder a barriguinha. Indicação de "conselheiro", é só isto o que posso dizer.

 

* Imagine só: Jorge Solla candidato a prefeito de Salvador e Fábio Vilas-Boas ajudando e fazendo caminhadas juntos.

 

* O Soberano anda chateado com Paulo Câmara, que vem fazendo corpo mole até para abrir as sessões da Câmara. Assim, ele não vai ter espaço no cobiçado cargo de candidato a candidato a vice na chapa de 2016.

 

* O Soberano prometeu aprovar o projeto da Outorga Onerosa. A ADEMI não sabe se paga para ver. Ou melhor, já pagou. O clima na Câmara não está bom.

 

* A Secretaria de Saúde não estava pagando nem os fornecedores de refeição dos hospitais do Estado.

 

* O ministro do STF, Teori Zavascki, acolheu pedido da Procuradoria-Geral e determinou à PF que colhesse depoimento de Marcelo Odebrecht. Se o homem resolver abrir a boca, vai fazer corar até o Papa Francisco.

 

* Com a volta dos empresários baianos da turnê em Curitiba, soltos da operação Lava Jato, será que agora vão pagar os saldos de campanha? Tem muito fornecedor aflito.

 

* Na matéria de página inteira em jornal impresso, só faltou o repórter perguntar ao deputado federal José Carlos Aleluia qual foi o artifício que ele usou para ter o ressarcimento pela Câmara de Deputados, relativo a uma cirurgia no valor R$ 120 mil, antes mesmo de tomar posse.

 

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