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Curtas do poder

Curtas do Poder

Curtas do Poder - Zeca de Aphonso - 02/09/2014

Por Zeca de Aphonso

Curtas do Poder - Zeca de Aphonso - 02/09/2014

* Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço: o colunista e arquiteto Paulo Ormindo, crítico ferrenho da expansão imobiliária, da ponte Salvador-Itaparica e do escambau a quatro, herdou um terreno do pai na Princesa Isabel, na Barra. Lá, construiu dois espigões, usando todos os artifícios e organismos como Transcons, outorgas, etc. Como diz o homem do mertelinho (Gerdan Rosário), para que tá feio.
 
* Minha amiga Natália Comte tocou no assunto e me chamou atenção. Onde está a SPU que permite uma barraca de praia no calçadão da orla? Estou falando do Boteco do Caranguejo e Coliseu do Forró (antigo Kalamazu). Aliás, esse empreendimento cada dia cersce mais. Qualquer dia desses ele cola na Terceira Ponte.
 
* Aliás, essa SPU na Bahia é muito boa de criar problema. Como diria Odorico Paraguaçu, “atravanca o progresso”.
 
* Outra de arquiteto: esta semana, o arquiteto Prado Valladares apresentou à Fecomércio um novo projeto de ligação entre Salvador e Itaparica, englobando pista para veículos, ferrovias, túneis e um grande porto. Se estivesse vivo, o escritor itaparicano João Ubaldo Ribeiro certamente nomearia o projeto como “O monstrengo da ilha do pradão”, lembrando seu best-seller o “Mistério da Ilha do Pavão”. Chega de maluquice com a Baía de Todos os Santos. Será que não bastou desfigurar a Baía com o monstrengo do Terminal de Regaseificiação?
 
* Quero ver como vai ficar a propaganda do próximo governo depois de tanto bater na propaganda. Oposição bate na propaganda, situação bate na propaganda. De repente, a culpa dos maus governos, na ótica dos propagandistas, é a propaganda.
 
* Aí vem o os propagandistas que agora batem nas propagandas e ficam ricos com as propagandas. Ao que parece, não precisam mais, pois diversificaram seus negócios. Não cito nomes, até porque podem nos retaliar e cortar nossa propaganda.
 
* De repente, Marina, Lídice e Eliana Calmon viraram as gatas cobiçadas do pedaço.
 
* O colunista Levi Vasconcelos, do A Tarde, perguntou hoje por que o Datafolha não vai fazer consulta para o governo da Bahia nessa rodada recente. Com certeza, casquinhagem de ACM Júnior. Como é em parceria com a Globo, cada estado banca sua parte, como acontece com o Ibope.
 
* Ibope este que a turma do Datanilo apelidou de Dataneto.
 
* Aliás, um amigo meu deputado, gordinho, que vive a postar vídeo no Facebook, me disse que Marcelo Nilo não divulgou a pesquisa na segunda passada, como prometido, porque estava TABULANDO os resultados.
 
* Incrível o efeito Marina jogando água no brinquedo de muita gente. Soube que Imbassahy, Aleluia e o neófito Bellintani já estavam disputando uma vaga de ministro. Deu zebra. Ao que parece a mais certa é a vaga de Eliana Calmon, que vai ser uma reministra.
 
* Esse negócio de liderança tá dando é dinheiro. Imagine que meu compadre Cumprido, algum tempo atrás, quando ainda trabalhava em obra,  comprava charuto na Água de Meninos e bebia Jurubeba Leão do Norte em nossas noitadas aqui na ilha. Agora, ele me aparece com Dona Flor, um puro de Cruz das Almas , e uma bela garrafa de Dreher. Não deve tá tomando dinheiro de um candidato, não. Deve tá tomando de vários.
 
* Aliás, uma campanha para deputado federal custa, por baixo, R$ 5 milhões, segundo eu soube. Se dividir por 48 meses, é igual a R$ 164 mil. Se você imaginar que a remuneração mensal é de R$ 26.700, a conta não bate.

* Às vezes eu fico aqui imaginando como deve ser a convivência de João Gualberto e Geddel Vieira Lima no avião. Para quem não sabe, os dois se estranharam, e muito, na definição da chapa majoritária. Gualberto era tido como vice e já se sentia o próprio, quando por exigências do baixinho entrou o ex-banqueiro Joaci Góes
 

O CABEÇA BRANCA E EU

As pesquisas pessoais de ACM

Não havia pesquisas sobre os conceitos ou popularidade de governantes quando ACM foi prefeito de Salvador, nos anos 60, e no seu primeiro governo, início dos anos 70. O Cabeça Branca (que na época era grisalho) inventou então as suas próprias pesquisas para mensurar a sua popularidade. Baseava-se no acarajé. Desde prefeito, e manteve quando no governo, dispensava seus seguranças (o que era uma dor de cabeça para o chefe da Casa Militar, quando governador) e fugia sempre aos sábados à tarde dirigindo seu carro particular para o final de linha de Amaralina, como se chamava à época, onde ficava na chamada “praça das baianas”. Lá cumprimentava todas elas, o que virava uma festa. Experimentava um, dois, três acarajés, e ficava atento a quem o acenava, principalmente os que passavam de carro na direção da Av. Octávio Mangabeira. Como não havia, à época, muitos veículos como hoje, o burburinho na “praça das baianas” chamava a atenção de quem passava. Ele, arrodeado por elas, então tentava contar o número dos motoristas ou ocupantes dos veículos que o acenavam. Eram muitos, o que para ele era uma festa. Valia como o seu Datafolha ou Ibope. Após o fim de semana, normalmente nas suas entrevistas com os jornalistas, ufano dizia quantos acenos havia recebido em Amaralina, mas ninguém acreditava. Corriam rumores que ele sempre aumentava o número, desmoralizando a sua própria pesquisa.
 
*Se você tem alguma sugestão, pode mandar para [email protected] ou, se preferir, vá ao Facebook de Zeca de Aphonso e conte.

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