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Curtas do poder

Curtas do Poder

Curtas do Poder - Zeca de Aphonso - 29/07/2014

Por Zeca de Aphonso

Curtas do Poder - Zeca de Aphonso - 29/07/2014
* Não entendo muito de lei, principalmente de concessões e licitações. Mas semana passada li na Tribuna dona Rita Tourinho falando, em relação à licitação dos transportes, que os acordos são normais. Na minha cabeça, acho que perde a prefeitura.

* Como sou uma pessoa bem informada, soube que o desembargador Roberto Frank já disponibilizou o seu voto a respeito do IPTU e é contra. Mas como sou uma pessoa mais bem informada ainda, amanhã não vai à votação. Um desembargador vai pedir vista para tentar empurrar a votação além das eleições.
 
* Esta semana Geddel Vieira Lima pegou ar com meu amigo Samuca na Tudo FM. A parceira de bancada de Celestino se dirigiu a Geddel como irmão de Lúcio. O ex-ministro, indignado, bradou: “ele é que é meu irmão. Eu cheguei primeiro”. Sabe qual a diferença? O ministro briga muito e o gordo brinca demais. 
 
* Meus comentários sobre o Ibope de quarta passada:
 
- O DataNilo, o instituto de Marcelo Nilo que não é dele, mais uma vez enganou o Galego (JW).
 
- Os votos de Dotô Otto devem estar vindo nos ferries da Grécia.
 
- Com o resultado da pesquisa e a derrota do Bahia para o Corinthians, Sidônio deve ter tido uma das piores noites de sua vida.
 
- Aumentou a chance de Da Luz chegar ao segundo turno. Está a nove pontos.
 
- A sensação que eu tive foi a mesma de Alemanha 5 e Brasil 0 aos 30 minutos do primeiro tempo.
 
* Eu acho que o BRT de Fábio Mota deve passar pela Suíça. Analisei o vídeo de simulação do projeto e achei tudo muito limpinho, ninguém sem camisa, o trânsito no entorno uma maravilha, nenhum flanelinha, ambulante zero, ninguém com camisa do Bahêa, papel de bala no chão nem pensar (clique aqui e veja).
 
* Né por nada, não. Não me levem a mal, mas tem necessidade de gastar um monte de dinheiro em um centro de judô? Não sabe o Galego que a galera hoje faz é Jiu Jitsu. Não seria melhor apostar nisso que está mais em evidência?
 
* Tá igual a meu amigo Cumprido, que faz ginástica com professora de educação física com short Adidas azul, camisa Hering branca e Kichut, enquanto todo mundo malha com personal.
 
* A mania agora é fazer comício e tirar foto de costas para o povo. Quero dizer que essa nova invenção dos propagandistas tem origem no povo de banda. Atualmente, todos os releases vêm assim (clique aqui e veja).
 
* Propaganda enganosa: Veja a foto real da nobre vereadora Fabíola Mansur e agora veja a propaganda que está na rua. Tirem suas conclusões.
 
* Outro que até agora não sei se é Mr. Bean ou ACM Neto é esse aqui. Há quem diga que é um cruzamento dos dois (clique aqui e veja).
 

EU E O CABEÇA BRANCA
 
O CASO DE ROMEU E SANTOS CRUZ
 
ACM, “o cabeça branca”, não gostava de despachar no Palácio Rio Branco. A partir do seu segundo governo, alternava seus despachos, políticos e administrativos, também no gabinete do governador, que mandou preparar no Palácio da Aclamação. Era mais difícil de lá chegar, porque ficava no andar superior do palácio. O andar de baixo, onde ainda está o salão nobre, permanecia fechado no dia-a-dia. Só ia lá quem tivesse agendado audiência marcada. Pela manhã, fazia com seu secretariado despachos em Ondina, que acabaram ficando constantes. Na Aclamação, além de seus amigos, recebia deputados, políticos e, principalmente, prefeitos do interior. Os mais importantes (entenda-se os que tinham votos), levava para almoçar em Ondina, no “carro do governador” onde, segundo ele, nenhum prefeito esqueceria o convite e voltava para o seu município com uma bela história para contar. Para provar, fazia uma fotografia com o prefeito que, segundo o Cabeça, “era para mostrar aos amigos, e se gabar de que almoçara com o governador”. Em uma saleta anterior ao seu gabinete, ficava a carteira do chefe da Casa Civil e, em cômoda menor, dos seus ajudantes de ordem. A porta do seu gabinete ficava sempre aberta, porque, volta e meia, chamava Barbosa Romeu que já chegava pela manhã à Casa Civil nervosíssimo, até por saber que, há qualquer momento, ACM passava do seu gabinete para o dele (era comum) de modo a cobrar alguma coisa. A cobrança é que gerava o nervosismo de Memeu, como era chamado. Havia os amigos do governador, visitantes diário, como o desembargador Santos Cruz, já aposentado, que passara a ser diretor do Banco do Estado da Bahia, Baneb. Tudo o que se passava no banco ele levava ao conhecimento do governador. Certo dia, Santos Cruz chegara e entrou direto no gabinete do Cabeça Branca deixando Barbosa Romeu mais estressado ainda. No retorno para sala contígua, enquanto o chefe da Casa Civil trabalhava, Santos Cruz passou a andar, defronte da mesa de Memeu, com as mãos nas costas, corpo encurvado para frente. De quando em vez, passava a mão no queixo e voltava para a posição anterior. Isso foi deixando Romeu mais nervoso ainda, na medida em que, ao se movimentar de um lado para outro, o diretor do Baneb repetia o seu nome “Barbosa”, “Barbosa”, “Barbosa” e mais não dizia. Romeu começou a entortar a cabeça de um lado para o outro – era um tic nervo – e quando não mais aguentou deu um grito: “DIGA SANTOS CRUZ”. No mesmo momento o Cabeça correu para a sala e também gritou: “O que está acontecendo?”. Todos ficaram calados. A partir daí, quando Santos Cruz chegava, o chefe da Casa Civil dizia: “Vá para outra sala porque eu não o quero na minha.” Santos Cruz andava nas nuvens e Memeu mais nervoso do que nunca.
 
*Se você tem alguma sugestão, pode mandar para [email protected] ou, se preferir, vá ao Facebook de Zeca de Aphonso e conte.

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