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Marca Bahia Notícias

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Festival homenageia Adélia Sampaio, primeira cineasta negra a gravar um longa no Brasil

Festival homenageia Adélia Sampaio, primeira cineasta negra a gravar um longa no Brasil
Foto: Reprodução

A quarta edição da Mostra Lugar de Mulher é no Cinema, que este ano acontece em formato online, faz, entre os dias 22 e 28 de março, uma homenagem à cineasta brasileira Adélia Sampaio. Celebrando a vida e a obra da artista, o evento vai exibir, logo em sua estreia, o filme Amor Maldito, produção brasileira pioneira em trazer temática lésbica para as telas. 

 

A homenageada, Adélia Sampaio, tem 75 anos, é mineira de Belo Horizonte se tornou conhecida por ser a primeira cineasta negra a dirigir um longa-metragem no Brasil, em 1984. Sampaio começou sua carreira nos anos 1970, levada por sua irmã para a Difilm, empresa brasileira distribuidora de filmes. 

 

A sua primeira obra audiovisual é o curta-metragem "Denúncia Vazia", de 1979. No filme "Amor Maldito", ela inovou ao trazer uma perspectiva feminina sobre uma relação homossexual entre duas mulheres, construindo uma narrativa que não não é erotizante e nem animalesca, algo apontado por críticos e teóricos do audiovisual como uma marca em outros filmes. 

 

Para que houvesse a circulação do longa, Adélia aceitou a proposta do dono do Cine Paulista para transvesti-lo com uma divulgação na porta como filme pornô, já que nenhum dono de cinema queria exibi-lo à época. A filmografia de Adélia, apesar do pioneirismo, nunca chegou à mídia física ou ao streaming e ficou invisibilizada.

 

Atualmente, Adélia Sampaio tenta viabilizar seus novos projetos, o longa-metragem "A Barca das Visitantes" e os curtas "Meu Nome é Carretel" e "Amor em Estado Terminal".