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Marca Bahia Notícias

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Série brasileira sobre conservadorismo, religião e sexo é selecionada no Festival de Berlim

Por Jamile Amine

Série brasileira sobre conservadorismo, religião e sexo é selecionada no Festival de Berlim
Foto: Divulgação

Produção nacional, "Os Últimos Dias de Gilda" conquistou um feito inédito para o país, sendo a primeira série brasileira selecionada para integrar a Berlinale Series, mostra do Festival de Berlim, que este ano acontece em formato virtual, entre março e junho. A organização do festival alemão fez o anúncio oficial nesta terça-feira (26). 

 

 

Escrita originalmente para o teatro por Rodrigo De Roure e encenada por Karine Teles há cerca de 15 anos, a obra foi adaptada para série pela própria atriz e seu marido Gustavo Pizzi, que também assina a direção. Com quatro episódios, ela estreou este ano no Canal Brasil, e está disponível no Globoplay.

 

Protagonizada por Karine Teles, que atuou em “Bacurau”, a série "Os Últimos Dias de Gilda" aborda o conservadorismo e as relações entre poder e religião no Brasil, a partir da história de Gilda, uma mulher solteira e bem resolvida, que tem vários parceiros sexuais, é praticante do Candomblé e é responsável pelo próprio sustento, criando porcos e galinhas para abate. 

 

Os conflitos se dão porque vizinhos, em especial o candidato a vereador Ismael e a esposa Cacilda, questionam o modo de vida “libertino” da personagem e passam a atormentá-la. 

 

"Uma alegria gigante nesses tempos difíceis: 'Os últimos dias de Gilda' é uma das 6 séries selecionadas ao redor do mundo para o Berlinale Series. É a primeira vez que uma série brasileira entra na seleção oficial do Festival de Berlin", comemorou o diretor Gustavo Pizzi. “Gilda estreou no Canal Brasil em novembro, e, agora, a partir dessa seleção, existe a possibilidade de falar também pro mundo todo dessa história que traz os nossos jeitos de se relacionar, nossos conflitos e preconceitos; uma história sobre política e liberdade. Mas além das diferenças, a importância da empatia e a união necessária pra gente seguir em frente, principalmente nesse momento da história”, acrescentou, destacando que o dia é de comemorar, mas também lembrar de Gilda como “mulher que luta com todas as suas forças pra não se dobrar à violência a qual é submetida”.