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Marca Bahia Notícias

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Produtor influente em Hollywood, Harvey Weinstein acumula acusações de assédio sexual

Produtor influente em Hollywood, Harvey Weinstein acumula acusações de assédio sexual
Foto: Reprodução / PapelPop

Produtor de filmes como "Pulp Fiction", "Gênio Indomável", "Shakespeare Apaixonado" e "Django Livre", Harvey Weinstein é acusado de assédio sexual por várias mulheres. Uma das vítimas é a atriz Ashley Judd, segundo informações do The New York Times. De acordo com a publicação, Ashley já havia relatado o caso há dois anos, sem citar o produtor. Ela contou que há 20 anos, ele a convidou para um hotel em Beverly Hills e ela o encontrou apenas de roupão, pedindo para que ela lhe fizesse uma massagem ou assistisse a ele tomando banho. "Eu disse 'não' de muitas maneiras e várias vezes, e ele sempre voltava com uma nova pergunta. Havia sempre essa negociação coercitiva", relatou a atriz, que disse pensar: "Como eu saio daqui o mais rápido possível sem me indispor com Harvey Weinstein?". Todas as vítimas entrevistadas pelo jornal tinham entre 20 e 40 anos quando foram assediadas. Elas explicam que não denunciaram o empresário por falta de testemunhas e também por medo dele revidar, já que o produtor é um homem influente no meio do cinema.

 

Fundador da Miramax e da Weinstein Company, ele faz campanhas para prêmios, consegue roteiros, papéis, acordos e propagandas, segundo informações do jornal americano. O The New York Times ouviu antigos e atuais funcionários do produtor, além de membros da indústria de Hollywood. "Há um ambiente tóxico para mulheres nesta empresa", diz o trecho de um documento encontrado por Lauren O'Connon, colega de uma mulher assediada em 2014.

 

A matéria aponta que as acusações contra o empresário existem há cerca de três décadas e, neste tempo, ele fez pelo menos oito acordos com mulheres. Alguns foram com uma jovem assistente de Nova York, em 1990; com uma atriz, em 1997; com outra assistente em Londres, em 1998; com uma modelo italiana, em 2015; e com Lauren. Antigo presidente da Miramax, Mark Gill também falou sobre a situação nos bastidores. "De fora, tudo parecia de ouro – os Oscars, o sucesso, o impacto cultural marcante. Mas por trás de tudo, era uma bagunça, e [o tratamento de Weinstein para com mulheres] era a maior bagunça de todas", relatou.

 

Em resposta, Weinstein enviou um comunicado ao jornal em que afirma ter contratado terapeutas para se tratar. Ele diz também que vai se licenciar do trabalho para lidar com o problema diretamente. "Eu atingi a maioridade nos anos 60 e 70, quando todas as regras sobre comportamento e locais de trabalho eram diferentes. Essa era a cultura naquela época. Desde então, aprendi que isso não é uma desculpa, nem no ambiente de trabalho ou fora dele. Para ninguém. Percebi há algum tempo que precisava ser uma pessoa melhor, e as interações com as pessoas com as quais trabalho mudaram. Entendo que a maneira que me comportei com colegas no passado causou muita dor, e peço sinceras desculpas por isso", diz em um trecho do texto, traduzido pelo PapelPop. Apesar da declaração, um dos advogados de Weinstein disse que ele vai processar o jornal, alegando que a matéria usa depoimentos falsos, com base em boatos. A equipe garante ainda que "todo o dinheiro" do processo que ainda nem começou a tramitar "será doado para organizações de mulheres".