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Marca Bahia Notícias

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Rock Concha retorna ao local de origem atento ao público mais alternativo

Por Ailma Teixeira / Marcos Maia

Rock Concha retorna ao local de origem atento ao público mais alternativo
Foto: Reprodução / Facebook / Montagem BN
Após duas edições – em 2014 no Bahia Café Hall e em 2015 no Clube Espanhol –, o Rock Concha retorna à Concha Acústica do Teatro Castro Alves, seu local de origem, na edição deste final de semana. Foi lá que, em 1989 quando despontavam grupos como Paralamas do Sucesso, Capital Inicial e Engenheiros do Havaí, que nasceu a primeira edição do projeto. “Foi nessa época que nós vimos a necessidade de fazer um evento focado nesse segmento. Nós fazíamos sexta, sábado e domingo. Foram seis anos de sucesso naquela década e com a extensão do axé de uma maneira expressiva nos anos 1990, nós deixamos de produzir”, lembra Irá Carvalho, idealizadora e curadora do evento.

Assim, o projeto só veio se repetir em 2012, dessa vez com a proposta de ser realizado anualmente. Em 2014, outra mudança: o evento assumiu a marca de “o maior festival de rock da Bahia”, mesmo que de lá para cá, a programação tenha se aberto a outros ritmos musicais. “É uma questão de marca mesmo. Tanto que nós passamos a explorar a outros seguimentos. Nós tentamos em 2012 e 2013 só fazer rock e hoje não tem público para colocar 10 mil pessoas em um evento assim. As coisas ficaram diversificadas”, explica a curadora. Com o sábado (29) dedicado ao “rock mais tradicional” com Márcio Mello, Titãs e Sepultura e o segundo dia do evento (30) traz justamente esse novo alternativo com Efeito Manada, Karol Conka e BaianaSystem. Responsável pela marca do evento, Jeferson Lima defende que para cada edição é feito um levantamento de bandas e artistas da cena local que se adequem a proposta pensada para cada ano. “A gente quis trazer também uma figura feminina pra o Rock Concha, tentar fazer um diálogo com a questão da diversidade mesmo. A gente sabe que tem uma demanda do público mais alternativo, por exemplo, que não teria a oportunidade de ver Karol Conka nessa mistura”, pontua Lima.


Foto: Divulgação / Secult

Ligadas à ala do rock mais tradicional, os Titãs prometem apresentar um repertório que deve satisfazer os fãs da banda no contexto do aniversário de 30 anos do “Cabeça Dinossauro”, álbum clássico do grupo. “Músicas do Cabeça [Dinossauro] e do Nheengatu, hits perenes como ‘Sonífera Ilha’, ‘Marvin’, ‘Flores’, ‘Go Back’, ‘Televisão’ e ‘Epitáfio’. Algumas músicas pescadas de discos como ‘Titanomaquia’ – ‘Será Que é Isso Que Eu Necessito?’ e ‘Nem Sempre Se Pode Ser Deus’ - além de uma versão titânica para ‘Pro Dia Nascer Feliz’, do Barão Vermelho”, promete o guitarrista Tony Bellotto.  O músico também afirmou que ele e seus companheiros estão preparando um trabalho composto por inéditas para 2017, mostrando que a banda continua com “sangue nos olhos”.

Já o Sepultura, representante do Heavy Metal nesta edição, traz para Salvador o show da turnê de 30 anos, com a qual o grupo de Minas Gerais já se apresenta há três pelo Brasil e Europa. Contudo novas composições, como “I’m the Enemy” (faixa do novo disco de inéditas que será lançado em 2017) não devem ficar de fora do repertório, que traz sucessos de toda a trajetória da banda. “Nós estamos muito felizes pela chance de trazer esse show que já passou pelo mundo inteiro, grandes festivais e por todos os continentes. Faltava alguns lugares que gostaríamos muito de visitar e dividir o palco com os Titãs, que são amigos nossos de longa data. Vai ser como uma celebração da história dessas duas bandas que estão há bastante tempo já”, afirma Andreas Kisser, guitarrista do grupo que faz sua primeira apresentação no evento.
 
Quem também estreia nessa edição é a banda baiana Efeito Manada. O grupo, que ganhou visibilidade ao participar da edição desse não do programa global “Superstar”, foi responsável por um pocket show realizado na ocasião de lançamento da loja oficial do Rock Concha. Eles abrirão o segundo dia do festival com seu som influenciado pelo Blues e Rock setentista. "O nosso show da concha está sendo calcado em músicas balançadas, e nós vamos tocar músicas novas do nosso novo CD que estamos preparando, do nosso último disco lançado em 2015 e algumas releituras de artistas que nós consideramos importante como Raul Seixas (que tem teor contestador e político) e Cazuza também, aproveitando o momento político do país", garante o baixista Alexandre Processo.