Para professora, obra de Zélia Gattai traz reflexões sobre o incentivo à escrita feminina
Por Ailma Teixeira, de Cachoeira
Professora Jailma Pedreira | Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias
Com o centenário de Zélia Gattai em julho deste ano, a Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) homenageou a escritora baiana com a mesa "100 anos de Zélia Gattai", apresentada pela professora Jailma Pedreira e pela diretora da Casa e Museu Jorge Amado, além de neta do casal, Maria João Amado. "Pra mim, é uma honra e eu tenho isso como um dever. Eu trabalho com a comunicação do memorial do Rio Vermelho e me sinto feliz, honrada de poder, no meu trabalho, homenagear, honrar e dar oportunidade para as pessoas conhecerem essa pessoa incrível que é minha avó", declara Maria, em entrevista ao Bahia Notícias, na noite desta quinta-feira (13). A diretora participou contando histórias compartilhadas com a avó, sobre o início do processo de escrita de Zélia, da relação dela com o marido, Jorge Amado, entre outras coisas.
Jailma, por outro lado, contribuiu com um paralelo sobre a importância da obra da homenageada - que começou a escrever já depois dos 40 anos - para a produção literária feminina no Brasil. "A Zélia nos leva a pensar as condições de escrita e de leitura para as mulheres, ainda nos tempos atuais. Muita coisa mudou, mas ela ainda nos leva a pensar, por exemplo, políticas públicas pra que a mulher se torne escritora, pra que a mulher tenha acesso a livros de escritores e de escritoras", analisa Jailma, que é professora de Letras no campus de Alagoinhas da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). A professora ressalta que sem esse apoio, esse incentivo público, as autoras precisam ser as principais divulgadoras de suas obras, já que muitas não conseguem chegar às livrarias. "Você não encontra os textos nos arquivos, nas prateleiras, nas bibliotecas e aí, novamente eu pergunto, cadê as políticas públicas?", questiona. A professora entende que Zélia, enquanto dona de casa, é um exemplo para que tantas mulheres na mesma situação possam começar a ler, a escrever e se expressar também através da literatura.
Jailma, por outro lado, contribuiu com um paralelo sobre a importância da obra da homenageada - que começou a escrever já depois dos 40 anos - para a produção literária feminina no Brasil. "A Zélia nos leva a pensar as condições de escrita e de leitura para as mulheres, ainda nos tempos atuais. Muita coisa mudou, mas ela ainda nos leva a pensar, por exemplo, políticas públicas pra que a mulher se torne escritora, pra que a mulher tenha acesso a livros de escritores e de escritoras", analisa Jailma, que é professora de Letras no campus de Alagoinhas da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). A professora ressalta que sem esse apoio, esse incentivo público, as autoras precisam ser as principais divulgadoras de suas obras, já que muitas não conseguem chegar às livrarias. "Você não encontra os textos nos arquivos, nas prateleiras, nas bibliotecas e aí, novamente eu pergunto, cadê as políticas públicas?", questiona. A professora entende que Zélia, enquanto dona de casa, é um exemplo para que tantas mulheres na mesma situação possam começar a ler, a escrever e se expressar também através da literatura.
Neta de Zélia Gattai, Maria João Amado compôs a mesa | Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias