Encontro Internacional de Artes celebra décima edição com virada cultural

O Encontro Internacional de Artes (IC) completa 10 anos em 2016 e, para celebrar a década, a Dimenti Produções Culturais realiza sua primeira virada cultural. Com mais de 15 atrações em 24 horas de programação, o projeto ocupa o Centro Histórico de Salvador das 20h desta sexta (19) até às 20h deste sábado (20). A edição especial tem como tema a provocação “Quanto dura sua chama?”. “É a primeira vez que a gente está fazendo essa virada cultural ininterrupta, então a gente definiu que o formato do festival já seria uma coisa nesse sentido de duração, que falasse sobre intensidade”, explica Neto Machado, artista curador do encontro.

A virada conta com mostras, shows, exposições, oficinas e peças de teatro para todos os públicos, como o espetáculo "Macaquinhos", que discute o corpo a partir do ânus, e a peça "Guia Improvável para Corpos Mutantes" para o público infantil. Principal palco do projeto, a Praça Castro Alves recebe shows musicais, a exposição internacional "Standard Time" com o alemão Mark Formanek e ainda uma edição especial d'A Feira da Cidade. “Essa programação foi pensada como intensidade e tempo, como a gente pensa obras e artistas que estão de algum jeito mexendo com isso. Então, Karine Alexandrino e Jaloo, por exemplo, a gente pensou em alguém que, nessa duração da madrugada em um lugar considerado inóspito, escuro, pudesse iluminar essa praça”, pontua o curador, acrescentando ainda a busca por uma programação diversa que se complemente dentro do tema.

Jaloo se apresenta na madrugada deste sábado (20), em show gratuito, na Praça Castro Alves | Foto: Jr Franch

Com todas as atrações gratuitas ou a preços populares – o ingresso para as sessões de cinema no Glauber Rocha custam R$ 4 e R$ 2 e os espetáculos a R$ 20 e R$ 10 –, o evento espera cerca de mil e quinhentas pessoas. A proposta é ocupar os espaços públicos da cidade e ainda oferecer ao público atividades alternativas.  “Como objetivo principal, o IC vem trazer pra Salvador trabalhos de artes e experiências que não viriam com outros contextos, a gente traz essa ideia de provocação, que chamam de arte contemporânea, que geralmente as pessoas acham distante, pensam que é feito pra artistas e na verdade não é”, defende Machado. Confira a programação completa no link (clique aqui).