Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

Com réplicas de obras de arte, artista leva Museu Fiotim a cidades brasileiras

Por Ailma Teixeira

Com réplicas de obras de arte, artista leva Museu Fiotim a cidades brasileiras
Foto: Divulgação
Inspirado no Instituto Inhotim, sede de um acervo de arte contemporânea, o artista Jorge Fonseca criou o Museu Fiotim, uma fábula-instalação itinerante que leva cópias de artigos de arte, dentro de um trailer, a cidades brasileiras. O projeto nasceu em Ouro Preto, interior de Minas Gerais, mas se consolidou com sua passagem no Rio de Janeiro, no ano passado. Nessa quarta-feira (27), o projeto chegou a Bom Jesus da Lapa, no interior da Bahia. "Com a imaginação dele, ele começou a pensar: 'Se eu fosse fazer uma performance e esse performer fosse um camelô, ele ia querer sair do museu fazendo cópia'. Então, é uma brincadeira dele de juntar vários aspectos da arte contemporânea, com a ideia da performance, do conceito da cópia, a ideia sobre o papel das instituições porque o Inhotim é maravilhoso, mas se você não for até ele, ele não vem até você. Daí, ele decidiu levar o instituto até as pessoas e, nesse caso, ele não é o Inhotim, ele é um filhote. Fiotim", explica João Correia, marchand do projeto.


Projeto passará por seis cidades baianas | Foto: Biel Machado

Correia conheceu o museu durante a temporada no Rio de Janeiro no ano passado, e, interessado pela iniciativa, deu o apoio que Fonseca precisava para tornar o processo viável. Com mais quatro pessoas, a caravana segue na estrada com paradas de, no máximo, seis dias em cada cidade. No papel do camelô Jorge K, Fonseca apresenta réplicas das obras de artes a um público que muitas vezes não tem acesso às peças originais. "Ele queria explorar essa fronteira entre o erudito e o popular, aí, conversando com ele, a gente foi explorando várias ideias e vendo como é que a gente podia fazer pra explorar isso. Foi esse o meu papel", comenta Correia.

Desde então, o museu já percorreu cerca de cinco lugares num roteiro que prevê 20 paradas. Só na Bahia - maior número de visitação por estado -, seis cidades serão visitadas. Correia atribui esse recorde a quantidade elevada de cidades históricas no estado. O museu segue ainda para Xique Xique e Juazeiro, de onde parte para Pernambuco, Ceará, Alagoas e Sergipe. Na sequência, a caravana chega à capital baiana para completar o ciclo no estado, passando por Ilhéus e Porto Seguro. O trailer ainda viaja pelo Espírito Santo e, de novo, Rio de Janeiro até encerrar a temporada em São Paulo. "A gente achou que faria sentido, por exemplo, que essa itinerância terminasse com uma exposição em São Paulo. No final dessas 20 cidades, o projeto passa na Bienal [de Arte], com uma aparição instantânea e aí ele vai ficar em exposição por aproximadamente um mês", conclui. Gratuito e aberto ao público, o trailer está locado na antiga Praça da Prefeitura, na cidade de Bom Jesus da Lapa. O roteiro do caminhão pode ser acompanhado através do site oficial e redes sociais.